IR. RUTH FERREIRA
20/01/1931 + 08/05/2012Biografia
Na manhã do dia oito de maio, mês dedicado a Nossa Senhora, nossa Irmã Ruth partiu para a eterna morada. Sentimos sua falta, mas certamente, agora, ela será a nossa intercessora.
Ir. Ruth foi uma pessoa muito simples, dedicada, atenciosa, humilde e sempre disponível em fazer a vontade de Deus onde era enviada.
Passou por muitas comunidades, sempre na cozinha fazendo tudo com muito amor e doação.
Iniciou sua missão na Santa Casa de São João da Boa Vista. Em Bauru trabalhou na Creche, no Colégio São Francisco de Assis, no Colégio São José e na Vila Vicentina. Esteve também em Marília no Colégio e na Santa Casa, no Colégio Diocesano de Itumbiara, na Santa Casa de Araraquara, no Colégio Nossa Senhora Aparecida de Araçatuba, na Casa de Saúde de Campinas, no Colégio Sagrado Coração de Jesus de Birigui, na Casa das Apóstolas em Águas da Prata e desde 2001, na Betânia onde passou estes doze anos no silêncio, na oração, no sofrimento e na entrega.
Em uma carta endereçada à Provincial no ano de 1984 escreve entre outras coisas: “Orações e Missa eu nunca perdi. Eu nunca deixei de rezar as orações por causa do serviço. Eu tenho confiança em Jesus que quando eu morrer não irá pedir-me conta dos atos comuns. Uma coisa eu peço a Deus, o perdão pela minha falta de humildade. Eu peço perdão a Deus todos os dias. Eu sempre trabalhei em serviço pesado desde que morava com meus pais. Apanhei algodão, lavei roupa, busquei o gado no campo, cuidei de uma sobrinha que ficou órfã de mãe. Madre, eu não fugi das lutas e sofrimentos. Deus chamou-me para trabalhar no seu serviço. Tudo coloco nas mãos de Deus. Minha intenção é agradar a Deus. Levanto às 04h30 da manhã e já coloco as intenções”. Isto é confirmado com o testemunho das Irmãs da Betânia conforme segue:
“Irmã Rute morreu como viveu: silenciosa. Temos o depoimento de uma Irmã que foi superiora da Irmã Rute, em Águas da Prata, sua última moradia antes da Betânia. “Irmã. Rute vivia para o trabalho, para a oração e em silêncio sofria as inevitáveis indelicadezas, embora as lágrimas aflorassem em seus olhos. Não se queixava nunca: preferia o silêncio. Estava sempre na capela ou na cozinha ou, ainda, com a sua enxadinha, na horta”. Em sua humildade, esmerava-se em cumprir bem o seu oficio. Sabemos que todo trabalho é importante, quando feito por amor. Aos olhos de Deus, o maior é sempre o mais pequenino. Por longos anos permaneceu em seu leito de dor, sem falar. Por fim o Senhor, olhou para ela, em sua infinita misericórdia e a chamou para junto de si. Depois de uma dolorosa pneumonia, quando se esperava uma longa e sofrida agonia, Irmã Rute, conforme depoimento da Ir. Maria Helena Rovigatti que a assistiu em seus últimos momentos, “calma, tranquila, sem agonia, como uma vela que se consome, foi se apagando na paz do Senhor”. No caixão, uma luz irradiava do seu rosto. Estava bonita. Na Missa de corpo presente o nosso capelão dizia: ”A Irmã Rute, agora vive junto de Deus a plenitude das bem-aventuranças vividas na fé, na esperança e na caridade. No momento em que a morte, sua grande benfeitora, a devolveu ao Senhor, certamente ouviu dele a frase com que se encerra a lição das bem-aventuranças: Alegra-te e exulta. Grande é agora a sua recompensa”.
No que acabamos de ler vislumbramos a alma simples e pura de Ir. Ruth. É um exemplo de entrega ao Senhor com todo o ser e fazer. Não importa o que fazemos, mas como fazemos para que Deus seja louvado e reverenciado.
Ela já recebeu a sua recompensa. Que ela seja estímulo para todas nós que continuamos no serviço do Senhor para fazer tudo para a sua Honra e Glória.