Dedicou toda sua vida à assistência dos doentes, com caridade e espírito de sacrifício. Foi Superiora por muitos anos; enérgica, mas boa, prudente, humilde, compreensiva e muito educada. Acometida por um câncer, suportou as dores com paciência admirável. As Irmãs, o pessoal da saúde, as autoridades acompanharam o decurso de sua doença e choraram sua partida, recordando seu nome e suas obras de benemerência.

O prestígio de que Irmã Tarcisia gozava na cidade de Lins pode ser comprovado pelas manifestações recebidas por ocasião de suas Bodas de Prata de Profissão Religiosa, expressas por meio de discursos, artigos nos jornais, cartas, telegramas, etc., e não menos por ocasião do seu falecimento. Por 26 anos prestou valiosos serviços na Santa Casa de Lins e, por isso, os linenses sempre evocarão seu nome com respeito e admiração, enaltecendo suas virtudes.

Depoimentos

Irmã Olíviamaria Colombo -Morei com Ir. Tarcisia em Araçatuba e Lins. Era enérgica, prudente, humilde, transparente; de temperamento forte e exigente e, ao mesmo tempo, de fácil relacionamento; mas as virtudes que mais admirava nela eram: sua caridade e espírito de oração. Quando Superiora, em Lins, sofreu moralmente com a saída algumas Irmãs. Vivia intensamente e cultivava, na comunidade e no ambiente de trabalho, o amor ao Coração de Jesus. Tinha devoção às almas do purgatório. Demonstrava, também, amor ao Instituto, e procurava incuti-lo nas Irmãs. Para estas tinha cuidados especiais, principalmente pelas doentes. Gostaria de rever sua Pátria, mas não lhe sendo possível, oferecia ao Coração de Jesus também este sacrifício. Sofreu bastante na doença que a levou à morte. Nos últimos instantes, cercada de sacerdotes, médicos e de toda a comunidade, um dos médicos dizia: “Como é bela a morte de um justo!

Irmã Jannice Pereira Leite -Irmã Tarcísia exercia a função de Superiora da Comunidade da Santa Casa de Araçatuba. onde eu ia passar as férias da Faculdade de Enfermagem, nos anos de 1961 e 1962. Em janeiro de 1964, fui transferida para aquela Comunidade e lá permaneci mais um ano

com a Irmã Tarcísia que, no ano seguinte, foi designada para a Santa Casa de Lins.

Era uma Irmã muito respeitada e admirada, pelas suas qualidades morais e talentos administrativos. Coordenava todos os serviços técnicos e administrativos da Santa Casa, com segurança e firmeza; mas, ao mesmo tempo, com bondade e caridade, especialmente com os pobres e com os funcionários que, naquele tempo, moravam na Santa Casa, formando uma grande família. A comunidade religiosa, formada por doze Irmãs, também sentia nela segurança e apoio. Era também, alegre e deste modo, nossos recreios eram animados.  Gostava de fazer passeios com as Irmãs. “Organizada e econômica exigia isto das Irmãs em seus respectivos setores.