Com apenas 22 anos de idade e logo após a primeira profissão, Ir. Zita deixou sua Pátria, seus entes queridos e veio para o Brasil, com a coragem e o entusiasmo de uma verdadeira Apóstola, não medindo sacrifícios, renúncias, apoiada na obediência, como manifestação da vontade de Deus. Trouxe consigo o lema  “Fazer o Coração de Jesus conhecido e amado”. Dotada de uma alegria contagiante e um sorriso cativante, desempenhou com generosidade e desprendimento seu apostolado. Seu primeiro campo de apostolado foi a Santa Casa de São João da Boa Vista,SP, e aí, trabalhou durante 15 anos, no serviço de Nutrição; na mesma área trabalhou no Hospital Matarazzo em São Paulo,SP e na Santa Casa de Ribeirão Preto,SP.

Sempre respeitosa com as superioras e como superiora no Lar Universitário Nossa Senhora de Fátima, em Bauru,SP e em Águas da Prata,SP, era muito respeitada e querida por todos.

Ir. Zita era admirada pelo esforço em cumprir fielmente seus deveres, mesmo quando a saúde lhe era precária.  Em 1994, foi transferida para o Colégio Sagrado Coração de Jesus, em  Birigui,SP, coordenando os trabalhos da cozinha, com grande dificuldade por causa da sua saúde.

Necessitando de um tratamento mais intensivo, foi para a Betânia, e, num curto período de mais ou menos dois meses, veio a falecer, aos 81 anos de idade e 59 de vida consagrada.

Ir. Zita continua viva entre nós, por nos ter legado  exemplos de fidelidade, entrega generosa  e alegre ao Senhor.

Depoimentos

Ir. Lucília Eliza. Roseto  - Irmã Zita foi uma verdadeira missionária. Chegou da Itália e trabalhou por muito tempo no Hospital Matarazzo, cuidando da cozinha. Conheci-a em São João da Boa Vista, cuidando da cozinha da Santa Casa. Todos os domingos ela dava catecismo às crianças da redondeza. Apóstola do Amor, da reparação e evangelizadora. Gostava do que fazia. Contou-me que a Provincial a chamava em São Paulo para conversar. O assunto era para que assumisse a Comunidade do Pensionato em Bauru, hoje, Casa de Emaús. Disse-me que para lhe dar a responsabilidade, a Madre fizera como ela fazia com as folhas de alface. Lavava e selecionava as melhores folhas. E no final eram poucas. Retornava as descartadas e conseguia mais algumas. Às vezes precisava rever novamente as folhas feias. Assim fazia a Provincial. Ela era uma dessas da última seleção, da última peneirada. Que fazer?! E ria de se ver assim com esse cargo já na velhice. Não havia outro jeito. Devia colaborar e aceitou com restrições, pois não se achava apta para dirigir comunidade alguma. De Bauru foi transferida para Águas da Prata, como Superiora. Trabalhou na cozinha onde ela se achava ainda capaz. Foi uma Irmã muito humilde, muito engraçada, alegre, piedosa e obediente. Faleceu em Marilia, na Betânia, rodeada de suas coirmãs.

Ir. Fulvia Perin - Ir. Zita era de espírito alegre, divertido. Foi Superiora em Àguas da Prata no período de 1984 a 92

Ir. Cleamaria Simões - Conheci a Ir. Zita ainda em São João da Boa Vista, quando uma de minhas tias trabalhava com ela na cozinha da Santa Casa. Porém, quando fiz o ano prático de noviça, fui morar na Comunidade do Hospital Matarazzo e lá estava também a Ir. Zita que, zelosamente cuidava da cozinha. Nos fins de semana ela com a Ir. Bernadete Locore eram a diversão da comunidade. Faziam representações teatrais em italiano na sala de comunidade e as risadas gostosas se faziam ouvir em toda casa. Passávamos momentos descontraídos e a comunidade de comunhão ia se formando, criando laços de amizade e bom relacionamento entre todas.