IR. LUIGINA BUSATO

IR. LUIGINA BUSATO

22/01/1909 + 12/03/1990 -------------------------

Biografia

 

 

 

Nº do Registro Geral: 1683

Nome Religioso: IR. ERMELLINA REGNANI

Nome civil: Ida

Local e data de nascimento: San Martin/Argentina – 10/04/1915

Filiação: Francesco Regnani e Augusta Regnani

Local e data do Postulado: São Paulo/SP – 02/02/1944

Local e data do Noviciado: São Paulo/SP – 29/01/1945

Local e data da 1ª. Profissão: São Paulo/SP – 29/01/1947

Local e data da Profissão Perpétua: São Paulo/SP – 11/02/1953

Local e data do falecimento: Curitiba/PR – 08/01/1990

Observações: Faleceu com 75 anos de idade e 43 de Profissão Religiosa

 

Irmã Ermelina exerceu seu apostolado em muitas comunidades do Instituto: Colégio São José – Bauru/SP. auxiliando no internato; Hospital de Crianças de Curitiba/PR, como Superiora,por três períodos;  Hospital de Bento Gonçalves/RS; Maternidade Nossa Senhora da Luz-Lapa/PR; Policlínica de Pato Branco/PR; Casa de Saúde Campinas/SP, sendo sempre uma presença alegre, simples, cativando todos para o amor do Coração de Jesus.

Exerceu o cargo de Conselheira Provincial por dois mandatos: 1957 a 1963 e 1966 a 1970.

Era delicada, respeitosa e obediente para com as superioras. O seu grande espírito de sacrifício levou-a a realizar serviços humildes, preocupada somente com a glória de Deus e o bem dos outros. Gostava de fazer surpresas agradáveis, alegrando as coirmãs que a admiravam pela criatividade tão singela. Pacífica, materna e caridosa. Valorizava suas coirmãs e contribuía pela união e fraternidade; atenciosa, educada, fina em expressar seus sentimentos; grande espírito de oração e imenso   amor  a   Jesus Eucarístico e a Nossa Senhora; sua oração predileta era o terço. Tinha imenso amor ao Instituto e compreendia o valor das vocações sacerdotais e religiosas, rezando nessas intenções. Seu carinho especial pelos parentes, amigos e pessoas com quem trabalhava, lavavam-na a interessar-se pelo crescimento do Reino de Deus em seus corações.

 

Toda sua vida foi uma preparação de amor para a chegada do Esposo, que a chamou após doloroso e fulminante enfarto na UTI do Hospital Nossa Senhora das Graças, em Curitiba. Apóstola silenciosa e paciente, suportou os problemas cardíacos, desde 1984, com total entrega à vontade de Deus. Passou desta vida para a outra, deixando a todos, a marca da bondade, da humildade, de uma vida exemplar, aos 75 anos de idade e 43 de vida religiosa. Transcrevemos  uma de suas últimas orações: “Dou-vos graças por me  terdes  criado,  feito  cristã  e  por me terdes chamado à Vida Religiosa, principalmente nesta querida Congregação  das  Apóstolas. Humildemente, agradeço todos os benefícios que me concedestes. Ofereço-vos todas as ações deste dia;  fazei que sejam segundo a vossa  vontade,  até  o  dia em  que   me   chamardes    para     vós.       Esteja       sempre comigo a vossa graça. Espero em vós e procuro ser forte. Confio em vós. Agradeço a Superiora que me destes, Ir. Isaura, que amo e estimo;  e esta comunidade, que é minha família querida. A vós, Senhor, toda honra e glória. Amém”.

 

Depoimentos

 

Ir. Josefa Gonella -  Irmã Ermelina realizou seu apostolado em muitas comunidades do Instituto. Em 1946 trabalhou no Colégio são José, em Bauru,SP, atendendo os serviços da casa no Internato.Em 1957 no Hospital de Crianças César Perneta, Curitiba,PR, como Superiora da Comunidade. Em 1963, no Hospital Maria Tereza Goulart, em Bento Gonçalves, RS. Na Maternidade Nossa Senhora da Luz, Lapa,PR em 1964. Novamente no Hospital de Crianças César Perneta em 1966; Na Policlínica de Pato Branco,PR, em 1969; Em 1972, na Casa de Saúde de Campinas, SP; Em 1974 até 1990 exerceu suas atividades no Hospital de Criança César Perneta, Curitiba,PR como responsável da rouparia e sendo no hospital uma presença alegre, simples, cativando no amor do Coração de Jesus. Destacamos que, exerceu o cargo de Conselheira Provincial por duas vezes, de 1957 a 63  e de 1966 a 70. Irmã Ermelina passou desta vida para a outra deixando em todos a marca da bondade humildade, de uma vida exemplar. Rogamos  ao  Coração   de   Jesus    que   a   tenha    em          sua glória e, que do céu, interceda por todas nós que ainda militamos na terra. Junto com a Madre Clélia, na presença do divino Coração de Jesus e de Maria Santíssima, Ir. Ermelina está entoando o hino da vitória, louvando eternamente o Senhor, nosso Deus (pronunciamento de 8/1/1990).

 

Depoente não identificada - A família de Irmã Ermelina era numerosa, composta de nove pessoas. Em sua infância foi aventureira, gostava de correr a cavalo. Seu pai era um tanto enérgico e rigoroso na formação e educação dos filhos. Teve uma adolescência normal como todos os seus irmãos. Embora os pais não fossem católicos praticantes, Ir. Ermelina ainda jovem dedicava parte de seu tempo em movimentos de sua Paróquia como coordenadora das “Filhas de Maria”. Não teve grandes oportunidades de estudar, porém gostava de leituras, e estórias em quadrinhos. Já na vida religiosa tinha a ciência divina e prática: foi uma irmã dócil e acessível à vontade de Deus através dos superiores. Aos 29 anos de idade ingressou no Instituto em 22/2/44 onde fez o Postulado e o Noviciado. Desempenhou e desenvolveu trabalhos de responsabilidade na Congregação. Desenvolveu várias atividades no Instituto.  Até hoje percebe-se que deixou marca profunda nos leigos, médicos, enfermeiras e   demais pessoas que fizeram parte de sua vida. Há pessoas que choram a sua ausência física, mas acreditam que ela está presente no céu, olhando por eles nos seus trabalhos. Ouvi inúmeras vezes entre eles o nome desta Irmã que viveu segundo a vontade de Deus e os ensinamentos de Madre Clélia. Ir. Ermelina, olhe por nós. Acreditamos que a senhora já recebeu a recompensa de todo bem que deixou semeado no coração de cada Apóstola e de cada pessoa que cruzou o seu caminho. (Pronunciamento de 8/1/1990).

 

Ir. Silvana Salomão - Ir. Ermelina era alegre, materna, responsável, caridosa, amante do dever, simples, humilde, pessoa de oração, serviçal, delicada com de todos, de grande respeito para com os superiores, espírito de sacrifício, zelo apostólico, fiel ao seu SIM até as últimas conseqüências. Calma, buscava constantemente a conversão pessoal e vivia na presença de Deus. Abandonou-se à vontade de Deus  a durante a doença. Morei com ela em São Paulo, no Hospital Matarazzo. (1957) e em 1967 foi minha superiora  na Casa de Saúde em Campinas, SP.

 

Depoente não identificada - Ir. Ermelina foi uma pessoa virtuosa, cheia do amor de Deus. Pessoa de oração, sacrifício e vida fraterna. Devota de Nossa Senhora rezava o rosário e sempre tinha o terço em mãos.

Ir. Maria de Lourdes Fabris – Convivi  muitos  anos  com a Ir. Ermelina e sinto tanto a sua ausência, como se fosse uma irmã minha! Foi exemplar e possuía muitas virtudes; nunca a vi queixar-se de alguém. Paciente, principalmente no momento de dor. Quando fazia alguma correção, usava de delicadeza. Era devotíssima de Nossa Senhora; sua pontualidade nos atos comuns era exemplar.

 

Ir. Nilva Maria Lovatto - Irmã de uma bondade extrema,não falava mal de ninguém e era igual com todos. De uma cultura espiritual e geral fora de série, para, tudo sabia dar explicação; muito organizada no trabalho,   de    visão     ampla,     tinha      um       dom administrativo;  sabia  fazer      economia,    valorizava tudo, até o mínimo que se fazia.  Amava  muito a Maria; na costura onde trabalhava   rezava  o  terço com suas funcionárias diariamente; tinha o seu momento de oração pessoal todos os dias  e era fervorosa  na oração comunitária. Nos momentos fortes, litúrgicos. Páscoa  e Natal parecia que sua alegria aumentava, isso porque amava a Igreja e o Instituto, ardorosamente. Tinha grande amor aos menos favorecidos,  além das  coisas materiais que lhes dava, falava-lhes do Coração de Jesus, de  tal maneira que a pessoa  saía  outra. Era  simples, de  uma tal  pobreza  que  nos  edificava. Tudo  o     que possuía a mais devolvia-o à Superiora; tinha um coração despojado e desapegado de tudo. Amava a cada uma sem distinção; tinha uma fina caridade igual a de Madre Clélia de quem muito falava, pois não era raro vê-la meditar seus escritos. Morreu de enfarto, dizendo “hoje é o meu fim, vou para junto dele, rezem por mim.” (Pronunciamento de 3/8/1993).

 

Depoente não identificada - Tivemos a felicidade de conhecê-la. Depois de muitos diálogos e súplicas para trazermos as Irmãs para integrarem o quadro de trabalho da Policlínica Pato Branco, que então engatinhava, fomos prendadas com a seleção de duas Irmãs: Ermelina e Madalena. Ir. Ermelina com a responsabilidade de tudo fazer para conseguirmos o sucesso. Aparentemente não teve muitas dificuldades na coordenação e montagem da estrutura de funcionários, uma vez que, aquelas que sempre a acompanharam nos momentos de decisão, lhe davam autonomia de trabalho. Para o crescimento e o sucesso que hoje desfruta  a Policlínica Pato Branco, Ir. Ermelina teve uma participação importante, pois fatos e acontecimentos foram por ela coordenados e levados a bom termo. Ela faz parte da história da Polínica Pato Branco. Ela se foi, porém, a sua imagem ficou   para    sempre na história e no coração daqueles que a conheceram. Que Deus a tenha a seu lado.

 

Ir. Neuza Claudete dos Santos - Ir. Ermelina tinha um olhar sereno, sorridente, acolhedora, calma e alegre. Era de caráter forte e enérgico, mas ao mesmo tempo sabia se auto-controlar e reconhecer-se, quando se  impacientava. Virtuosa, vivia com intensidade o exercício das virtudes, principalmente aquelas que eram vividas por Madre Clélia; humildade, espírito de sacrifício, generosidade, zelo apostólico, grande respeito para com os superiores; era de consciência delicada e muito caridosa com as pessoas. Em vida de oração tinha grande intimidade com Deus; não perdia um minuto; fazia freqüentes visitas a Jesus sacramentado, sempre fiel aos atos comuns, mesmo na doença  e com dificuldade, fazia questão de estar com a comunidade; buscava  constantemente a Deus. Na Comunidade era muito alegre e participava dos recreios e dos encontros espirituais e sempre dava a sua colaboração; zelosa em seu trabalho e apostolado, não deixava de falar do Coração de Jesus;  durante o trabalho rezava o terço com seus funcionários. Em poucos meses de convivência senti na Ir. Ermelina alguém que buscava Deus e revelou Deus para o mundo e para cada Irmã da Comunidade. (Pronunciamento de 2/3/1993).

 

Ir. Zélia Cavassin - Irmã humilde, mansa, bondosa, dedicada, caridosa, de espírito de sacrifício, de oração, silenciosa, mortificada e paciente. Amante do Instituto e dos superiores e observante das Constituições.Tinha grande devoção ao Sagrado Coração de Jesus. Amava Jesus na Santíssima Eucaristia e a Maria.

 

Ir. Isaura Carlessi - Ir.Ermelina de estatura normal, robusta, olhos castanhos, semblante alegre e materno; sorriso franco, andar firme e decidido, porte digno sentada ou andando. De temperamento sangüíneo, leal e sincera, não compactuava com o fingimento. Entrou na vida religiosa já com certa idade sabendo o que queria e lutou muito para entrar, pois a família não era tão favorável; era filha de Maria, muito piedosa e ainda em casa rezava o rosário. Entrou na vida religiosa atraída pelo exemplo de nossas Irmãs que dirigiam as Filhas de  Maria. Tinha cultura, inteligente, lia muito e tinha  só o curso primário. Vivia unida a Deus em profundidade e era muito devota de Nossa Senhora. Sempre trabalhou em serviço de rouparia e costura no início da vida religiosa.  Foi superiora por muitos anos. Depois continuou na costura e lavanderia até sua morte que a surpreendeu trabalhando; era edificante no trabalho, fazia tudo com perfeição. Suas virtudes foram: sinceridade, cortesia, alegria, era materna, trabalhadora e serviçal. Fazia tudo com muito amor, esquecia-se de si para socorrer o  próximo e caridosa a toda prova. Seu crescimento espiritual era edificante. Vivia o Carisma da Congregação  e a  opção radical por Deus; na vida comunitária era sempre a primeira a dar o exemplo. Conformada na doença, aceitou-a com tranqüilidade, procurando os recursos colocados a sua disposição. Assim se expressava: “Entrarei nesta casa sagrada para amar  a Deus e aos irmãos e esquecer de mim para auxiliar o outro”.

 

Ir. Arminda Rocha  - Ir. Ermelina era uma pessoa que cativava a todos pelo seu porte digno, respeitoso e silencioso. Estava sempre unida a Deus através da vida de oração. Percebia-se nela uma concentração constante; transmitia muita paz a todos que com ela se relacionavam. Era de um temperamento forte, mas muito humilde e reconhecida, sabia perdoar sempre. Não perdia tempo, o tempo livre que dispunha, estava sempre de joelhos  diante do Santíssimo. Lia muito, especialmente se interessava para ler tudo o que saia de atualidade na Igreja, do Santo Padre e gostava de ler a vida dos santos. Era costureira e cozinheira. Foi um grande exemplo de trabalho. Afirmo que jamais encontrei Ir. Ermelina trabalhando sem estar rezando e incentivava as pessoas a rezarem com ela; sua  sala de costura assemelhava-se a um oratório. Distinguiu-se pela caridade e se falhava possuía um grande coração para reconciliar-se e muito mais para perdoar. Era humilde, generosa, delicada, terna; amava suas superioras, tinha por elas grande respeito, admiração e submissão. Sofria muito nas transferências, mas fazia um esforço muito grande para superar a dificuldade. Cuidei muito de Ir. Ermelina durante a doença e confesso que soube sofrer. Oferecia tudo ao Senhor e nunca a vi se queixar, pelo contrário, não queria ser de peso para ninguém, mas soube aceitar tudo o que se fazia para ela. Ao menor gesto de ajuda  respondia com coração grato. Foi uma pessoa de oração e possuía um coração de ouro. (Pronunciamento de 22/3/ 1993).

 

Ir. Nair Cescchin  - Era  uma pessoa alegre e tranqüila, enérgica, mas materna e acolhedora. De espírito de oração, era  fiel a sua hora diária de adoração Jesus Eucarístico e fiel à vida comunitária. Amava e tinha grande respeito pelos superiores; zelosa, humilde e simples. Era uma pessoa culta, tinha noção de tudo, pois lia muito. Cultivava grande amor à Madre Clélia. A virtude que a distinguiu como cristã e Apóstola foi a caridade. Ir. Ermelina supervisionava  a lavanderia e a costura; marcou-me muito a ordem e a delicadeza com as coisas e o carinho que dedicava aos funcionários.

 

Ir. Maria de Lourdes Castanha, Ir. Marli Brugnarotto, Ir. Matilde Ranzan, Ir. Maria Eugênia da Silva, Ir. Verônica Sofiatti e Ir. Antonia Cavalini - Ir. Ermelina era de estatura mediana, obesa, olhar penetrante, de boa aparência, porte digno e silenciosa. Tranqüila e serena, de caráter forte, organizada, líder, culta, materna e de grande capacidade administrativa. Tinha 28 anos ao ingressar na vida religiosa. Era Filha de Maria e foi estimulada a entrar por Ir. Ettorina Roverso. Filha de pais não praticantes; sua família era abastada, oriunda da Argentina. Possuía grande espírito de amor a Eucaristia e a Nossa Senhora. Zelosa pelas coisas de Deus e vocações. Fervorosa, caridosa, fiel, obediente, dedicada, respeitosa, humilde. Foi responsável pelos ofícios simples da casa, cuidou da rouparia, foi Superiora e conselheira provincial; zelava pelas irmãs mais novas para que fossem fiéis. Gostava de fazer agradáveis surpresas para suas coirmãs. Distinguiu-se como cristã e como Apóstola pelo zelo pelas coisas de Deus, pela sua aparência pessoal e a das Irmãs; educada, respeitosa, fiel e perseverante na busca da perfeição. Confessava-se assiduamente, estimulava-se a calar certas palavras, a comer o que não gostava e não comer fora de hora. Sua vida de Oração era intensa: rezava muitos terços, via-sacra e jaculatórias.  Era alegre, prestativa, espontânea, gostava e participava dos passeios. Era zelosa pelas vocações, levava as pessoas para Deus nas suas conversas e amizades. Na doença aceitou pacientemente a vontade de Deus; resignada, morreu bem preparada e santamente. Foi uma Apóstola fiel, zelosa, prudente, que soube servir na alegria e na humildade, com autenticidade. (Pronunciamento de 23/3/1993).

 

Eli Bridi - Conheci Ir.Ermelina em 1983 quando comecei a trabalhar no Hospital Pequeno Príncipe. Ela era uma pessoa com uma cultura espetacular, sempre dedicada tanto na vida religiosa, quanto na vida civil, com sua capacidade de comandar os funcionários, primeiramente como chefe geral, depois como chefe da lavanderia. Dedicava-se com muita paciência e amor ao cuidado dos doentes. Embora com problemas de saúde, nunca  se via a Irmã triste ou aborrecida, mas sempre alegre e risonha. Ouvíamos sempre ela dizer: “olhem para a vida que é linda e o céu é belo e sempre azul”. Por isso devemos procurar seguir o exemplo dela, sempre dedicada e paciente. (Pronunciamento de 23/3/1993).

 

Ir. Verônica Luiza Ceschin - Conheci Ir. Ermelina no Hospital Matarazzo; ela trabalhava na costura, atendendo às necessidades do hospital e dos doentes fornecendo a roupa diariamente para os cuidados aos doentes. Era uma Irmã muito boa, caridosa, prestativa, trabalhadora.

 

 

 

 

Nº do Registro Geral: 0765

Nome Religioso: IR. LUIGINA BUSATO

Nome Civil: Maria Elisa

Local e data de nascimento:  Colombo/PR– 22/01/1909

Filiação: Ettore Busato e Angela Franchin

Local e data do Postulado: São Paulo/SP – 23/07/1925

Local e data do Noviciado: São Paulo/SP – 30/06/1926

Local e data da 1ª. Profissão: São Paulo/SP – 02/07/1927

Local e data da Profissão Perpétua: São Paulo/SP – 30/06/1932

Local e data do falecimento: Curitiba/PR – 12/03/1990

Observações: Faleceu com 81 anos de idade e 63 de Profissão Religiosa

 

Depoimentos

 

Ir.Josefa Gonella - Ir. Luizinha exerceu seu apostolado em diversas casas nas Províncias de São Paulo e do Paraná. Em 1930 trabalhou nos serviço de casa e rouparia da Santa Casa de Poços de Caldas; como enfermeira na Casa de Saúde de Campinas, em 1931; em 1932 a  43 foi responsável pelo Internato no Colégio de Cafelândia; de 1944 a 54, responsável pelo Internato no Colégio Sagrado Coração de Jesus de Curitiba,PR; de 1955 a 59 nos trabalhos da casa, rouparia e Escola Mater Amabilis, em Nova Araçá,RS; de 1956 a 77 atuou na portaria  e tesouraria da Escola Coração de Jesus, de Bento Gonçalves,RS, em 1978 foi para a Casa São José de Curitiba para, não mais presa a tantas atividades, descansar, rezar mais e se preparar  para o céu, vindo a falecer no dia 12 de março de 1990 com uma santa morte na presença das coirmãs da Comunidade. Meia hora antes de entregar sua alma a Deus pediu que lhe trouxessem Jesus Eucarístico. Comungou e este foi o seu viático rumo à Pátria celeste. Sua ação de graças começou aqui na terra e foi terminá-la junto de Deus, onde vive agora prolongando pela eternidade o louvor e a glória que sempre deu ao Coração de Jesus, com sua vida fervorosa e sempre fiel.

 

Após uma cirurgia do fêmur, suas forças foram diminuindo, seu corpo definhando, mas sua alma se fortalecendo. Sofreu com paciência, sem reclamar de nada, entregue a vontade de Deus. Foi simples, obediente, reconhecida por tantos favores, que todos os dias, o Senhor e suas coirmãs lhes concediam. Irmã Luizinha carregava em si um grande coração: caridoso, bondoso, incapaz de falar mal de alguém; muito comunicativa, alegrava a todos com suas anedotas e bom humor. Sua pureza de alma a tornava simples, humilde, graciosa aos olhos de Deus e das criaturas. Sempre demonstrou interesse por todas as obras do Instituto, sobretudo pelos problemas da Escola, pelos alunos, pelas crianças. Interessava-se por seus familiares, pelos quais rezava continuamente em suas intenções. Destacou-se pelo espírito de oração. Todas as suas coirmãs de Comunidade guardam este testemunho de uma pessoa de oração. Ao fechar os olhos para essa terra, derramou a última lágrima – foi esta enxugada pelas coirmãs que a assistiam. Chorou para deixar esta vida, deixar suas coirmãs, parentes e amigos. Foi uma lágrima só, pois já contemplava a beleza infinita, a glória de Deus e a alegria tomou posse de sua alma e a dor, a tristeza, a saudade, tudo deixou. Que a Ir. Luizinha junto de Deus, ao lado da boa Mãe Maria, interceda por todas nós, partindo para os braços de Deus, na certeza de viver para sempre em sua companhia. No Coração de Jesus, agora habita, transformada  NELE; olhará para nós e nos ajudará a trilharmos nosso caminho na fé, na fidelidade, na busca do Bem maior. Ir. Luizinha deixa a terra! Nasce para a Vida Eterna! (Pronunciamento de 12/3/1990).

 

Ir. Inês Frasson - Conheci Ir.Luizinha e vivi com ela uns três anos em Bento Gonçalves. Naquele tempo ela trabalhava na portaria e tesouraria. Seu olhar transmitia paz e tranqüilidade. Seu sorriso cativava a todos. Seu jeito jocoso atraia pelas suas piadas engraçadas. Gostava de inventar poesias e declamá-las. Tinha grande amor pelos pobres, sempre arranjava jeito para dar descontos aos mais necessitados. Um tanto perfeccionista naquilo que fazia. Dizia sempre a verdade; era muito justa e correta. Alimentava o desejo de ser santa e dizia: “Quero ser santa alegre, até no céu quero divertir os outros”. Era uma Irmã de muita oração, de espírito de sacrifício. Exagerava no bom julgamento o respeito de algumas pessoas. Gostava de ler bons livros de santos e até humorísticos. Em sua obra apostólica era muito zelosa, responsável, acolhia bem as pessoas, zelosa pelas vocações. De noite passava duas a três vezes nas portas para ver se estavam bem fechadas. Tinha muito medo de ladrão. Era muito devota do Coração de Jesus, por isso era grande propagadora dessa devoção. A todos que passavam pela portaria dava santinhos e medalhas do Coração de Jesus. Em sua vida comunitária, era alegre, gostava de estar junto com as Irmãs e ajudava no crescimento espiritual e fraterno da Comunidade. Nestes três anos que vivi com Ir. Luizinha pude notar que nela amava os alunos pobres; fazia tudo com perfeição, desde as mínimas coisas (pronunciamento de 20/5/1993).

 

Ir. Rosalina Conte - Ir. Luizinha era pessoa de oração; amava o Sagrado Coração de Jesus; rezava pelas vocações; era caridosa e respeitosa com todos e difundia a devoção ao Sagrado Coração de Jesus. Amava a Congregação e se interessa pelo outro.

 

Depoente não identificada - Irmã alegre, caridosa, bondosa, humilde, delicada, de espírito de sacrifício. Rezava bastante e tinha grande devoção ao Coração de Jesus e a Nossa Senhora. Nutria também muito amor a Jesus Eucarístico; amava o Instituto e tinha respeito aos Superiores. Observa bem as Constituições.

 

Depoente não identificada - Conforme nossas Constituições (art.115) a Apóstola deve saber difundir oportunamente a devoção ao Sagrado Coração de Jesus ... a todas as pessoas que dela se aproximam nas atividade diárias, testemunhando amor, doçura mansidão, humildade e alegria. Vejo retratada aqui nossa Irmã Luizinha, que realmente se destacou com essas virtudes, exprimindo através de sua vida o Carisma de Apóstola. E mais, seu grande espírito de oração, deixando transparecer em suas conversas e conselhos, no seu modo de ser, grande devoção ao Sagrado Coração de Jesus, nosso Mestre e modelo. Quando se fala de Ir. Luizinha logo vejo-a contando as suas “piadas”ou “anedotas” intermináveis, pois tinha  grande repertório... revelando sempre seu espírito alegre e seu bom humor, Era sempre igual a si mesma. Foi uma pessoa muito singela, simples, comunicativa e bondosa para com todo. SERVIU O SENHOR NA ALEGRIA.

 

Comunidade de Nova Esperança - Ir. Luizinha era esbelta, alta, alegre, humilde, aceitava bem as correções; amava aos superiores; gostava de dar conselhos e receitar remédios para os outros. Era porteira e atendia muito bem as pessoas. Procurava afastar a tristeza das pessoas; rezava bastante; era muito generosa em atender as pessoas carentes. Havia muita união em sua família. Amava as almas do purgatório; durante a doença pedia para rezarem com ela (pronunciamento de 1990).

 

Comunidade de Laguna - Irmã Luizinha era calma e acolhedora; tinha facilidade de comunicação, alegre e espontânea. Trabalhou no internato, na tesouraria e o povo lhe queria muito bem. Rezava muito, preocupava-se com sua vivência espiritual, e gostava de contar piadas. Destacava-se na pontualidade nos momentos comunitários.

 

Ir. Alice D’Ambrós - Foi na Comunidade do Colégio Sagrado Coração de Jesus de Bento Gonçalves que pude conhecer melhor a Ir. Luizinha. Tinha uma delicadeza extrema para com Jesus Eucarístico. Após a Santa Missa voltava na Capela e se ajoelhava no chão, perto do altar, para ver se havia caído alguns fragmentos de hóstia durante a santa comunhão. Fazia freqüentes visitas a Jesus na Capela. Era fervorosa Apóstola como Madre Clélia. Trabalhava na portaria. Acolhia as pessoas com muita delicadeza e sempre sorrindo. Sabia dar conselhos para cada problema que as pessoas lhe confidenciavam. Distribuía novenas e orações e receitas de remédios. Muitas pessoas a procuravam para ouvir seus conselhos e pedir as suas orações. Era sempre alegre na Comunidade e nos recreios gostava de contar piadas e colecionar palavras ou frases divertidas que ouvia na portaria. TINHA UMA CONSCIÊNCIA MUITO DELICADA. Jamais se ouviu palavras ou gestos que pudessem ofender alguém. Rezava sempre pela conversão dos pecadores. Era muito cuidadosa na observância dos votos.Antes de deitar observava se as portas e torneiras estavam bem fechadas e se os aparelhos estavam desligados das tomadas. Às vezes se esquecia que já tinha verificado, e começava tudo de novo. O que ela fazia externamente era o reflexo da riqueza de seu interior: límpida, apaixonada por Jesus Eucarístico e muito caridosa para com todas as pessoas. O povo de Bento Gonçalves sentiu muito a transferência dela para Curitiba. “Perdemos a nossa santinha “...“a nossa amiga e conselheira”. Visitei-a muitas vezes na Casa São José. Sempre sorrindo, feliz relembrava aquele bom povo de Bento Gonçalves e os fatos que marcaram a sua missão. Ir. Luizinha deve ter entrado no céu, direto nos braços de Jesus e de Madre Clélia. Ela é realmente uma grande santa, uma Apóstola modelo para todas nós.

 

Ir.Zélia Cavassin  - Ir.Luizinha tinha um semblante alegre, jovial e porte digno. Temperamento sangüíneo, trabalhado. Leal sincera. Muito escrupulosa. Irmã de oração e devotíssima do Sagrado Coração de Jesus. Amante do Instituto e dos superiores; muito falante e alegre. Caridosa, gostava de conversar com as aspirantes e dar conselhos.

 

Ir, Neuza Maria Ferreira - Ir. Luizinha tinha dificuldade de visão. De temperamento alegre e expansivo, gostava de contar piadas. Com esse dom cativava as pessoas e as tinha sempre a sua volta. Morou muito tempo em Bento Gonçalves. Foi recepcionista no Colégio.  Era muito grata pelos mínimos favores que recebia. Quando já estava na Casa São José, dei a ela uma lista de alimentos que produzem colesterol no organismo. Cada vez que nos encontrávamos ela não cessava de agradecer, pois dizia que havia melhorado da vista, graças a dieta que estava fazendo. Ir. Luizinha tinha uma grande preocupação de ficar cega e não enxergar mais. Ela possuía muita fé na cura da sua visão.

 

Depoente não identificada -  Ir.Luizinha distinguia-se pela alegria, simplicidade e consciência sensível e delicada. Amava o Instituto, respeitava os superiores, rezava e fazia da Eucaristia o centro e a força de sua vida. Quero comungar, foi o último pedido de sua vida, uma hora antes de morrer. Muito caridosa, era incapaz de julgar, falar ou ofender alguém. Sabia desviar ou defender qualquer pessoa de crítica e maledicência. Sempre atenciosa e disponível deixava seus interesses pessoais para atender às necessidades alheias. Como porteira nos últimos anos de sua vida apostólica, acolhia a todos com bondade. Tinha sempre uma boa palavra. Orientava, dava novenas, orações, santinhos e receitas de remédio. Deixou marcas no coração de muita gente. Nos sofrimentos e incompreensões abandonava-se com confiança filial nos Corações de Jesus e Maria. Gostava de contar piadas para alegrar o ambiente.