Foi Superiora em várias casas do Brasil, sempre boa, compreensiva e caridosa. Todos que a conheceram diziam a uma voz: ‘é uma santa!’. Este é o mais belo testemunho das suas virtudes, segundo o sábio ditado popular: “voz do povo, voz de Deus”. Nos seus últimos anos, sofrendo dolorosa enfermidade, com edificante resignação,  encontravam-na sempre rezando. Valorizava todos os seus sofrimentos com santas intenções.

Ir. Alessia Tarroni, enviada para a Santa Casa de Casa Branca, assumiu o superiorato em 28 de julho de 1915. O seu trabalho aí desempenhado satisfez aos administradores até 15 de abril de 1917. Ir. Alessia retornou pela segunda vez a essa Santa Casa em 26 de agosto de 1926. Porém, viveu árduos dissabores pelas constantes preocupações influenciadas negativamente de algumas pessoas do corpo clínico que se imiscuíram no trabalho missionário das Irmãs. Ir. Alessia teve a coragem de continuar aí, tentando sempre ultrapassar as dificuldades de âmbito administrativo até 1932. Nesse mesmo ano foi transferida para São João da Boa Vista, assumindo também aí o cargo de Superiora.

Ir .Alessia Tarroni adquiriu um experiência sólida no cargo de Superiora; esteve à frente de onze comunidades religiosas:

Iniciou na santa Casa de Casa Branca e aí esteve de  1915 a 1917; em São José do Rio Pardo, de 1917 a 19; e de 1920 a 1922; em São Simão, de 1923 a 1926;em Casa Branca, 1926 a 32; em são João da Boa Vista, de 1932 a 36; em Marília, Asilo, de 1936 a 37;em Pirajuí, de 1938 a 39; em Birigui, de 1940 a 41; em Marília, de 1941 a 49; em Mococa, asilo, de 1949 a 54.

Para ela a missão não foi um mar de rosas. As inúmeras, constantes e complexas situações desenvolveram na Irmã boa capacidade de discernimento e decisão. No final de sua jornada administrativa e religiosa teve oportunidade de exercitar-se nas virtudes fortalecendo a sua busca do Senhor. Foi uma Irmã bastante ativa, colocando, porém, a oração em primeiro plano. A oração foi, sem dúvida, o baluarte que a sustentou no caminho que o Senhor lhe reservara nos variados locais onde foi missionária. Onde encontrou Ir. Alessia Tarrone, a força para acolher resignadamente a sua enfermidade, não fosse a busca constante do querer de Deus? Fortificou-se em Deus com os sofrimentos totalmente valorizados por ela, sobrenaturalizando-os. Certamente se lembrou muitas vezes das recomendações de Madre Clélia, que a dor e o amor caminham juntos e sem dor não há amor e, a qualidade desta é testada no cadinho da dor, da provação.

Bem-aventurada Ir. Alessia que conquistou a glória. Morreu sem agonia, bem preparada para o encontro com o Esposo, deixando exemplos de verdadeira religiosa, segundo o Coração de Deus. Tinha 90 anos de idade e 63 de vida religiosa.