IR. MARIA ÂNGELA JULIANI
04/07/1929 + 15/03/2002Biografia
Irmã Maria Angela foi uma Apóstola autêntica e, para todas nós, exemplo de fidelidade, espírito de oração, aceitação do sofrimento, serenidade, delicadeza, bondade e alegria.
Desempenhou sua missão, como Apóstola educadora, e era com entusiasmo que o fazia. Cultivou muito carinho pelos seus alunos e gostava de ajudá-los eles, por sua vez, lhe devotavam estima e afeto. Sabia aliar firmeza, ternura e sabedoria.
Ir. Maria Ângela foi aos poucos perdendo os movimentos. Primeiramente a fala, depois a deglutição dos alimentos e os movimentos em geral. Para se comunicar, fazia uso da escrita e, para isso, usava o computador. Ultimamente apontava letras do alfabeto para expressar seu pensamento. Ficou consciente até o fim. Mostrou-se sempre alegre e bem humorada para com todos os que a assistiam ou a visitavam. Gostava de brincar: então, escrevia suas brincadeiras. Para cada Irmã, que celebrava aniversário, não deixava de enviar sua mensagem. Fiel à Consagração, todos os dias, passava longo tempo diante do Santíssimo Sacramento, sua força, sua vida e conforto.
Interrogada sobre o valor do sofrimento e da doença como missão na Igreja e no Instituto, escreveu: “Assim que foi constata a minha doença, procurei acolhê-la como uma oferenda, junto à Paixão de Jesus, rezando com ele: Pai, se possível, afasta de mim este cálice, contudo, seja feita a tua vontade e não a minha...e meditei no valor que ele dava à sua Paixão quando dizia: A minha hora... colocando tanta unção e valor à preciosidade de sua missão que seria o sofrimento, como ponto mais alto de sua vida e de sua morte. Muitos seguidores de Jesus pagaram com o martírio sua missão, e Madre Clélia nos diz: cabe a nós, filhas, imitarmos os Apóstolos e os primeiros cristãos, talvez não com o martírio de sangue, mas o martírio da vontade, do egoísmo e do caráter. Jesus, em sua bondade, nos conforta nos momentos de aflição. É neste quadro que me encontro. Jesus me ama e me envia o sofrimento para que eu possa revertê-lo em oração. Procuro oferecê-lo pelas grandes intenções da Missão da Igreja e do Instituto, em especial, pelo plano missionário da Província”. Após longo sofrimento, Ir. Maria Ângela faleceu, no dia 15 de março de 2002, sexta-feira, na sede Provincial, onde recebia tratamento especial e todos os cuidados exigidos pela sua enfermidade.
Que o Coração de Jesus seja a delícia eterna dessa sua Esposa, que foi a seu encontro com a lâmpada cheia do óleo da fidelidade, da fé, da oração e da alegria.