IR. PALMIRA OLIVEIRA

IR. PALMIRA OLIVEIRA

23/06/1923 + 15/09/2010 -------------------------

Biografia

ITINERÁRO

ANO     COMUNIDADE                                CIDADE

1947    Colégio São José                                  Bauru

1948    Santa Casa de Misericórdia                 Cafelândia

1952    Santa Casa de Misericórdia.                São João Boa Vista

1953   Santa Casa de Misericórdia                  Mococa

1974   Betânia das Apóstolas                           Marília

1979   Vila Vicentina                                       Bauru

1981   Lar S. Vicente de Paulo                        Marília

1982   Betânia das Apóstolas                      Marília

1983   Vila Vicentina                                  Bauru

1986   Betânia das Apóstolas                      Marília

1989   Casa das Apóstolas                          Águas da Prata

1990   Lar S. Vicente de Paulo                   Maríla

1998   Betânia das Apóstolas                      Maríllia

 

Entre todas as atividades que Irmã Palmira exerceu, a última foi no Lar São Vicente, em Marília. Dizia uma Irmã que Irmã Palmira tinha muitos dons, mas tinha um especial carinho pelas pessoas que sofriam as consequências da idade e o abandono dos seus familiares.

 

Irmã Palmira foi e realizou sua vida, como Apóstola Missionária aqui, neste lado do Brasil, pois era pernambucana, como seu sotaque dizia e com o entusiasmo próprio de uma pernambucana apaixonada por Cristo.

 

A maioria das Irmãs e das pessoas da cidade de Marília tem na memória o cuidado que ela tinha com os idosos e funcionários. Não descuidava da assistência religiosa como também da saúde deles.

 

Quem não recorda terem visto a Irmã Palmira dirigindo o veículo, transportando os idosos para o tratamento de saúde! E com a sua facilidade de comunicação e simpatia, conhecia muitas pessoas, inclusive da alta classe social de quem conseguia muitos benefícios materiais para suprir as necessidades dos pobres do Lar.

Uma certa ocasião, ofereceu um aposento a uma dessas senhoras, grande benfeitora, para passar os últimos tempos de sua existência no Lar. Ficou muito agradecida e graças a sua doação financeira, conseguiu significativa ampliação, possibilitando maior conforto aos asilados.

 

Outras pessoas amigas visitaram-na várias vezes, não somente no hospital, mas também estiveram no velório para darem o último adeus.

Todas nós Apóstolas acompanhamos os últimos sofrimentos de Irmã Palmira que pela segunda vez foi hospitalizada e desta vez, não mais respondendo à terapêutica, veio a falecer no dia 15 de setembro em consequência de problemas cardíacos, respiratórios e gastrointestinais.

 

Irmã Ofélia de Carvalho narra que ficou impressionada com a homenagem que as Postulantes fizeram, ofertando solenemente, lindos botões de rosas ao som da Ave Maria. Repercutiu também, fortemente, a presença tranquila de Irmã Eurides Alves, sua sobrinha e de seus irmãos e familiares.

 

As virtudes destacadas pelas suas coirmãs: paciência, delicadeza, piedosa, dedicada, acolhedora para com todos, comunicativa, caridosa, paciente no sofrimento, amante da música, tanto é verdade que disse uma Irmã: ela conservou até os últimos tempos a sua sanfona.

 

Certamente esperava um dia voltar a tocar e alegrar os corações das pessoas. Agora no céu a sinfonia provavelmente, será composta de muitas Apóstolas musicistas que cada uma com seus instrumentos e vozes, não cessarão de louvar o Senhor.

 

Após Irmã Palmira estar uma semana hospitalizada pela segunda vez, não mais respondendo à terapia veio a falecer no dia 15   às 20 horas em consequência de problemas cardíacos, respiratórios e gastrointestinais; a situação se agravou rapidamente apressando o seu retorno à Casa do Pai a quem dedicou sua vida.

 

A Comunidade da Betânia se pronunciou sobre a Irmã Palmira embora algumas a conheceram só aqui. Para todas a Irmã mostrou-se sempre paciente, delicada, muito piedosa. Uma das Irmãs referiu ter ótima impressão de Irmã Palmira por ser fervorosa e paciente na situação de sofrimento além de permanecer constantemente na cadeira de rodas.

 

Irmã Palmira foi missionária na Santa Casa de Mococa como referiu Irmã Elídia Pegoraro que a conheceu lá e acrescentou ser uma Irmã muito dedicada, delicada com todos, acolhia bem as pessoas, era comunicativa o que facilitou fazer amizade com todos. Era sempre disposta e alegre no trabalho.  Ela trabalhava à noite e atendia inclusive parturientes.

 

No Lar S. Vicente, em Marília, Irmã Gertrudes Pereira morou com Irmã Palmira por longos anos e a conheceu bem. Relatou que admirava muito sua atenção com todos; era muito simples e embora com poucas condições de conhecimento desempenhou muito bem o que lhe fora confiado. Foi uma religiosa exemplar. Celebrava com ardor as festas litúrgicas com a participação de todos os idosos e funcionários do Lar. Não se descuidava da assistência religiosa, como também da saúde dos idosos. Quando necessitavam de assistência hospitalar ela mesma providenciava o transporte à Santa Casa dirigindo o veículo. Com sua facilidade de comunicação conseguia todo o necessário às pessoas. Refere Irmã Gertrudes que Irmã Palmira conhecia muitas pessoas da sociedade de quem conseguia muita coisa para suprir as necessidades dos pobres do Lar S. Vicente. Contou também que ofereceu um aposento a senhora Sofia, grande benfeitora para passar os últimos tempos de sua vida. Sua doação possibilitou uma significativa ampliação do Lar possibilitando mais conforto a todos.

 

No Lar, Irmã Palmira mostrou-se sempre caridosa com todos inclusive ao fazer advertência ao funcionário o fazia em particular respeitando sua individualidade.

 

As pessoas que a conheceram a Irmã Palmira, ouvindo a notícia de seu falecimento acorreram ao velório para manifestarem sua despedida. O corpo de Irmã Palmira chegou a Betânia depois das 23 horas e era esperado pelo presidente do Lar S. Vicente o senhor Manoel Gomes Nogueira que ficou no portão aguardando a sua chegada para o velório, permanecendo até as 2 horas da manhã, participando de nossas orações. Um dos amigos mais próximos, o senhor Francisco Carlos Moderese que recebeu muita ajuda de Irmã Palmira, tomando conhecimento da gravidade de sua doença foi visitá-la várias vezes, permaneceu por longo tempo no velório, mostrando reconhecimento pela sua benfeitora.

 

Irmã Ofélia de Carvalho, quando aspirante em Bauru no Colégio S. José, em 1948 e 1949 conheceu a Irmã Palmira e deu o seu depoimento dizendo que era uma Irmã muito serviçal, alegre, esforçada e gostava muito de música, tanto é verdade que conservou até os últimos tempos sua sanfona. Estudava sozinha, violão, gaita e teclado que recebeu de presente.  Acolheu o sofrimento com resignação embora lhe fosse difícil a situação de dor, dizia que era para sua purificação e reparação das ofensas que Jesus recebe.  Irmã Ofélia se impressionou com a homenagem que fizeram as postulantes ofertando lindos botões de rosas ao som da Ave Maria. Repercutiu fortemente a presença tranquila de Irmã Eurides Alves, sua sobrinha e de seus irmãos e familiares. Foi uma presença serena, amorosa e de muito conforto a todos.

 

Depoimento

 

Irmã Josélia JordãoIrmã Palmira era muito boa com todos que se relacionavam com ela. Sempre foi ativa e gostava muito dos pobres, ajudava a todos. Os servidores do asilo onde atuou admiravam muito a Irmã Palmira. Na Betânia demonstrava-se alegre e feliz, apesar dos sofrimentos que a sacrificavam.