Irmã Clarice iniciou sua vida apostólica em 1944, no Colégio Sagrado Coração de Jesus, em Cafelândia/SP, como estudante e professora primária. Seguiu, depois, para o Colégio Sagrado Coração de Jesus, São Paulo; Colégio São José, Bauru, Sagrado Coração de Jesus, Marília, todos no Estado de São Paulo e sempre nas mesmas atividades.

Em 1965, passou para o Colégio Divino Espírito Santo do Pinhal/SP, como professora primária e responsável pela Biblioteca e iniciou o terceiro grau, na Faculdade de Filosofia de Guaxupé/MG. Voltando para Marília e indo, depois, para a Escola São Francisco, em Bauru, prosseguiu os estudos na Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras do Sagrado Coração de Jesus; e, em 1982, foi para o Colégio Cor Jesu, em Brasília/DF. De 5 a 10 de janeiro de 1982, participou do retiro anual, na Casa de Retiros Sagrado Coração de Jesus, em Ibiúna, com bastante entusiasmo, embora deixasse transparecer certa ansiedade e agitação; e participou da solenidade de Profissão Perpétua, na Casa Provincial. Retornando à sua comunidade, em Brasília, começou a sentir-se mal e foi encaminhada à Santa Casa de Ribeirão Preto, em busca de melhores recursos. Após exames de laboratório, diagnosticou-se crise aguda de leucemia. Foi-lhe administrado um tratamento intensivo, mas o organismo não reagiu e, no dia 13 de fevereiro, dia em que completaria 63 anos de idade e 41 de Profissão, de maneira muito serena, como uma vela que se apaga, entregou sua alma a Deus.

Após a Missa de corpo presente, deu-se o sepultamento, no cemitério local.

Depoimentos

Ir. Saula Hirata - “Morei com Irmã Clarice, duas vezes. A primeira, em Marília/SP, no meu tempo de internato. Dava-me aulas de Datilografia quando eu cursava o ginásio. Atendia muito bem os alunos que iam pesquisar na Biblioteca; tinha, para cada um, palavras de estímulo e ensinava a estudar. A segunda, em 1977, na Escola São Francisco. Ela estava doente e fazia controle com um médico de Marília. Em um dos retornos médicos, perguntei se ela não queria fazer uma visita para sua irmã, Ir. Santana, que estava na Betânia. Então, ela pediu um dinheirinho para levar-lhe de presente roupas pessoais, e voltou muito feliz, por ter podido estar com Irmã Santana. Na Biblioteca era muito organizada”.

Ir. Brígida Campos Cunha - “Ir. Clarice, além de ser uma Apóstola ardorosa, amante do Instituto, possuía uma grande cultura, gerada pelo seu esforço pessoal; era autodidata. Estava sempre lendo, estudando, atualizando-se. Sabia informar as Irmãs e alunos sobre diversos assuntos. Caridosa, generosa, na sua doação e serviço, gostava de partilhar seus dons. Profissionalmente, por grande tempo de sua vida, esteve empenhada na coordenação da Biblioteca em diversos Colégios da Província. Como bibliotecária prática, era eximia, dedicada, organizada e, sobretudo interessada em atuar nessa área, da melhor forma possível, apesar de não possuir o curso adequado. Graças a ela, muitos Colégios puderam manter seus acervos intactos, cada dia mais atualizados e crescentes. Alçou seu voo para o Senhor, em plena atividade, quando ainda desejava organizar melhor a Biblioteca do Colégio Cor Jesu, que estava  em reforma”.