Ir. Chiara Pranovi

Ir. Chiara Pranovi

Ir. Chiara Pranovi – † 20/01/1928 -------------------------

Biografia

Ir. Chiara Pravoni viajou para o Brasil aqui chegando em agosto de 1908, destinada a substituir Ir. Matilde Grassi, no cargo de Superiora da Comunidade do Hospital Humberto I. Ir. Chiara, logo percebeu a situação do ambiente hospitalar, que muito preocupava a Madre Josefina D’Ingenheim. Uma situação conflituosa por causa da missão das Irmãs. Elas eram proibidas de falar em religião com os doentes ou com quem quer que seja. Os doentes reclamavam na Administração pelas constantes importunações das zelosas Irmãs. Então foram proibidas, de expressar qualquer prática religiosa para os doentes. Conheceram essa ordem através de cartazes espalhados pelo ambiente. A missão foi tristemente paralisada.

Ir. Chiara Pravoni prosseguia conduzindo a Comunidade em meio a muitas dificuldades. Com pouca experiência, assumira um local de missão com uma complicada situação. A Irmã apenas havia feito a Primeira Profissão em 1903, quando foi enviada para o Brasil.

A dificuldade no Hospital continuava. Chamou com urgência Ir. Josefina, responsável pela missão no Brasil, que se encontrava em Santa Felicidade. Rapidamente, ela tomou conhecimento da embaraçosa realidade. Marcou audiência com o Senhor Bispo Dom Duarte Leopoldo e Silva e o informou da situação.

Após colocar o Senhor Bispo a par de tudo, Madre Josefina decidiu retirar as Irmãs do Hospital e o fez, quando, em 1º de outubro, às 9h da manhã foram as Irmãs conduzidas provisoriamente para a Vila Prudente, local indicado por Dom Duarte.

Ir. Chiara e a Irmãs permaneceram por três meses sob os cuidados de Dom Duarte. Estabelecido o entendimento com a Administração das Santas Casas de Mogi das Cruzes e de Jaú, encaminhou as Irmãs para lá. Para a santa Casa de Jaú foi a Ir. Chiara, em 5 de dezembro, onde permaneceu até 1918. Substituiu Ir. Brígida Flório na farmácia. Rapidamente cativou as Irmãs e os funcionários. Era de índole calma e a mansidão era a sua característica; sua condescendência, porém, extrapolando o limite, causou-lhe muitas lutas e oposições, especialmente por quem tinha muita experiência e idade e a quem muito ajudava. Esse é um problema que ainda hoje se observa no ambiente hospitalar. O funcionário de mais tempo de casa, em geral, mostra-se muito resistente às mudanças. As outras três Irmãs acompanharam-na e as seis restantes foram encaminhadas para Mogi das Cruzes em 24 de dezembro de 1909.

Resolvida a situação, Ir. Josefina retornou para Santa Felicidade, onde as Irmãs a esperavam.

Depois de desempenhar um profícuo superiorato de nove anos, em 1918, Irmã Chiara foi transferida para o Hospital do Braz.

Em contraste com todos esses anos em Jaú, agora no Hospital do Braz, sua permanência foi breve; de saúde precária fê-la deixar o cargo para Ir. Delfina Vittorello, em novembro de 1919. No mesmo ano, por obediência, seguiu para São João da Boa Vista e substituiu a superiora, Ir. Angelina Garzola, no dia 20 de dezembro. Não obstante a sua frágil saúde, teve um desempenho produtivo. Não permaneceu muito tempo em São João da Boa Vista.

As missionárias são nômades porque servem ao Senhor da Vida. E para Ele, os que escolhe e consagra coloca a vida a sua disposição, portanto onde há necessidade de uma missionária, lá está ela, doando-se para o bem dos necessitados.

Em novembro de 1920, novamente atendendo ao chamado da obediência, seguiu para Poços de Caldas, permanecendo por um mês na Santa Casa; e, enquanto fazia o tratamento necessário, substituiu a Superiora até o final de dezembro e pouco pode realizar, retornando para o Hospital Humberto I em 1922, onde permaneceu apenas por um ano. Ela faleceu em 20 de janeiro de 1928.