Irmã Carlota foi verdadeiramente missionária, renunciando generosamente aos mais legítimos direitos, pois, segundo consta, nunca retornou à Itália para rever os seus familiares. Trabalhou como enfermeira durante muitos anos. Em 1955, foi para a Betânia, em Cafelândia/SP e, com a transferência da Betânia para Marília/SP, lá permaneceu até a morte. Ajudava as Irmãs nos serviços da casa, com grande espírito de sacrifício e dedicação, até que, em 1962, caindo da escada, teve fratura no fêmur. Não podendo suportar o aparelho, que lhe fora colocado, foi obrigada a permanecer no leito, durante doze anos, necessitando de ser servida em tudo. Religiosa de grande piedade e espírito de oração era sempre encontrada rezando, principalmente as orações prescritas pelas Constituições e a Via Sacra. As Irmãs que a assistiram testemunham sua resignação à vontade de Deus, sem nenhuma queixa.

Repetia sempre: “Deus sabe aquilo que faz” e, assim, com sua graça pôde suportar as consequências da enfermidade. Tinha grande desejo de receber a Comunhão e perguntava muitas vezes, se já não era hora. Quinze dias antes da morte, não podia tomar mais nada e ia sempre piorando. No dia 15 de setembro de 1974, às 10 horas, estando presente toda a comunidade, Irmã Carlota, serena e tranquila, entregou sua bela alma a Deus, que a esperava para recompensar sua grande caridade pelos doentes. Tinha 93 anos de idade e 61 de vida religiosa.