IR. CAMILLA GARZARO

IR. CAMILLA GARZARO

20/03/1912 † 06/05/1980 -------------------------

Biografia

Hermínia, filha de pais italianos, profundamente católicos, sentindo-se chamada para seguir Cristo na vida religiosa, aos 21 anos de idade, e, conhecendo as Apóstolas do Sagrado Coração de Jesus, que já trabalhavam no bairro Santa Felicidade, pediu para ser admitida na Congregação. Irmã Camila foi uma Religiosa muito meiga, simples, simpática, caridosa, compreensiva e delicada. Sabia compreender e transmitir palavras de conforto. Exerceu sua missão em atividades simples e, ao mesmo tempo importantes, pois, na preparação dos alimentos, ela realizava uma das obras de caridade evangélica: “Dar de comer a quem tem fome”. Na simplicidade de sua vida, era “Apóstola” alegre e feliz, não poupando esforços para que tudo saísse bem. Sua caridade era extrema com as doentes, tratava com muito respeito as Superioras e não tinha medo do sacrifício. Passou por diversas casas do Instituto até que, faltando-lhe a saúde, foi transferida para Marília,SP, na Betânia, para descanso e tratamento.

Muito cedo, foi acometida de esclerose, que lhe tirou completamente o domínio sobre a memória, o conhecimento, distinção de ambientes e pessoas e assim ficou por muito tempo.  Atingida por uma insuficiência vascular cerebral, ficou acamada por algum tempo e, no dia 06 de maio de 1980, faleceu na Santa Casa de Marília,SP. Contava 68 anos de idade e 46 de vida religiosa. Ir. Camila deixou-nos a lembrança de uma religiosa simples, generosa, mansa, atenciosa, caridosa.

 

Depoimento

Irmã Brígida Campos Cunha - Conheci Irmã Camila, em Araçatuba, quando eu cursava a 5ª Série Ginasial. Ela trabalhava na cozinha, que exigia muita dedicação e responsabilidade, pois, além da comunidade, que não era pequena, havia 150 alunas internas. Levantava-se muito cedo para preparar os alimentos, a fim de que todas, Irmãs e alunas, estivessem prontas para as aulas, no tempo previsto. Até os operários, que na ocasião trabalhavam na construção da Capela do Colégio, a elogiavam, agradecidos, porque, à tarde, com o desejo de mitigar-lhes a sede, provocada pelo cansaço e o calor do dia, Irmã Camila preparava-lhes um delicioso suco. Eles a chamavam de “bendita Irmã”, tal era o carinho que lhes dedicavam.

Depois que me tornei religiosa, morei com ela no Colégio São José, de Bauru, onde Irmã Camila continuava como responsável pela cozinha, conservando sempre a mesma atitude de quando a havia conhecido. É um exemplo a ser imitado.”