Depoimentos

Ir. Maria Elvira Milani - Toda a longa vida de quase 100 anos de Ir. Aquilina passou-a no serviço de Deus doando-se aos irmãos. O início de sua missão não foi fácil, mas não mediu esforços para superar as dificuldades e prosseguir, firme, no ideal de servir e louvar o Senhor. Os anos de sua formação passou-os na Itália (1910-12). Ao chegar no Brasil, sua primeira missão foi em Cresciuma,SC, onde ficou até 1915. De 1915 a 27 esteve em Curitiba,PR onde, além de se aprimorar na língua portuguesa e em outras disciplinas, foi professora primária. De 1927 a 39, em Bauru,SP como professora primária, admissão ao Ginásio e superiora local (1931a39). De 1939 a 52, em S.Paulo,SP. Professora de Francês, Diretora do Ginásio, Superiora da Comunidade (1939 a 48 ) e Secretária Provincial (1948 a 52). A partir de 1953 dedicou-se à Biblioteca, pois fora acometida de glaucoma que lhe tolheu parte da visão e ultimamente esteve em tratamento de saúde na Comunidade da Casa Provincial.

Todas as Irmãs que a conheceram são unânimes em testemunhar seus dotes e suas virtudes. Foi sempre muito delicada no trato, pessoa de uma fineza extraordinária. Esmerava-se em fazer tudo com a máxima perfeição, tendo em vista unicamente a glória de Deus e o bem dos que a servia. Para tudo tinha uma palavra ou um gesto de agradecimento e, no final, ainda manifestava seu reconhecimento, beijando a mão de quem lhe prestava algum serviço. Grandíssimo era o seu amor ao Instituto. Para com as Superioras tinha um respeito filial. Amava sua vocação e jamais duvidou desta graça que o Senhor lhe concedeu. Necessitada de ajuda encontrou na Ir. Charitas Cavalli e na Ir. Josefina Franzini, seus anjos da guarda que lhe prestaram todos os cuidados até o último instante. Interessava-se de tudo o que acontecia na Comunidade e era zelosa pelo seu progresso espiritual. Era uma pessoa de muita oração, Suas intenções eram para a Igreja, pelo santo Padre, o Papa, pelo Instituto, pelas Superioras e Irmãs, especialmente de sua Comunidade, pelos doentes e por todos os que precisassem de orações. O terço desfilava continuamente entre seus dedos. Amava a vida, pedia sempre mais um pouco de vida até que o Senhor a chamou para gozar, da bem-aventurança eterna junto com suas coirmãs e familiares. Já recebeu a merecida recompensa de sua longa vida.

Nós a acompanhamos com orações e confiamos na sua intercessão junto ao Coração de Jesus, Nossa Senhora e Madre Clélia, para que nunca faltem ao Instituto verdadeiras vocações (Pronunciamento de 13/5/1988).

Ir. Brígida Campos Cunha - “Após a grande atuação de Ir. Aquilina, como membro do Conselho Provincial, Superiora e professora em vários Colégios, convivi com ela na Sede Provincial e Colégio Sagrado Coração de Jesus, em São Paulo, quando, adiantada em anos, exercia ainda seu trabalho na Biblioteca Escolar. Mais tarde, já mais idosa, dedicava-se aos trabalhos de crochê e tricô. Sempre se preocupou por conservar um porte muito correto, em participar ativamente de todos os atos  da comunidade. Muito querida e respeitada no Instituto, pela sua fidelidade e amor, foi assim que pude conhecê-la e ter grande admiração por ela”.

Comunidade de Nova Esperança - Ir. Aquilina era chamada pelas Irmãs de “O manso cordeirinho”, tal era sua mansidão e humildade. piedosa, zelava muito pelas vocações. Foi superiora (Pronunciamento de 1988).

Ir. Zélia Cavassin - Conheci Ir. Aquilina em Bauru,SP. No meu pouco convívio com ela, pude observar grande espírito de caridade, humildade e oração. Era incapaz de ofender alguém com seu modo de agir. Era resignada à vontade de Deus, mesmo nas provações.