IR. BENIGNA CAVASSIN
14/09/1905 + 25/09/1995Biografia
Ir. Benigna exerceu apostolado nos Colégios do Estado de São Paulo: Cafelândia, Marília, Araçatuba; no Paraná: Sagrado Coração de Jesus, em Curitiba, Imaculada Conceição, em Curitiba, Santa Felicidade, no Asilo de Santo Antônio da Platina e na Casa de Descanso “São José”.
Demonstrou muito amor, empenho e responsabilidade nos trabalhos; como professora de canto e música foi muito dedicada. Juntamente com Ir. Gema Vale, fundou o coral de Santa Felicidade. No Asilo , era admirável sua generosidade e caridade, dando atenções especiais a cada um. Gostava de plantar hortaliças, cultivar o jardim, enfim, amava a natureza. Em tudo demonstrava sua alma delicada.
Destacamos em sua caminhada de Apóstola, a vida de oração e silêncio. A capela era seu lugar preferido; o sacrário, lugar de encontro com Jesus. Alma contemplativa. Deixou-se amar por Deus, fez espaço em seu coração para acolher o amor. À pergunta: onde está Ir. Benigna? A resposta era: na capela. Na Casa São José, onde morou de 1983 até sua morte, dedicou-se aos serviços domésticos, trabalhos manuais e oração e aí deu e deixou seu testemunho de ‘pessoa de oração’. Nutria grande devoção a Nossa Senhora, rezando muitos terços durante o dia; a Salve Rainha era sua oração predileta; a Via Sacra, um caminho que percorria todos os dias; grande devoção a São José. A participação da Santa Missa e dos atos comunitários era feita com muita prontidão de espírito; os falecidos estavam sempre presentes em suas orações; rezava muito pelas almas do purgatório; seus braços sempre abertos e erguidos, fazendo súplicas ao Senhor.
Seu caráter forte custou-lhe renúncias, a imolação de sua vontade, a generosa oferta de seu coração, levando-a a moldar-se pelo Grande Coração de Jesus, que a tornou sensível, humilde e aberta aos planos do Pai. Sabia dar bons conselhos; era atenciosa e preocupada em atender a quem a procurasse; sempre disponível especialmente com as Irmãs.
Apóstola silenciosa, pobre, desapegada, serviçal, atenta às necessidades, caridosa, não exigente, respeitosa com as Superioras; nutria grande amor ao Coração de Jesus, à Madre Clélia e ao Instituo. Sua vida foi um consumir-se devagar, como uma vela que se apaga sem fazer ruído.
Foi colhida do jardim da terra, com suavidade e ternura, após um derrame cerebral que durou apenas oito dias. Um profundo suspiro... e sua alma já contemplava a face de Deus, seu coração pulsava na Pátria Celeste, glorificando o Coração de Jesus, junto à grande família das Apóstolas, com a Mãe, Madre Clélia, com suas duas duplamente irmãs: Irmã Antônia e Ir. Edwiges, aos 90 anos de idade e 72 de vida consagrada.