Em seu atestado de boa conduta, para ingressar na vida religiosa, dado por Frei Liberato, Capuchinho da Igreja Imaculada Conceição, de São Paulo, consta: “Sempre piedosa, modesta, humilde e recolhida. Alimento a mais firme confiança de que ela possa corresponder à graça da vocação com que o bom Deus quis premiá-la. Tenho por certo que a Congregação fará com ela uma boa e, talvez, ótima aquisição 21.03.28. ”

Irmã Conceição viveu sua consagração, como Apóstola do Sagrado Coração de Jesus, prestando serviços como costureira, colaborando com as Irmãs responsáveis pelo Internato. Por dezesseis anos trabalhou em Cafelândia/SP, atendendo no Internato e Juvenato; neste último, além de costureira, foi mestra de formação.

Sua missão continuou em Araçatuba/SP, Bauru/SP e, por mais de quinze anos, em Marília. A seguir, passou dois anos em Campos do Jordão/SP, ocupando-se em diversos serviços.

A partir de 1978, passou a integrar a Comunidade da Betânia, pois, com saúde debilitada, necessitava de tratamento. Mesmo assim, colaborava nos trabalhos da casa, dando atendimento na portaria. Após a comemoração de seu Jubileu de Ouro de Profissão Religiosa, sofreu uma queda, na qual houve fratura em uma das pernas, devendo passar por diversas cirurgias. Sua atitude foi de resignação, fé e confiança em Deus, ante o sofrimento físico.

Em julho de 1985, sofreu um derrame cerebral, que a prendeu ao leito, sem reflexos vitais, a não ser a respiração e algum movimento na face, falecendo após dois meses. Contava 84 anos de idade e 53 de vida religiosa.

Seus funerais, precedidos da Santa Missa de corpo presente, contaram com a presença dos familiares, sempre solícitos e carinhosos para com ela, das Irmãs que a assistiram com toda a dedicação e amor e de outras Irmãs das casas vizinhas. Foi sepultada na Capela São José, ao lado de tantas companheiras que, também, batalharam pela causa do Sagrado Coração de Jesus.

Depoimentos

Depoente não identificada – Irmã Conceição foi Mestra das aspirantes ou juvenistas em Cafelândia por diversos anos. Por motivo de saúde foi retirada desta função. Muitas passaram por ela no período inicial de formação. Era risonha, alegre, gostava de contar fatos engraçados. Contava partes de sua vida, passeando na praça em frente ao colégio, andando pelas ruelas de areia e pelo mato. Foi uma pessoa piedosa, amava os pobres e ajudava, quando podia, a quem precisava. Foi um exemplo de Apóstola desprendida, afetuosa, dando atenção a qualquer um que a procurava. Suas palavras eram sempre de caridade. Sentia orgulho de dizer que sua cidade era São Paulo.

FALECEU TRANQUILAMENTE COMO TODA RELIGIOSA QUE PASSOU A VIDA SERVINDO AO Senhor. Ela viveu para o Sagrado Coração de Jesus.

Ir. Lucília Elisa Roseto - Irmã Conceição Pettinati era natural de São Paulo. Sentia orgulho em dizer que sua cidade natal era a capital paulista. Ajudou muito nos internatos diversos por onde andou. Foi mestra das juvenistas durante anos. Era risonha, alegre, contava muitos fatos engraçados e quando junto das meninas, gostava de passear na praça em frente ao Colégio, andando pelas ruelas sem calçamento naquele espaço. Foi uma religiosa piedosa, amava os pobres, ajudava aqueles que a procuravam pedindo algo para se cobrir e comer.

Posso dizer que foi uma Apóstola amada e faleceu serenamente como religiosa que viveu só para Deus.

Ir. Alaíde Moreira Foz - Ela gostava de deixar tudo em ordem e ajudava a todas. Levava a sério as coisas; gostava de dar conselhos.

Ir. Olívia Santarosa - Criatura simples, simpática, acolhedora, compreensiva e muito alegre.

Ir. Antonia Cavassin - Ir. Conceição era de constituição frágil, doente, muito boa na Comunidade, humilde; foi mestra no juvenato colaborando na formação das vocacionadas à vida religiosa.