Ir. Odila, numa entrevista feita por ocasião do levantamento de dados no ano 2000, para a edição do livro História-Vida, declarou que pertencia a uma família numerosa, de 13 irmãos. Antes de ingressar na vida religiosa, trabalhou na Santa Casa de Araraquara; lá teve contato com as Apóstolas, que a auxiliaram no discernimento de sua vocação.

Como era pequena de estatura e muito franzina, aconselharam-na a trabalhar na farmácia. E assim foi: estudou, prestou exame com excelente classificação, preparando-se para aperfeiçoamento no trabalho que, providencialmente, iria assumir ao longo de sua missão, na vida religiosa.

Depois de alguns anos de trabalho, ingressou no Instituto e, terminado o ano de Noviciado canônico, prestou serviços na Farmácia das seguintes Santas Casas: Lins-SP, Poços de Caldas-MG, Ribeirão Preto-SP, Birigui-SP durante 18 anos, Casa de Saúde Campinas-SP, Lar São Vicente, em Marília-SP e Vila Vicentina, em Bauru-SP. Lembrava com saudades das Irmãs mais antigas, que muito a ajudaram, dizendo que jamais as esqueceria, pois foram muito boas.

Sobre seu trabalho, dizia ter consciência de tê-lo feito bem e, ainda, que nunca alguém saiu da Farmácia sem receber os remédios, principalmente os pobres.  Diz Ir Rosa Cristina: “Irmã Odila era tranqüila e demonstrava alegria em tudo o que realizava; muito delicada, falava o que pensava, de maneira caridosa”.

Em 1991, foi para Águas da Prata, para tratamento de saúde e, em 2001, por necessitar de melhores cuidados, foi transferida para a Betânia.

Ir. Odila já quase não conseguia falar, mas pedia a Deus que a ajudasse a chegar ao fim. Teve ainda um longo calvário, porém, no momento certo, o Senhor a chamou para participar das núpcias eternas e receber o prêmio merecido, aos 89 anos de idade e 55 de vida religiosa.

Depoimentos

Ir. Antonieta da Silva- Ir. Odila era uma pessoa tranqüila, delicada, boa. Trabalhou quase sempre em farmácia hospitalar. Muito habilidosa no crochê.

Ir. Fulvia Perin– A simplicidade caracterizava Ir. Odila. Irmã silenciosa, não aborrecia ninguém e estava sempre ocupada com seu crochê.

Ir. Alzira Carolino de Sá- Quando eu morava na Comunidade da Santa Casa de ribeirão Preto, Ir. Odila atuava na farmácia e tinha bastante segurança para distribuir os remédios. Habilidosa no crochê.

Ir. Leonilde Veronezi- Ir. Odila era de estatura baixa, clara e ágil. Sofreu muito com tentações que a desviavam da certeza da vocação. Como doente, na Betânia em Marília, comportou-se como um cordeirinho.

Ir. Verônica Luiza Ceschin- Morando na Betânia pudemos observar que Ir. Odila era uma Apóstola silenciosa, de bom relacionamento, alegre e para ela tudo estava bom.

Comunuidade de Águas da Prata- Ir. Odila era silenciosa. Delicada e caridosa. Trabalhou por prolongado tempo na farmácia, em manipulação de remédios, em várias Santas Casas. Ela entrou por duas vezes na Vida religiosa.

Ir. Lourdes Baptista Ferreira- Conheci Ir. Odila em Águas da Prata. De índole enérgica, gostava de fazer tudo muito bem feito. Rezava muito. Seu trabalho manual preferido era o crochê; fez várias estolas e rendas de crochê para a Capela.