Ir. Angélica fazia jus ao seu nome, pois era uma criatura angelical. Uma coirmã testemunhou ser cândida, pura, simples, dócil, contemplativa; profundo espírito de oração, afeto e respeito pelas superioras; levava a sério a pobreza e dizia querer morrer pobre para possuir Deus só.

Frequentemente entrava em colóquios profundos com o Senhor e, por várias vezes, confidenciou seu colóquio à Superiora e dizia “ter perdido a noção do tempo e lugar, nesse momento profundo de encontro com o Senhor, na oração”.

Humilde e silenciosa, exercia suas atividades sempre unida a Deus. Costuma falar que queria estar pronta para a visita do Senhor e, por isso, procurava com frequência os sacramentos, especialmente a Confissão.

Trabalhou nas seguintes casas da Província de São Paulo: 1932 - Colégio São José, em Bauru, serviços de nutrição.; 1934, Santa Casa de Lins, rouparia e serviços de nutrição 1959 Hospital Matarazzo em São Paulo, rouparia; 1960, Colégio São José, auxiliar de internato e rouparia; 1962, Santa Casa de Araçatuba, rouparia. De 1964 a 1993, Santa Casa de Lins, responsável pela lavanderia, rouparia e pela casa das Irmãs. Em 1993 passou a residir na Betânia Marília, e, diante do Santíssimo, testemunhou o ser “Apóstola do Amor, da Reparação e Apóstola como os Apóstolos.

Como Apóstola da oração, aproveitou o máximo para passar seus últimos dias em profunda união com seu Esposo. Sentindo um forte mal estar, foi internada na Santa Casa local  e, no dia 08 de abril, o Senhor a levou para lhe dar a coroa da vitória, reservada àqueles que guardam a fé e combatem o bom combate,  até o fim.

Depoimentos

Ir. Nadir Damião de Oliveira - Quando estava como Superiora da Comunidade da Santa Casa em Lins, Ir. Angélica fazia parte da Comunidade. Ela era simples, ingênua, generosa, gostava muito de rezar e de ajudar as Irmãs no serviço da casa. Respeitosa com os superiores, gostava de falar de seu tempo de mocinha. Uma vez que me disse ter visto Nossa Senhora e que ela lhe sorriu para ela. Tinha grande carinho pelos Padres.

Ir. Leonilde Veronezi - Ir. Angélica parecia que tinha a inocência batismal; sua simplicidade era admirável. Muito boa, não ofendia ninguém. Distinguia-se pela limpeza pessoal e pela aparência física; estava sempre disposta. Assumia com responsabilidade seu trabalho; A comunidade a queria bem.

Ir. Alzira Carolino de Sá - Ir. Angélica morou na Santa Casa de Lins, onde trabalhava na rouparia. Era simples, caridosa

Ir. Mariantonieta  Pinto Silva - A Ir. Angélica foi muito boa, esperta e mesmo em idade avançada continuava ágil nas atividades que tinha possibilidade de realizar.