Jesus disse: “Eu sou a Ressurreição e a Vida. Aquele que crê em mim ainda que morto viverá. E todo aquele que vive e crê em mim, jamais morrerá” (Jo 11, 25-26). Para os que creem a vida não é tirada, mas transformada. E, desfeito nosso corpo mortal, nos é dado, nos céus, um corpo imperecível. Ir. Alzira completou seus dias, seus pouco mais de oitenta e oito anos sobre a terra. Nasceu e cresceu em uma família católica e com vinte e seis anos, sentindo o chamado à vida consagrada, respondeu o seu “sim” ao chamado do Coração de Jesus e ingressou no Instituto das Apóstolas do Sagrado Coração de Jesus. Perseverou até o fim e já recebeu a recompensa do Senhor.

Ir. Alzira era Auxiliar de Enfermagem e exerceu esta missão em diversos Hospitais e Santas Casas. Iniciou como Noviça do Ano Prático no Hospital Santo André e Santa Casa de Amália/SP atuando de 1955 a 1958.

Nos anos de 1959 a 1961 doou-se na Santa Casa de Misericórdia de Ribeirão Preto/SP.

De 1962 a 1967 prestou serviços no Hospital e Maternidade São Marcos na cidade de Itumbiara, Estado de Goiás.

Nos anos de 1968 e 1969 foi Auxiliar de Enfermagem na Santa Casa de Misericórdia de Jaú/SP.

De saúde precária precisou de tratamento e foi enviada para a Santa Casa de Misericórdia de Lins/SP aonde ficou de 1970 a 1973.

Em 1974 foi enviada para o Hospital Matarazzo em São Paulo e ficou até o final de 1975 atuando no Pronto Socorro e também nestes dois anos dedicou-se ao estudo.

No ano de 1976 esteve na Santa Casa de Misericórdia e na Saúde Solidário na cidade de Araçatuba atuando na Maternidade.

De 1977 a 1983 serviu na Santa Casa de Misericórdia de Marília/SP.

Em 1984 retornou para Itumbiara/GO no Hospital e Maternidade São Marcos.

De 1985 a 1987 foi para a Casa de Saúde Campinas em Campinas/SP.

Em 1988 novamente para a Santa Casa de Marília/SP e aqui permaneceu até o mês de janeiro de 1998.

No dia 13 de fevereiro de 1998 foi para a Betânia das Apóstolas inicialmente atuou no cuidado das coirmãs auxiliando-as em suas necessidades de saúde e, nos últimos anos, já com a saúde frágil foi cuidada pelas Irmãs que sempre a trataram com muito carinho e atenção.

Seu jeito de ser meigo e atencioso sempre chamou a atenção de todas as pessoas que trabalharam com ela ou a quem serviu com muito amor e dedicação. Era o anjo branco que se fazia presente em todos as necessidades dos mais pequeninos, os doentes. Era, de fato, uma pessoa santa porque sempre fez a vontade do Pai em tudo o que fazia. Pessoa silenciosa, atenta, humilde, serena e com um constante sorriso nos lábios. Era chamada “a Alzirinha”. Deixa saudades, mas está em paz.

Duas Irmãs dão testemunho de sua convivência com Irmã Alzira. Ir. Celeste Yamamoto relata: “Conheci Ir. Alzira quando fez o Curso de auxiliar de Enfermagem no Hospital Matarazzo. Era muito responsável e cuidadosa com os doentes e estava sempre junto aos mais graves. Orientava os funcionários e via como faziam a medicação, cuidados higiênicos e orientava para não expor os pacientes. Na comunidade era serviçal e ajudava as Irmãs mais idosas que trabalhavam á noite. Participava em tudo e era reservada. Sempre assídua aos atos comuns e aos retiros mensais e anuais. Era dócil com a superiora e amava as coirmãs”.

Irmã Josefina Franzini diz: “Convivi com Ir. Alzira um ano e meio em Itumbiara-GO. Na época o Hospital era muito pobre, mas Irmã Alzira dava um jeito de não faltar nada para os doentes, sobretudo na alimentação e cuidados de higiene. Costurou e organizou colchõezinhos para pediatria e roupas de cama para os pacientes. Cuidava também da parte espiritual deles. Sempre atenta às necessidades das coirmãs ajudava-as na medida do possível. Silenciosamente doava-se à missão, cumprindo bem seus deveres, e sendo dedicada em tudo”.

Louvado seja o Senhor, pela irmã, a morte corporal, da qual homem algum pode escapar. Felizes aqueles que ela encontrar conforme a santíssima vontade. Com estas palavras de São Francisco de Assis posso dizer que Ir. Alzira viveu sua vida cumprindo, em todos os momentos, a Vontade de Deus nas diversas missões que lhes foram confiadas. Com sua morte ela encerrou o tempo de graça e de misericórdia que Deus lhe ofereceu para realizar a sua vida terrestre segundo o Seu projeto divino. Que ela, agora, junto a Deus, a Maria Santíssima, a Madre Clélia e a todas as Apóstolas que a precederam, na eterna morada, possa interceder por todas nós para que vivamos alegres e felizes realizando, em todas as nossas ações, a santíssima vontade do nosso Pai Celeste.

Ir. Alzira foi sepultada às 10h00 da manhã do dia 25 de junho no Cemitério da Saudade em Marília/SP na presença de Irmãs Apóstolas, familiares e amigos. Descanse em Paz.