Ir. Maurina Fernandes

Ir. Maurina Fernandes

25/07/1898 – † 29/10/1991 -------------------------

Biografia

Sua missão foi vasta, como longa foi sua vida. Trabalhou nas primeiras obras abertas no Brasil, onde exerceu as mais diversas atividades. Foi professora, enfermeira noturna, ecônoma, secretária, porteira, cozinheira, roupeira e outros serviços domésticos.

Escolas, onde trabalhou: Umbará,PR, Água Verde,PR, Curitiba,PR; Asilos: São João da Boa Vista,SP, Mococa,SP e Marília,SP; Santas Casas:  Araçatuba,SP, Casa Branca,SP, Fazenda Amália,SP, Cafelândia,SP; Educandário Madre Clélia, em Bauru,SP e Creche, em Marília,SP.

Dela, com toda certeza, podemos dizer o que o Livro dos  Provérbios diz a respeito da “Perfeita dona de casa”: Vale muito mais do que as pérolas. Cinge a cintura com firmeza e emprega a força dos braços. Estende a mão ao pobre e ajuda o indigente. Tece roupas para seu uso. Está vestida de força e dignidade, sorri diante do futuro. Abre a boca com sabedoria e sua língua ensina com bondade. A mulher que teme o Senhor merece louvor! Dai-lhe parte do fruto de suas mãos, e às Portas louvem-na suas obras! (Prov. 31,10-31).

Quem a conheceu lembra de sua delicadeza e atenção para com todos. Respeitosa e obediente, via nas Superioras  verdadeiras representantes de Deus. Sua fé era profunda e simples.

No pedido para fazer a Profissão Perpétua, datado de 4 de junho de 1923, assim dizia: “... se não for digna de ser admitida à Profissão Perpétua, ao menos possa esperar ser do número das que irão renovar os votos. Estou pronta a tudo o que determinarem a meu respeito, só desejo ser toda de Jesus, na vida e na morte”.

Em 1974, com a saúde bastante abalada, foi transferida para a Betânia, onde, na medida do possível, continuou prestando serviços nas atividades da casa. Seus últimos anos passou-os quase sempre acamada e sabia empregar seu tempo na oração e na união com Deus. Acolhia com alegria  todas as Irmãs que a visitavam e fazia de tudo para fazer-se entender, pois a visão e a audição estavam muito fracas.

Depoimento

Ir Brígida Campos Cunha - “Foi na humildade, na simplicidade e na vida escondida da Irmã Maurina que pude sentir a beleza da vida religiosa. Em Cafelândia: no trabalho da horta, dos porcos, das vacas, galinhas, no cuidado do pomar, do pasto, que ela, zelosa e atenta, se realizava como pessoa e como religiosa. Além disso, sofria do mal de Parkson. O dia todo encontrávamos Ir. Maurina envolta em seus afazeres, sem demonstrar cansaço ou qualquer desgosto. Alegre e silenciosa, sabia transmitir muita paz”.