Irmã Laura, Apóstola fervorosa, prendada de muitos dons artísticos, norteou sua vida, com empenho e dedicação, para a  Igreja e o Instituto.

Diz Ir. Inês de Jesus, que morou com ela em Birigui-SP: Ir. Laura era dedicada e paciente. Temperamento forte, mas bem trabalhado. Sempre disponível: quando solicitada, colaborava na ornamentação da casa; confeccionava alfaias e paramentos para a capela, fazia bordados, crochês, flores; também fazia e restaurava imagens de gesso. Desempenhou sua missão em vários locais e sempre dizia: “Não sou de Colégio, mas de Hospital. Deixou sinais marcantes de sua presença, nas seguintes comunidades: Hospital Matarazzo, em São Paulo-SP, Santa Casa de Araçatuba-SP, Santa Casa e Colégio, em Marília-SP, Ação Social do Planalto, em Brasília-DF, Santa Casa de Lins-SP, Santa Casa de Itumbiara-GO,  CEI (Vila Kostka),  em Indaiatuba-SP, Colégio São José, em Bauru-SP, Águas da Prata-SP e Colégio de Birigüí-SP.

De 1982 a 1989, com licença especial, ficou cuidando da mãe doente, na casa da família, em Lins.

Tinha especial carinho pelos bispos, sacerdotes e seminaristas; e por eles era estimada. Sentia-se feliz em restaurar as imagens das paróquias e confeccionar túnicas. Não exigia nada pelos serviços, apenas o material.

No dia 23 de novembro de 2001, submeteu-se a uma cirurgia para colocação de prótese nos joelhos. Alegre pelo êxito, dizia não sentir nenhuma dor no pós-operatório. No dia 3 de dezembro, teve alta e foi levada para a Betânia, em Marília-SP, para um tempo de recuperação e fisioterapia. Sentia-se feliz por estar bem, na expectativa de um pronto restabelecimento. No sábado e domingo, recebeu visitas, inclusive de familiares: riu, brincou, como normalmente fazia. À noite do dia 9, por volta das 21 horas, quando se preparava para repousar, sentiu-se mal e, em questão de minutos estava morta, vítima de uma embolia cerebral.

Foi assim, com o coração em festa, após um dia carregado de afeto e carinho, que se encontrou na visão beatífica, na perene felicidade, junto à nossa querida Fundadora, Madre Clélia. Contava 78 anos de idade e 48 de vida religiosa

A família solicitou que fosse sepultada em Lins, para facilitar o acesso dos familiares. Obtida a licença, seu corpo foi colocado no jazigo das Apóstolas.

A Missa de corpo presente, foi celebrada pelo Sr. Bispo Diocesano  e concelebrada por cinco sacerdotes, entre eles o capelão do Colégio de Birigüí. Em sua homilia, muito profunda, Dom Irineu comparou a vida e a morte de Ir. Laura, dizendo: “assim como Irmã Laura restaurava  imagens, inclusive todas as do presépio da Catedral de Lins, que são em tamanho natural, hoje, o Pai restaura à sua imagem e semelhança, esta nossa querida Irmã. Para mim, ela confeccionou um pijama de tricô, para que não sentisse frio no inverno. Hoje, o Pai a agasalha com seu amor e misericórdia, dando-lhe o prêmio eterno”.