Seguindo o exemplo de suas três irmãs e de duas tias, que já faziam parte da família das Apóstolas, Luigia Maria, respondeu com generosidade ao chamado do Senhor, ingressando no Instituto, aos 23 anos de idade, recebendo o nome de Ir. Valentina. Tinha também um tio e um sobrinho, sacerdotes. No Ano Santo da Redenção, consagrou sua vida ao Sagrado Coração de Jesus, através da profissão religiosa.

De 1933 a 1935, estudou na Universidade de Bari, preparando-se para atuar na área hospitalar. De 1935 a 1937 dedicou-se exclusivamente aos cuidados dos doentes, no Sanatório Lecce e, depois, partiu para o Egeu, na Grácia. Trabalhou, também, em Isole Italiane del Dodecanneso, junto aos feridos de guerra,  quer se tratasse de irmãos da Pátria, quer de inimigos, durante o tremendo conflito mundial.

Veio para o Brasil, em 1947, com mais quatro companheiras e, até 1951, trabalhou no Hospital Matarazzo em São Paulo,SP, seguindo depois para Campinas,SP e Ribeirão Preto,SP. Deu ainda sua valiosa colaboração na Vila Vicentina, em Bauru.

Irmã Valentina foi sempre generosa e o seu silêncio falava alto. Em 1985, ajudou, com oração e sacrifício diários, as Irmãs da Betânia, e ali passou o restante de sua vida missionária, como Apóstola Adoradora. Por dois anos e meio permaneceu acamada, mas em nenhum momento de sua vida, apesar de sua dependência total,  ouviu-se uma queixa, mostrando-se sempre serena e em paz.

Faleceu aos 87 anos de idade, como Apóstola do Amor, deixando, no coração de cada Irmã, a saudade e a lembrança de uma vida semeada de simplicidade, humildade, obediência, com adesão total ao Instituto e às Superioras.

Em seus escritos encontramos esta frase: “Em 1947, vim para o Brasil e sempre trabalhei no Hospital, como enfermeira noturna. Senti-me sempre feliz, fazendo a santa obediência. Preparei muitos doentes, para que tivessem uma boa morte”.