Foi uma das cinco primeiras vocações brasileiras. Transcorreram os seus primeiros anos de apostolado em: Pilarzinho, Água Verde, Umbará e no Colégio Sagrado Coração de Jesus em Curitiba/PR. De saúde muito delicada foi transferida para São Paulo na Freguesia do O’, onde permaneceu vinte anos e depois em Campos do Jordão por dez anos. Voltou para Curitiba, onde faleceu. Apesar de sua pouca saúde, fazia da música a sua vida, tendo sempre lecionado com dedicação, sendo muito estimada pelos alunos. De caráter extremamente sensível, atribuído provavelmente à sua fraca saúde desde a juventude. O amor aos atos comuns e a oração foram suas virtudes características.

Nos últimos dias foi admirável a sua preparação para a vinda do Esposo Jesus. Foi bem assistida pelas coirmãs nos seus últimos instantes.

Depoimentos

Ir. Zélia Cavassin - Ir. Margarida tinha um grande amor pelo Instituto e ao Sagrado Coração de Jesus. Era resignada no sofrimento que a acompanhou por longos anos. Era bondosa, caridosa e de espírito de sacrifício. Nutria grande amor a Jesus Eucarístico.

Ir. Lucilia E. Roseto – Conheci Ir. Margarida em Campos do Jordão: era uma artista na música; dava aulas de piano para receber alguma renda e aumentar a receita da Comunidade, muito pobre. Com as notas musicais, ensinava cantos religiosos e dava instrução catequética. Alegre, discreta, parecia que a inocência batismal nela estava presente; humilde, disponível e caridosa com os pobres e doentes, que batiam à sua porta. Ria muito das anedotas que ouvia e contava. Muito devota de Nossa Senhora e do terço. Às sextas-feiras, honrava o Sagrado Coração de Jesus com sacrifícios e orações especiais. Amava o Instituto e por ele trabalhava, apesar de sua idade e físico doente. Faleceu aos 79 anos de idade e 60 de vida religiosa.

A depoente é sobrinha de Ir. Margarida - Quando foi confirmada a abertura do Noviciado em 1907, Ir. Margarida pertencia o grupo das que aspiravam ser Irmãs e na ocasião, recebeu o hábito religioso das Apóstolas e com outras quatro companheiras. Somente no ano seguinte, em junho, dia 11, iniciou o noviciado canônico e emitiu os primeiros votos em dezembro de 1909. Ir. Margarida gostava de ter tudo muito bem limpo; primava pelo asseio pessoal e ambiental. Era exigente e de uma exímia habilidade ao piano; lecionava música e tocava violino muito bem. Tinha gosto de cuidar de passarinhos o que fazia com carinho. Contraiu a doença de tuberculose e passou a residir na Freguesia do Ó sob os cuidados dedicados de Ir. Gonzaga que a alimentava com leite de cabra. Por estar doente não se sentia bem de ficar com as outras Irmãs ela ficou estigmatizada por isso.