IR. DELFINA VETTORELLO
18/07/1882 + 12/09/1955Biografia
Exerceu, por muitos anos, o ofício de roupeira, no Hospital de São Simão/SP, Hospital Nossa Senhora Aparecida/SP, e Santa Casa de Araraquara/SP. Impossibilitada de continuar trabalhando, solicitou para recolher-se na Casa de Repouso, em Cafelândia/SP, onde chegou em julho de 1955, levando sua vida de sofrimento e de oração. Era cumpridora dos deveres religiosos, com espírito de sacrifício e obediência. Faleceu no automóvel que a conduzia à Santa Casa, para uma consulta médica. Contava 73 anos de idade e 51 de vida religiosa.
Depoimentos
Ir. Eugênia Pellanda - Conheci Ir. Delfina na Santa Casa de Araraquara. Ela desempenhava o ofício de costureira da Comunidade, que naquele tempo era numerosa. Em 1946 quando saí do noviciado e fui para aquela Comunidade, éramos em 20 Irmãs. Ir. Delfina era muito virtuosa, edificante, encarnava o Evangelho. Gostava de contar o início de nosso Instituto às Irmãs mais jovens, todas as dificuldades e sofrimentos de nossa Madre Fundadora e das primeiras Irmãs. Ela era uma fonte de informação, fidedigna, pois ela entrou no Instituto em fevereiro de 1902 e conheceu muito bem as situações difíceis pelas quais passou Madre Clélia. Contava inclusive que Madre Clélia fez a vestição e Primeira Profissão na Catedral de Piacenza e a cerimônia foi presidida por Dom Scalabrini; em 1904, Madre Clélia partiu para Alexandria por ordem do Bispo. Podemos dizer com certeza que a Irmã Delfina vivenciou esses e outros acontecimentos iniciais, ou por ter vivenciado tudo ou por ter ouvido comentários. Uma das coisas que ela nos contou e que nunca mais esqueci foi esta: quando Madre Clélia foi pedir ao Dom Scalabrini que a ajudasse, ele não deu a resposta no ato do pedido, mas o fez na Catedral com a presença do povo, durante uma hora santa, pedindo a Jesus que o iluminasse o que devia fazer. Durante esta Hora Santa todos os que estavam na Catedral escutaram uma voz que lhe disse: “Eu quero, protege-a”. Foi somente dela e de mais ninguém que eu ouvi este fato.
Ir. Hercília Milano – Conheci Ir. Delfina quando morava em Araraquara. Era robusta, alta e muito trabalhadora. Na época não havia a tecnologia de hoje e todo trabalho fazia-se manualmente. Para secar a roupa na lavanderia era colocada ao sol, e se chovia, recolhia-a, para num outro momento recolocá-la no varal. Esse sacrifício ela o fazia com frequência. Além dos cuidados na lavanderia, também costurava para repor a que faltava. Ir. Delfina gostava muito de flores e dedicava algum tempo para cuidar delas.