Ir. Berchmans Zucchetto (Ir. Ângela)
10/07/1918 – † 10/06/1983Biografia
Ângela foi a quinta dos treze filhos, entre eles um sacerdote, Pe. Mário. Ela foi sempre alegre, entusiasmada, trabalhadora, gostava de cantar, dançar, passear, rir e fazer festa. Entendia de pintura, costura, cozinha e de todos os afazeres da casa. A mãe queria a casa limpa e enfeitada de flores, formando um ambiente alegre e sadio. Não conheceu escola primária. Ela aprendeu mais com os irmãos, que iam à escola, do que eles mesmos que tinham uma professora, assim falou Pe. Mário. Passou os belos anos de sua infância e adolescência, no seio de sua família, onde o amor era a marca dominante, aprendendo nos joelhos da mãe os primeiros passos da vida espiritual. Viveu como as jovens do seu tempo. Os rapazes a procuravam; porém ela escutava a voz do Senhor, que falava ao seu coração. Passou muitos momentos de intimidade com Deus, na busca de sua vontade. Aos dezoito anos, procurou a Superiora da Santa Casa e comunicou-lhe seu desejo de ser religiosa. Os pais, ao tomarem conhecimento de sua decisão, ficaram muito chocados, porém lhe deram todo apoio. Dizia a mãe: “Agradeço-vos, Senhor! Não sou digna dessa graça”. Terminados os preparativos, acompanhada pelo pai, ingressou no Postulado, em São Paulo, iniciando com a alegria que lhe era própria, um caminho novo. Na Tomada de Hábito, Ângela renunciou ao seu nome de Batismo, assumindo o de Irmã Berckmans, colocando diante de si um exemplo digno dos seus anos juvenis: São João Berckmans, Noviço Jesuíta. Ir. Berckmans continuou aquela pessoa alegre, disponível, de grande espírito de sacrifício. Com grandes dons artísticos, preparou-se para tornar-se competente professora de pintura, flores e desenho, nos Colégios de Cafelândia/SP e Marília/SP. Em 1952, foi escolhida para fundar o Colégio Madre Clélia, em Adamantina/SP, do qual foi a primeira Superiora e Diretora. Até hoje é lembrada, com carinho pelo povo da cidade, por sua alegria contagiante. Continuou como Superiora, nos Colégios de Birigui e Cafelândia. Por seis anos, integrou a comunidade do Colégio Divino Espírito Santo de Pinhal, prestando serviços, não só na Escola, mas colaborando de modo eficiente na formação artística e culinária das Noviças. Em 1977, voltou a prestar serviços, como Superiora, na Comunidade da Casa de Descanso, em Águas da Prata/SP, acolhendo com carinho e alegria as Irmãs que ali iam para tratamento e repouso. Em pouco tempo, tornou-se conhecida e querida pela população. Acometida de mal incurável, sofreu muito, buscando alívio e tratamento em diversos hospitais, onde médicos, Irmãs e enfermeiros não mediram esforços e atenções, a fim de aliviar-lhe as agudas dores. Após longo Calvário, foi acolhida pelo Coração de Jesus, que a levou à Casa do Pai, no grande dia da Solenidade do Sagrado Coração de Jesus, na Santa Casa de São João da Boa Vista/SP. Irmã Berckmans deixou-nos o exemplo de entusiasmo pela vocação abraçada e dedicação constante pela causa do Sagrado Coração de Jesus, a cujo time dizia pertencer.
Foi sepultada em Casa Branca/SP.
(Obs.Outros fatos e depoimentos de sua vida podem ser encontrados no Livro: “Pelos caminhos do mundo no espaço de Deus” da Coleção Coração Multiplicado, Bauru:EDUSC, 2000).