IR. VIRGILIA MATHEUS
12/02/1921 + 21/11/2009Biografia
ITINERÁRIO
ANO COMUNIDADE CIDADE
1947 Sta Casa de Misericórdia Casa Branca
1950 Sta Casa de Misericórdia Marília
1969 Vila Vicentina Bauru
1973 Fazenda Amália
08/1973 Sta Casa de Misericórdia Cafelândia
1976 Betânia das Apóstolas Marília
1977 Periferia São Paulo
1982 Vila Vicentina Bauru
1983 Hospital e Maternidade S. Marcos Itumbiara
1984 Sta Casa de Misericórdia Marília
1985 Sta Casa de Misericórdia Marília
1990 Col. Divino Espírito Sto Esp. Sto do Pinhal
1992 Col. Sagrado Coração de Jesus Marília
1996 Asilo São Vicente de Paulo S.J.da Boa Vista
2003 até 2009 Betânia das Apóstolas Marília
Ir. Virgília Silva Matheus, ardorosa Apóstola do Sagrado Coração de Jesus, humilde e generosa nos trabalhos domésticos e missionários, foi exemplo de virtude e por onde passou, deixou rastros de amor a Deus e de uma bondade invejável. Sabia, com seu jeito simples e sincero, acertar situações de difícil relacionamento nas ComunidadeS em que vivia. Pelas casas onde passou, desempenhou vários trabalhos: na lavanderia, portaria, cozinha, capela, rouparia, sempre tratando a todos com respeito, com carinho, com a delicadeza que lhe era própria. Fez parte do grupo pioneiro que trabalhou na periferia de São Paulo, Jardim Pirani, Zona Leste, a pedido de Dom Luciano Mendes de Almeida, na época, Bispo
Interessava-se e participava com gosto de cursos de formação programados pela CNBB. Foi assim que, encaminhadas por Dom Luciano, Ir. Virgília e Ir. Terésia freqüentaram o Curso Montessori, na Mooca, adaptando e aplicando-o na Pastoral da Criança.
Muitos são ainda os testemunhos do amor e da bondade na vida de Irmã Virgília: pessoa trabalhadora, simpática, alegre, calma, silenciosa, delicada no trato com as pessoas, ardorosa no cumprimento de seu dever. Foi uma Apóstola cujo exemplo de humildade, caridade, zelo e união com Deus é digno de ser recordado e imitado.
Temos certeza de que sua alma de Apóstola fervorosa, verdadeira filha de Nossa Senhora e de Madre Clélia, às quais amou com ternura, e em cuja festa se apresentou ao Senhor, repousa na Casa do Pai, onde Jesus, o Esposo Divino, lhe preparou belíssimo lugar e de onde intercede por todas nós e pelo nosso Instituto.
Depoimentos
Relatos de Ir. Cleamaria Simões:
Irmã Teresia Canale refere que Irmã Virgília foi uma ardorosa Apóstola missionária do Coração de Jesus. Esteve como pioneira no primeiro grupo que trabalhou na evangelização na missão popular na zona leste de São Paulo, periferia perigosa, quando Dom Luciano Almeida solicitou à Superiora Provincial, na época, Irmã Olivia Santarosa, a presença de Irmãs Apóstolas para a pastoral na periferia de São Paulo, na região leste. Irmã Teresia morou alguns anos com Irmã Virgilia nesta missão. Irmã Virgilia incansavelmente percorria as ruas ainda não asfaltadas e não ainda urbanizado o local. Seu zelo impulsionava-a a visitar as pessoas doentes e pobres e provia, na medida do possível, as suas necessidades. A atividade missionária da Irmã fez com que fosse por todos bem conhecida. D. Luciano certa vez se expressou dizendo: “Até as pedras sabem que a Irmã Virgília está passando”. As distâncias não limitaram o zelo da dedicada Apóstola, como também a falta de transporte. Irmã Virgília participava com interesse de cursos de formação programados pela CNBB, encaminhadas por D. Luciano. Para isso levantavam de madrugada, ela e Irmã Teresia para aproveitar a carona de um caminhão que fazia distribuição de pneus e iam até o Ipiranga, à Av. Nazaré; preparavam-se para atender melhor as atividades da evangelização. Irmã Virgília foi uma verdadeira missionária, atesta a depoente. Disse que tinha os pés calejados de tanto caminhar, atendendo com amor, as atividades da evangelização. O testemunho de sua vida foi inquestionável. Irmã Virgília desenvolveu com mais intensidade atividade no Jardim Pirani, na região leste de São Paulo. Lugar considerado de muita periculosidade, mas confiava na proteção de Deus. Irmã Teresia com Irmã Virgília frequentavam, inclusive o curso Montessori, na Mooca, providenciado por Dom Luciano, porém adequando-o, aplicaram à Pastoral da Criança.
Estando as duas na Betânia em 2009, e Irmã Virgília acamada há algum tempo e em condições precárias de saúde, Irmã Teresia perguntou-lhe: Irmã Virgília, o que está esperando para ir à Casa do Pai? ” Ao que ela respondeu com um sorriso, continuando a sua trajetória até o dia de hoje 21/11.
Irmâ Verônica Ceschin morou com a Irmã Virgília no Hospital Matarazzo, em São Paulo, na década de 50. Afirma ser a Irmã Virgília uma pessoa muito humilde, caridosa, de uma bondade invejável; ela não permitia nenhuma depreciação de ninguém; em situações de desentendimento, disse à Irmã Verônica: “Deus não fazia isso” e procurava acertar a situação e tudo continuava bem e em paz. As duas se queriam muito bem como duas irmãs que se amavam.
Irmã Vitalina Alves da Rocha – A depoente ainda era leiga quando trabalhava na Santa Casa de Marília e aí teve a oportunidade de conhecer e conviver com a Irmã Virgília que atuava na rouparia; era muito trabalhadora, pessoa simpática, caridosa, alegre e bom convívio. Morou com ela também no Asilo de São João da Boa Vista, SP, em 1995. Era recepcionista no período da manhã. Na Comunidade Religiosa era uma pessoa agradável, de bom relacionamento. Sempre foi muito boa, gostava de rezar e distinguia-se pela calma, caridade, silenciosa e eventualmente falava de Madre Clélia Merloni. Irmã Virgília trabalha na costura tendo oportunidade de costurar o enxoval de Irmã Vitalina preparando-a para o ingresso ao Noviciado. Irmã Virgília sempre foi trabalhadora.
Funcionárias da Enfermagem – As funcionárias da Enfermagem da Betânia admiravam a bondade de Irmã Virgília; tratava a todos com respeito, carinho e nunca se ouviu nenhuma reclamação.
Irmã Marilena Forato trabalhou com Irmã Virgília na Santa Casa de Marília e sempre a considerou uma Irmã disponível, delicada; trabalhou também e com dedicação admirável e prestativa, na capela, lavanderia e cozinha. Seu testemunho de vida era comprovado.