IR. SIRA LAVA

IR. SIRA LAVA

10/11/1894 + 28/07/1985 -------------------------

Biografia

Irmã Sira, primeira de nove irmãos, a quem dedicava ternura e afeto, nunca retornou à Itália, aceitando e oferecendo todos os sacrifícios pelo bem espiritual deles, em primeiro lugar e depois pelo Instituto e pela Igreja.

Ir. Sira, chegando da Itália, ficou alguns dias no Hospital Matarazzo, em São Paulo, indo depois para a Santa Casa de Jaú, onde trabalhou durante oito anos, seguindo depois para Campinas, desempenhando suas atividades de enfermeira, durante vinte e quatro anos, nas salas de cirurgia.

Em 1960, foi transferida para a Santa Casa de Araraquara e aí caiu, fraturou a perna e corria risco de permanecer em cadeira de rodas.

Foi, então, para a Santa Casa de Marília, onde passou por diversas cirurgias. Mediante transplante de osso, bem-sucedido, teve condições de andar com o uso de muletas. Passou, então, a exercer apostolado junto aos doentes, com muito zelo e amor, durante quinze anos. Em 1975, passou a integrar a comunidade da Betânia. Sempre alegre, acolhedora, interessava-se muito pelas vocações, procurando não só oferecer-lhe orações e sacrifícios, mas descobrir e cultivar a semente da vocação religiosa no coração de jovens que frequentavam a capela da Betânia.

Acometida de forte gripe, debilitada pelos sofrimentos e pela idade, não resistiu, vindo a falecer, com grande serenidade, aos 91 anos de idade e 60 de vida religiosa.

Seu corpo foi sepultado na Capela São José.

 

Depoimentos

 

Ir. Virgília Silva Matheus - “Ir. Sira tinha grande espírito de oração. Mesmo doente, fazia apostolado com os doentes, ensinava o catecismo e preparava para confissão. Muito caridosa e sempre alegre. Não podia andar, mas fazia sua missão na capela. Aconselhava as Irmãs jovens, incentivando sua vocação”.

Ir. Inácia Tesser - Ir. Sira não teve sempre o aconchego da mãe que morreu quando ainda era criança. A madrasta não cuidava da pequena como a mãe, contrariamente a maltratava muito. Foi para o convento de tanto  pedir  a Deus  a graça  da vocação para ser religiosa. Rezava muito. Quando Irmã esteve na Santa Casa de Ribeirão Preto, trabalhando na portaria recepcionado as pessoas. Não perdia a oportunidade para fazer apostolado com as pessoas que ali chegavam. Ela gostava de ordem; a pontualidade para ela tinha tanta importância que era raro não estar presente com a comunidade nos momentos comunitários. Aconselhava-me como eu devia ser na vida religiosa.

Ir. Olívia Santarosa - Irmã Sira foi verdadeira missionária. Transmitia paz e alegria. Rezava muito e gostava de conversar e aconselhar a todos que podia.

Ir. Fúlvia Perin - Ela era dotada de paciência com os enfermos e coirmãs. De significativa observância regular.

Ir. Alaíde Moreira Foz - Ir. Sira morou muito tempo na Santa Casa de Marília. Seu apostolado consistia em vender santinhos e objetos religiosos e aproveitava também para evangelizar. Mito boa e simples. Tinha problema na perna  e usava muleta. Costumava levantar-se às 4h da manhã para dar conta de rezar tudo que queria, inclusive a “novena de fogo” assim denominada por ela.

Ir. Nadir Damião - Morei com ela em Marilia; andava de muletas; sua vida era muito sacrificada pelas dores que sofria. Tinha espírito de fé e de sacrifício; rezava sempre e na Capela onde se colocava, toda pessoa que passava por lá, tinha que ouvir os seus conselhos. Às vezes, eu entrava na Capela, naquele silêncio e ouvia o psiu, da Irmã Sira querendo saber como estava e para perguntar de algum doente que ela havia visitado no quarto. Estava sempre com o terço nas mãos.