Irmã Clarita, como era chamada, dedicou toda sua vida ao ensino, especialmente no Colégio de Cafelândia. Aos 33 anos, em 1926, conseguiu o diploma de habilitação para o magistério particular no Estado de São Paulo; em 1942, Certificado de aproveitamento no curso de Física, pela Universidade do Ar – Rio de Janeiro; e, em 1944, foi-lhe conferido o título de Oficial de Farmácia, pelo Serviço de Fiscalização do Exercício Profissional.

Destacava-se pela atenção e respeito. Segundo uma ex-aluna explicava o conteúdo das matérias com paciência, dava tarefas e as corrigia regularmente. Era muito exigente e enérgica e, por isso, temida pelos alunos que, quando interrogados, de medo, não conseguiam falar.   Pontualíssima no cumprimento dos horários das aulas. Gostava de alertar os alunos contando fatos de fundo moral. Amava a Eucaristia e nutria uma devoção especial ao Coração de Jesus, expressando-a pela sua presença constante na capela entre os intervalos das aulas e falando sobre a primeira sexta-feira do mês. Transparecia na sua vida o amor que nutria pelo Instituto.

Foi vítima de tuberculose pulmonar galopante, que a prostrou em poucos dias. Sensível por natureza, dotada de viva imaginação, sustentou terríveis lutas antes de entregar sua alma a Deus. Edificante foi o último período de sua vida, deixando a todos uma suave e bela impressão.

A notícia de sua morte causou sentimentos de pesar entre as alunas, que choravam sua perda; e os que a conheceram ficaram profundamente entristecidos. Tinha 53 anos de idade e 29 de vida religiosa.

Depoimento

Ir. Olívia Santarosa – Foi minha professora no 3º ano primário, e depois nas séries do ginásio, em Cafelândia. Professora enérgica e ao mesmo tempo muito maternal. Amava seus alunos. De caráter forte e decidido.Ir. Clarita era italiana e foi uma verdadeira missionária. Adaptou aos nossos costumes e amava o Brasil. Era muito devota das almas mais abandonadas do purgatório. Dizem que alcançava tudo com elas.