IR. EUSEBIA LUCAS
14/02/1919 + 24/05/2003Biografia
Ir. Eusébia, filha de pais portugueses, nasceu em São João da Boa Vista-SP. Entrou no Instituto em São Paulo-SP e, logo após a Primeira Profissão, foi enviada para o Estado do Paraná, onde trabalhou como coordenadora nos serviços de cozinha, nas seguintes casas: Escola Imaculada Conceição, em Santa Felicidade-Curitiba-PR; Escola Sagrado Coração de Jesus, em Bento Gonçalves-RS; Escola Coração de Jesus, Nova Esperança-PR; Escola Mater Amabilis, Nova Araçá-RS; Asilo São Francisco de Assis, Santo Antonio da Platina-PR; Escola Social Madre Clélia, Vila Feliz, em Curitiba-PR; Lar do Bebê (Pupileira), Porto Alegre-RS, responsável pelos serviços gerais. Em 1980, retornou à Província de São Paulo, atuando no Asilo São Vicente de São João da Boa Vista, como responsável pela cozinha e auxiliava nos serviços gerais.
Em 1999, já com a saúde debilitada, aceitou o convite para morar em Águas da Prata, sua última comunidade. Vítima de uma queda, levantou-se e foi levada ao hospital. Fez os exames e nada acusando, retornou para a sua comunidade. Á tarde sentiu-se mal e foi novamente para o hospital, sendo submetida a uma cirurgia de emergência, na cabeça. Não resistindo, veio a falecer na madrugada do dia seguinte, 24 de maio.
Na CESC (Casa de Encontros Sagrado Coração), as Superioras estavam terminando os exercícios espirituais e iniciando o Encontro. A notícia entristeceu a todas. Algumas que a conheceram ou moraram com ela deram lindos depoimento,s que foram juntados aos de algumas Irmãs de sua comunidade, inclusive de sua Superiora.
Ir. Eusébia faleceu aos 84 anos de idade e 58 de vida religiosa. Que ela tenha o descanso merecido e interceda junto a Deus e à Madre Fundadora, em favor de todas as Apóstolas!
Depoimentos
Depoente não identificada- “Pelo tempo em que vivi com Ir. Eusébia, posso dizer que era uma pessoa de profunda oração. Muitas vezes, tive que dizer-lhe que fosse descansar, ao invés de ficar insistindo em terminar as orações, encomendadas por outras pessoas. Dessas encomendas fazia três horas de adoração e chamava de hora santa. Precisava obedecer, precisava atender aos pedidos. Mesmo cansada e sonolenta, persistia. Era simples e delicada. À noite, não se recolhia, sem acenar para as coirmãs e desejar-lhes uma boa noite, fazendo o sinal da cruz sobre elas. Falava pouco, mas, quando solicitada, contava umas piadas muito engraçadas. Era pobre e desprendida, tinha o estritamente necessário; porém, era vaidosa. Quando argumentada, respondia que deveria ir à capela para a Santa Missa ou alguma função. De tudo o que fazia, gostava mais da cozinha e lá sempre prestava alguma ajuda. Era persistente naquilo que queria e devia ser feito logo. Isso a deixava muito impaciente e nervosa, às vezes, em prejuízo próprio, mas suas virtudes cobriam suas poucas faltas. Deixou muitas saudades.”
Ir.Lourdes Batista Ferreira- Morei com Ir. Eusébia, durante quatro anos, em Águas da Prata. O que mais me chamava a atenção era sua delicadeza em tratar as Irmãs. Era uma alma silenciosa e orante. Na comunidade, parecia um anjo. Nunca vi criatura mais angelical do que Ir. Eusébia.
Ir. Santina Fierro- Durante nove anos morei com Ir. Eusébia, no Asilo São Vicente de Paulo, em São João da Boa Vista. Era desprendida de tudo, possuía espírito de sacrifício, de oração, de uma delicadeza indescritível. Percebia-se um grande amor à Congregação e respeito pelas Superioras. Praticava a pobreza e suas conversas eram sadias. Embora com pouca cultura, era assídua à Leitura espiritual, procurando sempre bons livros. Guardo muitas boas lembranças de Ir. Eusébia.
Ir.Maria Aparecida de Araújo- “Moramos juntas, durante cinco anos, no Asilo São Vicente de Paulo, em São João da Boa Vista. O que mais admirava, na Ir. Eusébia, era sua humildade e disponibilidade, espírito de sacrifício e serviço alegre. Acordava, diariamente, às 4 horas da manhã, para deixar tudo em ordem e estar com as Irmãs no ato comum. Percebia-se que estava sempre atenta ao que as Irmãs gostavam e, sempre que podia, fazia-lhes surpresas com os pratos que mais apreciavam. Trabalhava muito, mas sabia dedicar o tempo para sua vida espiritual e para a vida em comunidade.”