Nascida na Itália, veio, ainda criança, para o Brasil, com a Família. Conheceu as Apóstolas e não teve dúvidas em consagrar-se ao Coração de Jesus nessa sua família religiosa, seguindo sua irmã mais velha, Irmã Celestina, que hoje se encontra na Betânia em tratamento de saúde.

Ela sempre foi dócil e meiga. Ao ser  questionada sobre o nome de uma Irmã que marcou sua juventude, citou o nome de Ir. Maria Élide Parzianello, destacando suas virtudes, e confessou que sempre tentou imitá-la. Disse, ainda, em seu depoimento, que na década de 1950, não se falava da Madre Fundadora, e acrescenta: “Lembro-me que as Irmãs pediam a Madre Josefina que falasse alguma coisa sobre Madre Clélia, mas ela se recusava a dar qualquer informação, pois para isso foi orientada, ou seja, a não falar da Madre Fundadora.”

Ir Paulina, na sua simplicidade, percebia nessa atitude, que também ela deveria pautar sua vida por um caminho de sofrimento e de escondimento, para viver o “Deus só!” Nutria um profundo amor à Fundadora e estava inquieta para saber algo sobre ela. Mais tarde, afirmava que a geração atual é feliz, porque pode falar livremente sobre esse assunto.

Ir. Paulina morou e trabalhou nas duas Províncias: Paraná e São Paulo:

1943 – Curitiba, no Colégio Sagrado Coração de Jesus; 1944 a 1949- Em São Paulo, no Hospital Matarazzo, prestou serviços na lavanderia e posteriormente atendeu aos serviços de Enfermagem; 1950 a 1952- Atuou na área de Enfermagem em Bauru, no Hospital Beneficência Portuguesa; 1953 a 1968- Retornou para o Hospital Matarazzo, prestando serviços na área de Enfermagem; 1969 a 1972- Trabalhou na farmácia da Santa Casa, em Cafelândia; 1973 a 1978- Atuou na área de Enfermagem na Santa Casa, em Lins;

Em 1980, foi transferida para a Betânia. No início, auxiliava nos serviços domésticos, mas, aos poucos, deixou de fazê-los por motivo de saúde.

Nos últimos tempos, já não podendo comunicar-se verbalmente, impressionava pelo seu sorriso, a ponto de uma enfermeira exclamar: “Olhem o sorriso da Ir. Paulina!” Esse foi seu apostolado, até às vésperas de sua morte.

Ir. Paulina cumpriu sua missão com fidelidade e nos impulsiona a sermos, cada vez mais, Apóstolas fervorosas, para podermos alcançar a santidade. Em sua vida, deixou marcas e lançou sementes de amizade, de acolhida, de reconciliação e, sobretudo, de muito amor e zelo pelo Coração de Jesus. Ir. Paulina faleceu em 22/7/2002, na Betânia, em Marília, com 82 anos de idade e 58 de vida religiosa.

Depoimento

Ir Fabiana Galera- Conheci Ir. Paulina na Betânia. Tinha sempre um sorriso nos lábios; era paciente, não se queixava das dores. Para ela, Jesus era tudo. Possuía o dom da piedade, do silêncio e da oração. Muito humilde, obediente, respeitosa e amiga de todos. Tinha grande amor ao Coração de Jesus e a Nossa Senhora. Amava o Instituto e Madre Clélia.