Primogênita de três irmãos e duas irmãs. Desde os primeiros anos de sua infância, atraía o amor de seus pais e irmãos que a amavam ternamente, assim como todos os que a rodeavam. Dotada pelo Senhor de grande inteligência, saia-se bem nos estudos, com admiração de seus professores e alegria dos familiares. Amante do trabalho, desde pequena era uma verdadeira mulher, auxiliando a mãe nos serviços domésticos. Na adversidade, sabia unir à sua mansidão uma extraordinária firmeza.

Quando duras provas atingiram a família, ela, com calma e serenidade, não obstante o coração sangrando de dor, encorajou os irmãos e demais familiares, para evitar que o desânimo os levasse ao desespero.

Devota do Coração de Jesus e da Virgem Maria participava da Pia União das Filhas de Maria.  Obteve como recompensa, a graça da vocação à vida religiosa, e pediu para ser admitida na Congregação das Missionárias Zeladoras do Sagrado Coração de Jesus. Após o Noviciado, foi trabalhar, como auxiliar da mestra, num pensionato, em Casa Branca e, pouco depois, transferida para o Externato Santa Maria, de Pirajuí/SP, onde se dedicou, com entusiasmo, ao ensino. Mais tarde, passou para o Colégio Sagrado Coração de Jesus de Marília/SP, e aí empregou todas as suas energias em benefício da juventude. Seu ideal era levar as pessoas a Jesus. Numa de suas anotações, encontradas após a morte, lemos: [...] quanto desejaria falar com minha irmã, que se encontra no Juvenato, para lhe inculcar um grande amor ao Coração de Jesus e à Eucaristia! ”. 

Cheia de entusiasmo e zelo pela educação da juventude, a quem transmitia tesouros de sabedoria e bondade, além de lecionar, era diretora das alunas internas.

Sendo já uma flor pronta a ser transplantada para o jardim celeste, a fim de cantar o hino das Virgens, na tarde do dia 28 de julho de 1950, durante a recreação, falando com muita ênfase sobre o Congresso Eucarístico que estava sendo realizado, disse: “Como é sábia nossa mãe, a Igreja! ”  E, em seguida, “Ai! Que dor de cabeça! ” Duas lágrimas rolaram pela sua face; perdeu os sentidos e, minutos depois recebia a Unção dos Enfermos e entregava sua alma a Deus.

Sua morte repentina consternou a todos. Do céu rezará, para que o Senhor mande boas e santas vocações, para ocupar o lugar deixado vago por ela. Recordando-a, escrevia uma de suas alunas internas: “Irmã Atília, essas lágrimas que agora brilham em nossos olhos, são sinceras, mas fugidias; a tua memória, porém, ficará eternamente gravada em nossos corações, alentando-nos nas horas do porvir, com o exemplo magnífico de teus dias repletos de abnegação.” E uma outra aluna: “Se por nós foste tão querida, a Deus amaste muito mais...E Ele, em troca, tirou-te a vida, dando-te o céu dos imortais”.

Irmã Atília faleceu aos 36 anos de idade e 15 anos de vida religiosa.

Depoimento

Ir. Olívia Santarosa – Morei com Ir. Atília em Marília e assisti sua morte repentina. Simples, alegre, humilde, serviçal, muito boa e amiga de todas as Irmãs. Era possuída de grande zelo pela gloria do Coração de Jesus. Amava o Instituto e Madre Clélia. Seu amor a Eucaristia manifestava-se através de seu entusiasmo pela Cruzada Eucarística. Era uma excelente professora primária e de Ensino Religioso. Amava a vida de Comunidade. Dizia: somos uma família, precisamos nos conhecer.