IR. AGNES DANI
20/09/1922 + 14/01/2003Biografia
Irmã Agnes, a quem todos chamavam de Ir. Inês, veio para o Brasil, como missionária, e trabalhou, como enfermeira, na Casa de Saúde Campinas-SP, até 1947, tendo sido, depois, nomeada Superiora até 1963, quando foi transferida, também como Superiora, para a Santa Casa de Marília-SP. Passou, a seguir, para a Santa Casa de São João da Boa Vista-SP, em1969. Em1977 foi para Mococa-SP, em em1980, para a Casa de Encontros Sagrado Coração de Jesus, em São Roque-SP;de 1989 a 93 na Comunidadeda Santa Casa de Mococa onde foi Superiora; no Hospital São Lucas de Tapiratiba-SP, permaneceu de
Em todos os locais por onde passou, prestou relevantes serviços humanos, sociais e religiosos, granjeando a admiração e a amizade de todos que tiveram a graça de conviver com ela. Pessoa ardorosa, falava com entusiasmo do início de sua vida missionária e dos sacrifícios que enfrentou nesta terra brasileira que, para ela, era uma terra de missão. Notável foi seu zelo pelos sacerdotes. Rezava pelo aumento das vocações na Igreja e no Instituto.
Tinha grande afinidade com uma de suas irmãs de sangue e fazia a contagem regressiva dos anos e dos dias, para retornar à sua terra natal.. Ao perdê-la, pôde-se perceber, visivelmente, seus sentimentos de tristeza. Daí por diante, foi definhando, dizendo que logo mais seria a sua vez.
Nos últimos anos de trabalho, em São João da Boa Vista e em Papagaio era notável seu amor pelos idosos. Sentia fortes dores nos rins e nas pernas, mas estava sempre presente para dar-lhes atenção e ajuda. Esmerava-se em preparar a alimentação para os velhinhos. Sofria em silêncio, mas sentindo que suas forças diminuíam, solicitou sua transferência para a Betânia, em Marília. Vítima de um tumor no pâncreas, passou por muitas crises de hiperglicemia e hipoglicemia , ficando periodicamente internada. Falava pouco, sorria sempre e, em silêncio, suportava com amor todas as consequências da doença. Às vezes, perdia a noção de tempo e local e dizia que estava em Trento, na Itália. Queria sair do portão da Betânia, ir até à esquina, porque lá morava sua mãe. Ao ser conduzia ao local dizia: tudo está mudado. Não era assim.
Quando estava um pouco melhor, costumava dizer que tudo o que se faz com amor, nesta vida, leva-se ao céu. E cada ponto do seu crochê eram milhões de atos de amor. Acumulando e multiplicando, tantas vezes quanto era o seu ardor, certamente, não há calculadora que comporte os zeros, depois da unidade. Uma lição que nos faz retomar a qualidade de nossa vida com Deus. Pouco antes de falecer, a auxiliar noturna chamou a Superiora da Casa, que veio às pressas. E começou a rezar, mesmo parecendo que Ir. Inês estivesse inconsciente e não pudesse acompanhar. Repentinamente ela abriu os olhos e com muita tranquilidade, sorrindo, deixou de respirar. Assim foi sua passagem para a outra vida.
Que do céu ela continue multiplicando seus atos de amor e de intercessão por nós, aqui na terra, até o dia em que formos ao encontro Daquele que é a razão de toda a nossa existência. Ela teve um longo Calvário de dores e sofrimentos, vindo a falecer com muita serenidade, sinal de um dever e de uma missão cumpridos com amor e sacrifício, como uma grande Apóstola do Sagrado Coração de Jesus, digna filha de Madre Clélia.. Que o Senhor, a quem entregou toda sua vida missionária, lhe dê a recompensa merecida.