Mulher forte, exigente, sensível... capaz de acolher com coragem todos os sofrimentos de que foi acometida. Carregou, durante toda a vida, o seu caráter forte, mas escondia um grande coração. Dedicou toda sua vida religiosa ao serviço dos doentes e dos velhinhos, nos Asilos, como atendente de Enfermagem e, em alguns lugares como roupeira.

Os últimos anos passou-os trabalhando na rouparia da Santa Casa de Jaú/SP e aí adoeceu. Inicialmente, relutou e não queria aceitar a doença, a cruz. Aos poucos, porém, a graça foi atuando e encontrou nela um coração generoso que, não só acolheu o sofrimento que o Senhor  lhe enviou, mas o ofereceu, generosamente, pelas grandes e muitas intenções da santa Igreja, de modo particular pelos sacerdotes e, mais particularmente ainda, por um sacerdote pelo qual ofereceu sua vida e o Senhor a aceitou. Desse sacerdote encontramos o seguinte cartão:

“Irmã Maria Luiza, eis que anuncio para você, neste Natal, uma grande Boa Nova: em janeiro, volto para a Congregação, para o meu sacerdócio e para minha vida religiosa. 

Feliz Natal! Feliz Ano Novo. Vida nova, vida só em Deus!

Só posso dizer: Deus é bom demais... Obrigado, Senhor!

Maria Luiza, saúde para você, muitos anos felizes de vida. Seu sacrifício valeu.  Obrigado!”

Por esse testemunho, podemos ver como seu sofrimento transformou-se em bênçãos e produziu, no seu coração, frutos de paz, de serenidade, de entrega e de alegre aceitação.

Ela perseverou. Foi fiel até o momento em que completou seus dias na terra. Tudo ofereceu em prol dos irmãos, em prol das vocações consagradas. Não se fechou em si mesma. Estava unida a todos os pobres, desamparados, enfermos e sofredores. Deixa-nos um exemplo de fé profunda, de confiança em Deus, que é Pai, e no Coração de Jesus, a quem serviu com sua vida. Faleceu em Jaú,SP, aos 67 anos de idade e 45 de vida religiosa. Foi sepultada no Cemitério de Jaú.