IR. GESUINA CAMARGO

IR. GESUINA CAMARGO

15/09/1893 + 25/08/1963 -------------------------

Biografia

Aos 8 de junho de 1920, D. Lucinda Vilas Boas, de Botucatu-SP, escrevia à Superiora da Comunidade do Hospital “Humberto I”: “Apresento, à Revda. Superiora, a Srta. Margarida Camargo, que foi filha de Maria, na nossa Congregação Mariana, de comportamento irrepreensível, de piedade pouco comum. Enfim, uma plantinha criada para o jardim do Senhor, Margarida foge do mundo; busca, na Casa de Deus, asilo para a piedade e bondade de seu coraçãozinho de Filha de Nossa Senhora, que vai pedir para que lhe abra a porta do céu. Como Cristo disse: “Deixai vir a mim os pequeninos”,  Margarida, quando Irmã de caridade, dirá, parodiando as palavras do Divino Mestre “deixai vir a nós os infelizes”.

 

De Curitiba, aos 2/12/1922, Ir. Jesuina escrevia à Madre Provincial: “Desejo fazer a Santa Profissão, com o único fim de seguir Jesus mais de perto, trabalhar para sua glória, caminhar para a perfeição e, se possível, tornar-me santa.”

 

De caráter tranquilo, deu exemplo de retidão e observância regular. Professora elementar, lecionou por muitos anos em diversos colégios da Província de São Paulo. Tinha facilidade para ensinar Matemática. Nos últimos anos, exerceu o ofício de ecônoma e porteira do Colégio de Marília,SP. Já nessa ocasião, apresentava muitos achaques, mesmo assim cumpria com amor seus deveres. Apresentava os relatórios com muita exatidão e eficiência, fazendo as contas de cabeça, pois não tinha calculadoras. Isto prova sua lucidez. Em 1962, foi constatado um tumor maligno que se espalhou por todo o organismo. Disse a Superiora da casa de repouso de Cafelândia,SP, para onde foi transferida: “Só Deus sabe as dores que sofreu nos últimos vinte dias de vida e quem a acompanhou, dia e noite, pôde constatar os sofrimentos que esse câncer lhe causava, a ponto de fechar-lhe o estômago. Diminuía, dia por dia, o alimento, até não conseguir passar nem uma gota de água e, durante dez dias, só recebia a Sagrada Comunhão, como disse o Vigário: “Vive de Jesus...” Apesar das dores, mostrava-se resignada e serena. Sua última comunhão foi na sexta-feira. Compreendia tudo, falava e elevando as mãos, dizia: “Jesus, Jesus, ajuda-me!” Durante a noite, colocamo-la sentada, para dar um alívio ao seu corpo. Na manhã de segunda feira, fomos à missa na Igreja Paroquial, deixando uma Irmã em sua companhia. Ao retornar, pensamos que já havia morrido, mas esperou-nos e, depois de uma hora, expirou, sem agonia. O Senhor veio buscar sua Margarida, para transplantá-la no jardim do céu.