Irmã Vitória encantava pela sua simplicidade, caridade, compreensão e, sobretudo pela alegria que sempre trazia estampada em seu semblante; seu sorriso irradiava a tranquilidade dos justos. Trabalhou tanto em Colégios como em Santas Casas, deixando a todos o testemunho de fidelidade à sua consagração e da paz que gozava por cumprir a vontade de Deus. Podemos dizer que foi religiosa exemplar.

Já idosa, foi atingida por uma apoplexia parcial. Durante quatro anos permaneceu acamada e sob os cuidados de outros; porém conservou sempre a lucidez de espírito. Nos últimos dois anos, a paralisia foi total, mesmo assim nada alterou sua serenidade, em seu semblante lia-se a jovialidade, a alegria de sofrer em Deus; impedida de falar acolhia a todos com gestos que traduziam o que se passava no seu íntimo. Após oito dias de inconsciência, faleceu na Betânia de Marília. A Missa de corpo presente foi celebrada pelo senhor Bispo Diocesano com a participação de muitas religiosas das casas mais próximas. Ir. Vitória deixou saudades. Tinha 87 anos de idade e 60 de vida religiosa.

Depoimentos

Ir. Celeste Yamamoto - “Morei com Ir. Vitória, na Santa Casa de São João da Boa Vista. Já era idosa. Fazia seu apostolado com os acompanhantes dos doentes. Conheceu Madre Clélia, dela falava muito e possuía uma roupa que ela usava, a qual cortava em pedacinhos e dava para os doentes como relíquia, quando os visitava. Tinha o dom da alegria, conversava muito bem, era caridosa, simples, piedosa e de bom relacionamento com as Irmãs, funcionários, doentes e, principalmente, com os pobres. Demonstrava muita devoção ao Coração de Jesus e propagava-a. A exemplo de Madre Clélia, rezava pelos sacerdotes, porque sem eles, dizia, não teríamos a Eucaristia; pedia a todos que rezassem pelas vocações do Instituto, para que o Instituto pudesse continuar”.

Ir. Maria Casoti - “Confirmo o depoimento da Ir. Celeste. Ir. Vitória era a alegria no recreio da comunidade”.