De família muito católica, herdou de seus pais a bondade e a humildade, dotes estes que lhe obtiveram do Senhor a graça da vocação religiosa. Logo após a 1ª Profissão, foi enviada para o Brasil, onde, como enfermeira, passou sua vida à cabeceira dos doentes, dispensando-lhes uma grande caridade, pois, não só se interessava pela cura do corpo, mas, principalmente, a da alma. Para os indigentes era o anjo confortador.  Com muita delicadeza preparava a mesa sobre a qual o sacerdote apoiava Jesus Sacramentado, para dá-lo aos enfermos, adornando-o com toalhas de linho branco, por ela preparadas e com perfumadas florzinhas que, no silêncio da noite, às ocultas, observada somente pelas estrelas e pela lua, colhia no jardim.

Sua vida foi plena de méritos para o céu, sempre escondida aos olhares humanos, porque foi enfermeira noturna durante 25 anos; seu Anjo da Guarda contou seus passos e os atos de caridade praticados no silêncio da noite. Era devotíssima do Coração de Jesus e da Santíssima Virgem Maria, e não deixava de transmitir essas devoções aos seus assistidos.

Construída a Betânia, em Cafelândia,SP, já pela sua idade e também pela surdez, não podendo mais trabalhar, foi enviada  para lá.  Estava muito contente com a nova residência, parecia-lhe estar já no Paraíso. Toda vez que encontrava a Superiora dizia: - estou contente de estar aqui, não me mande embora... Todavia, como sua vida havia sido um contínuo sacrifício, também, neste último período, teve de sacrificar seu desejo. Acometida de uma terrível enfermidade, foi levada para São Paulo-SP e lá morreu serenamente, confortada com os santos sacramentos, na humilde casa da Freguesia do Ó.  E, como diz o Provérbio: “a morte é o eco da vida”, assim, mesmo em meio a dores fortíssimas, nunca se ouvia uma queixa. Quando alguém perguntava: ”sente muitas dores?”, juntava as mãos e elevava os olhos ao céu. Esta era a sua resposta. Edificação extraordinária! Contava 79 anos de idade e 40 de vida religiosa.