Encontramos em seus escritos: “Confesso, sinceramente, que encontrei na Congregação o que meu coração sempre desejou, e nela quero dar a Deus, ao Coração Santíssimo de Jesus, o que Ele deseja de mim, embora tão imperfeita, como imperfeitas são as dádivas de uma criatura imperfeita, como eu. Não olhando para mim, mas para a grande bondade e misericórdia do Coração de Jesus, confiada na proteção de Maria Santíssima, peço a imerecida graça de emitir, perpetuamente, os santos votos religiosos. Graças a Deus, não tenho dificuldades; com Sua graça, tenho-as vencido. Considero como verdadeiros milagres os favores que Jesus me fez e continua fazendo”.

Era Professora Normalista e Técnica em Contabilidade. Trabalhou em diversas casas da Província, como Marília/SP, Adamantina/SP, Itumbiara/GO, Brasília/DF e Birigui/SP. Apóstola incansável ela se revelou na Escola Gratuita Divina Providência, em Marília. Na época, residindo Colégio Sagrado Coração de Jesus, centro da cidade, a comunidade não possuía condução. A Escola ficava num bairro, distante do Centro. Ir. Umbelina, debaixo de sol ou chuva, enfrentava a estrada, a pé, para cumprir sua missão. E com que dedicação o fazia! Às vezes, chegava em casa depois das 13h00, pingando de suor pelo calor intenso; outras vezes, molhada pela chuva, com seu hábito longo e preto, capucho e frontino engomados, amolecidos pela chuva, parecia uma mendiga: a mendiga do Coração de Jesus, tanto era seu amor por Ele e pelas crianças pobres da Vila. E tudo com muita alegria, sem queixas e sem desanimar. Podemos afirmar que dava sua vida pela Escola e pelo Instituto. Em todas as cidades, por onde passou, dedicou-se ao ensino e à catequese. Era querida e estimada pelos alunos. Em 1977, foi para Birigui, sua última missão. Sua morte chegou de improviso, deixando a comunidade perplexa. Pela manhã, tudo bem, mostrava-se tranquila, deu suas aulas; à tarde, foi ao seu aposento, a fim de preparar-se para a Celebração Eucarística, quando não se sentiu bem. Pouco antes, dissera ter trabalhado bastante com seus alunos, mas sentia-se contente pelo resultado.

Às 17 horas, chamou por socorro. Imediatamente foi contatado o cardiologista, que diagnosticou derrame cerebral. Estava com o lado direito paralisado, sem fala, porém, consciente. Ante a gravidade do seu estado, o Capelão, que já havia chegado para Missa, administrou a Unção dos Enfermos. Ela havia feito sua confissão no sábado anterior. Às 18 horas, já inconsciente, foi internada na Santa Casa de Araçatuba e, após várias radiografias e exames, internada na UTI O médico informou que a possibilidade de sobrevivência seria de 1%. De fato, após três dias, faleceu.

Mas, quem foi Irmã Umbelina? Foi a Apóstola que tendo dado o seu SIM a Deus, lutou para permanecer fiel aos seus compromissos. Notava-se o esforço para se corrigir e a oração era sua arma. Com entusiasmo falava de Deus, do Evangelho e de tudo o que relacionava com a Igreja e o Instituto. Grande devota do Coração de Jesus procurava glorificá-Lo: na sua maneira de trabalhar, pacata, mas ativa e pronta para servir; na busca constante de maior união com Deus, principalmente nos encontros prolongados, ‘tu a tu’ com Ele; na sua dedicação aos alunos, preocupando-se com sua formação cultural e religiosa; na responsabilidade e amor que dispensava aos seus alunos de catequese.

Pelo caminho de sua existência, relativamente curta, deixou as marcas do dever cumprido. Enfim, esperou o momento do encontro para, inebriada na luz de Deus, amar sem nunca mais pecar.