Ir. Celina Cavassin
01/12/1931 – † 02/04/1996Biografia
Com o vigor juvenil que lhe era peculiar, não só pela idade, mas, sobretudo, porque carregava como lema: “Proclamar a glória de Deus até que ele venha”, Ir. Celina procurou testemunhar essa glória durante toda sua vida, principalmente no leito, onde viveu seus últimos dias, balbuciando os nomes de Jesus e Nossa Senhora. Foi nesses dias e nesses meses que ela relatou, como um filme, toda sua vida.
Ainda noviça do 2º ano, trabalhou no Colégio Sagrado Coração de Jesus, em classe de alfabetização. A partir de 1957, atuou sempre na área da saúde, iniciando no Hospital de Crianças, em Curitiba/PR. No ano de 1965, assumiu a Província do Paraná, como Superiora Provincial. De
Sofreu muito, nos últimos dias de sua vida, pois não conseguia verbalizar seus sentimentos; mas, com um tremendo esforço, conseguiu dizer: “Está chagando a minha hora, vou morrer...”
No dia 2 de abril, Ir. Celina partiu definitivamente para a Pátria Celeste e, certamente, estará intercedendo por nós que, aqui, neste vale de lágrimas, gememos, choramos e celebramos as pequenas vitórias, para sentirmos, antecipadamente, o gosto da eternidade. Ir. Celina precedeu-nos, na verdadeira vida, aos 65 anos de idade e 40 de vida religiosa.
Depoimentos
Ir. Leônia Cavassin - Ir. Celina, minha irmã, exercia a função de enfermeira. Era amável, simples, bondosa, zelosa, justa, alegre, muito animada, grande espírito de sacrifício, primava pela ordem e organização. Amava o Coração de Jesus e Nossa Senhora, demonstrando esse amor pelo seu zelo no trato dos doentes e pessoas que com ela trabalhavam. Nas suas dores, invocava Madre Clélia, provando que lhe dedicava muito amor. Amava o Instituto e interessava-se pelas Irmãs, pela sua saúde e bem estar.
Ir. Celeste Yamamoto - Morei com Ir. Celina, na Santa Casa de Marília. Ela trabalhava nos quartos particulares; amava o que fazia, ajudava a dar alimentação aos doentes debilitados e fracos; fazia curativos e até banhos, porque os doentes eram muitos e poucos os funcionários, sempre procurando o conforto dos pacientes. Mantinha bom relacionamento com todos. Mostrava-se sempre alegre, disponível, sensível, delicada e piedosa; não temia o sacrifício, tudo enfrentava com generosidade; aceitou com bastante serenidade sua doença, não se abateu e continuou suas atividades. Falava do Coração de Jesus, de Madre Clélia, ensinava a rezar e oferecer as dores pela conversão dos pecadores e pelos missionários. Às vezes dizia sentir necessidade de rezar, ficar só com Deus, ficar livre para rezar quanto precisasse. Amava o Instituto e, quando ouvia falar que as jovens o procuravam, alegrava-se e repetia: Bendito seja Deus!”
Ir. Lydia Moreira de Oliveira - “Eu era muito amiga da Ir. Celina. Embora tivéssemos pouco contato, quando nos encontrávamos era só para falar de Deus, de como vencer nos momentos difíceis, de como viver com serenidade”