IR. EFREM BOTTINI

IR. EFREM BOTTINI

19/10/1881 + -------------------------

Biografia

Ir. Efrém Bottini, foi um dos membros da primeira Comunidade que ingressou na Santa Casa de Araraquara, em 1º de agosto de 1915. Com as demais Irmãs, sofreu, no início, privações e muitas dificuldades. Porém, a serenidade e o cumprimento do dever eram as suas características. Em maio de 1918, substituiu a Superiora, Ir. Tarsilla Ardito. Ela continuou firme e fiel às pegadas de sua antecessora, podendo amenizar o sofrimento causado pela saída de Ir. Tarsilla. De fato, a separação causa a chaga da saudade, saudade que torna presente o ausente. Certamente não foi muito fácil a Ir. Efrém superar o clima deixado. Por conseguinte, decorrido o ano, surpreendentemente Ir. Tarsilla retornou, retomando o comando da Comunidade.

 

Ir. Efrém continuou no exercício de suas atividades, quando em 1921 foi enviada para Botucatu no dia 4 de janeiro de 1920, com outras três Irmãs, sendo superiora, Ir. Severina Rigoldi, que foi substituída por Ir. Efrém. Passou por muitos sofrimentos causados pelos dirigentes, inimigos de Deus. No entanto não esmoreceu e prosseguiu em conversa com os responsáveis até ganhar sua confiança na tentativa de tornar o ambiente mais agradável, em melhores condições de vida e condizente com a presença dos doentes e das religiosas.

 

Sua bondade e paciência favoreceram o andamento das atividades comunitárias e a atuação da Comunidade na assistência aos doentes. Não foi fácil para Ir. Efrém superar tantos tropeços até 1924, quando foi enviada à Santa Casa de Pirajuí, como Superiora da Comunidade. Aí, no início, quantos sacrifícios a esperava! O ambiente não facilitava o trabalho; as necessidades eram muitas e a Superiora recorria aos meios acessíveis no momento, para oferecer aos doentes a melhor assistência possível.

 

Quanta garra e determinação exigiu de Ir. Efrém para prosseguir no trabalho! Após um ano de constantes lutas, foi substituída no cargo de Superiora. A ela coube o merecimento de um significativo progresso na Santa Casa. Disposta ao sacrifício e à imolação do cotidiano, ela assumiu, depois de Pirajuí, o superiorato no Asilo de Idosos, em Mococa. Já possuía uma boa dose de experiência, não só no comando da Comunidade, como também no enfrentamento de ambientes que requeriam muito tino administrativo, um bom teor de ânimo e habilidade de decisão, para resolver a problemática encontrada no Asilo durante os anos de 1928 e 29. Ir. Efrém deixou a sua substituta um ambiente mais confortável. Animada de grande espírito de sacrifício, sempre dócil, respeitosa e amante da pobreza; com sua caridade e prudência era um apoio para a Superiora, que nela depositava muita confiança.

 

Em sua vida exerceu a função de enfermeira e de farmacêutica. Sua dedicação, caridade e carinho eram extraordinários. Amava o Coração de Jesus, difundindo seu amor à humanidade e, como filha de Madre Clélia, não deixava de falar de suas virtudes e sofrimentos.

 

Sua morte foi inesperada. Permaneceu acamada apenas dois dias. Com pressão muito baixa, o coração não resistiu. Confortada com os santos sacramentos, em plena lucidez, pronunciou as últimas palavras: “Vou morrer, vou com meu amor! ” Fechou os olhos, placidamente, no dia 19 de janeiro de 1956, no Hospital de Casa Branca/SP. Tinha 74 anos de idade e 43 de vida religiosa.

Fala uma Religiosa: “Conheci Ir. Efrém, mais ou menos no ano de 1953, antes de eu entrar no convento. Trabalhava como enfermeira na Santa Casa de Casa Branca. Era de uma dedicação extraordinária, sempre atendendo aos doentes com muito carinho e caridade. Falava-nos sempre do Coração de Jesus e da Madre Fundadora”.