Ir. Silveria Husae Hirata (Ir. Husae)
05/03/1939 – † 05/06/1993Biografia
Depoimentos
Ir. Maria Casoti - Pessoa meiga, atenciosa, gentil, silenciosa, Ir. Hussae servia a todos sem preocupar-se consigo mesma. Sempre atenta às solicitações que lhe eram feitas, fazendo tudo com muito amor. Sabia amar e fazer-se amar. Sua passagem por esta terra deixou sinais de total doação, especialmente aos mais pequeninos. Como testemunhou uma coirmã, “não media sacrifícios para beneficiar o paciente”.
Ir. Brígida Campos Cunha - “Minha convivência com Ir.Hussae foi curta, mas muito grata. Morei com ela no Colégio São José, de Bauru, onde ela exerceu, por um tempo, o ofício de cozinheira. Sua caridade, sua bondade, sua conversa serena e seu silêncio marcaram, de forma profunda, minha vida; e a notícia de sua morte violenta e rápida deram-me a certeza da grande conquista eterna que ela fez. na simplicidade de sua vida.Destacou-se pela simplicidade, caridade e disponibilidade. Nela tudo era puro. Zelava pelo bem espiritual dos doentes. Vivia profundamente seu voto de pobreza”.
Testemunha o Cônego Lourenço Cavalin, Provedor da Santa Casa: “Ir. Hussae, com sua discrição nipônica e sólida formação evangélica, comoveu a muitos, por seu trabalho diuturno, ao cuidar dos cancerosos e aidéticos, neste hospital. Impressionante seu semblante, no leito de morte”. E continua: “Este depoimento quer ser um adendo muito honroso ao martirológio da Religião, de duas heroínas que se consagraram a Deus e, por amor de Cristo, com a força do Espírito Santo, amaram irmãos e irmãs. Irmã Hussae faleceu em acidente automobilístico, juntamente com Ir.Armanda Rosetto, aos 54 anos de idade e 31 de vida religiosa.
Irmã Leonilde Veronezi - Ir. Hussae era muito querida pelo Cônego Cavalini em Araraquara. Ela trabalhava cuidava dos cancerosos terminais que davam mais trabalho exigindo cuidados especiais dedicava-se totalmente ao cuidado pessoal deles. Na inauguração da ala hospitalar designada para esse tratamento específico, radioquimioterapia o Provedor enalteceu as qualidades profissionais, humanas e cristãs da Irmã. Os pacientes aidéticos estavam também nessa ala. O próprio Cônego admirava sua dedicação. Era diabética e o que ganhava para sua alimentação, dava para os doentes. Ir. Hussae tinha a saúde muito debilitada e para preservá-la foi transferida para uma Unidade de trabalho mais leve. Ela sentiu muito essa transferência, como também o pessoal de enfermagem, os médicos e a própria administração. Era de muita caridade com as Irmãs e preparava algo bom para elas. Muito carinhosa, atenciosa, prestativa, destacava-se na vida comunitária.
Comunidade de Águas da Prata - Irmã Hussae era muito boa. No trabalho da Enfermagem enfrentava as dificuldades do serviço e tentava resolvê-las. Tinha um jeito especial para cuidar dos doentes terminais que exigiam bastante, devido o estado precário em que se encontravam.
Irmã Alzira Carolino de Sá - A Irmã Hussae era muito trabalhadora, prestativa, dedicada nos cuidados aos doentes e tinha uma carinho especial para com as Irmãs na Comunidade.
Depoente não identificada - De origem japonesa, por isso em sua linguagem havia muitas trocas de vogais, sílabas, gêneros e dizia por exemplo: me passa uma faca, me dá um laranja. Ríamos e lhe pedíamos para repetir. Ela se conscientizava do erro e repetia corretamente. Foi uma Apóstola muito humilde; ajudou na cozinha do Colégio São José, onde suas virtudes realçaram mais. Sabia ser atenciosa a cada Irmã, oferecendo algo ou atendendo alguma solicitação na alimentação diferente. Quer uma banana cozida? Perguntava e atendia aos pedidos das Irmãs. Ria conosco das piadas de procedência japonesa. Rezava com piedade e seriedade, como é próprio sua descendência. Na última Comunidade em que viveu, em Araraquara, exerceu a função de enfermeira e se sentia muito alegre ao lado de Irmã Armanda, sua amiga do coração. Ambas sofreram um acidente trágico e faleceram no local, no dia 5 de junho de 1993. Acidente esse que abalou todas as Comunidades brasileiras e o Conselho Geral em Roma. As duas amigas se foram entre muitas lágrimas e muita revelação de carinho de todas as Irmãs que compareceram aos seus funerais, em Marília, onde repousam.