IR. M. MADDALENA MICHELETTI

IR. M. MADDALENA MICHELETTI

11/04/1911 + 13/03/2003 -------------------------

Biografia

Zelinda, ao ser batizada, não tinha consciência desse grande ato, mas tinha uma família que lhe mostrou o valor e as conseqüências do mesmo; e o resultado disso foi a sua escolha para ser religiosa, Apóstola do Sagrado Coração de Jesus.

Ir. Madalena foi uma pessoa muito tranqüila, meiga, respeitosa com todos, primava em exercer a obediência responsável.

Ao perceber que ofendia uma Irmã por indelicadeza, não demorava em procurá-la para pedir-lhe perdão. Essa delicadeza era muito marcante na Ir. Madalena.

Ir. Madalena atuou nas seguintes casas: Colégio de Marília-SP, em serviços gerais; no Hospital Matarazzo, em São Paulo-SP, Santa Casa de Birigui-SP, Santa Casa de Poços de Caldas-SP, Casa de Saúde Campinas-SP, na Enfermagem; Lar São Vicente, em Marília-SP, atendimento aos idosos;  Bandeira Paulista - Campos do Jordão-SP, rouparia; Casa Provincial -São Paulo-SP, rouparia e enfermagem.

Em 1971, solicitou um ano de exclaustração, mas pediu encarecidamente ao Santo Padre, para retornar antes, caso a mãe viesse a falecer, pois estava muito doente e idosa, praticamente abandonada, sem alguém que pudesse cuidar dela. O parecer da Superiora foi acompanhado dos mais lindos elogios, dizendo que Ir. Madalena era muito boa religiosa, observante e nada podia impedir a sua solicitação, pois a mãe precisava da assistência da filha.

Nos hospitais, por onde passou a maior parte de sua vida apostólica, desempenhava sua missão com muito amor e dedicação. Não podendo mais exercer sua função, foi prestar serviços na Betânia, junto às Irmãs, tanto na enfermagem, quanto na costura e em outros serviços.

Ás vezes, era chamada a “Missionária de Dombe”, porque ouvia com muita atenção os relatos da missão e desejava fazer algum gesto concreto, além de orações. Como sabia costurar muito bem, juntava os retalhos e algumas roupas que as Irmãs não mais utilizavam, e transformava tudo em linda roupinhas para as crianças de Dombe (África)

No seu leito, onde permaneceu por três anos, continuava sua missão, agora junto às funcionárias. Além de demonstrar delicadeza e amor, interessava-se pelos seus familiares, especialmente aqueles que não estavam bem. Uma delas disse: “Ela me cativou, foi para mim uma mãe espiritual”. Um dia, conversando com essa funcionária, disse ter sonhado que estava morrendo e que não chegaria a celebrar seu aniversário e assim aconteceu.

Sua força e sua arma no leito era o Rosário. Dizia rezar muitos terços pelos missionários, pela humanidade, pelas superioras, especialmente pela Madre Geral, da qual falava com tanto carinho e respeito.

No dia 13 de março, enquanto as Irmãs estavam participando da Santa Missa, a Superiora foi chamada, durante a Consagração, para acompanhar os últimos momentos da Ir. Madalena. Sua morte foi como a sua vida: tranquila e silenciosa, aos 92 anos de idade e 59 de vida religiosa. No “ide em paz e o Senhor vos acompanhe”, Ir. Madalena atendeu e partiu para a Casa do Pai, onde, certamente, intercede por nós.

Depoimento

Ir. Brigida Campos Cunha - “Morei com Ir. Madalena, na Casa Provincial, em São Paulo-SP, e o que sempre me chamou a atenção foi sua delicadeza, meiguice e bondade. Sempre com voz baixa, sabia cativar a todos. Sua vida, um testemunho vivo do nosso carisma de Apóstolas do Coração de Jesus, manso e terno.  Deixando a enfermagem, ocupava-se com os afazeres da costura e, quando não estava na sala de costura, era encontrada rezando, em especial o Rosário.  Podemos citá-la, sem medo, como exemplo de nosso carisma”.