IR. EUGENIA DE LAZZARI
31/01/1871 + 22/05/1976Biografia
Ir. Eugênia, fiel ao seu ideal missionário, dedicou-se à assistência dos enfermos em diversos hospitais. Acima de tudo, colocava a caridade, virtude que marcou a sua vida. A ela, sem medo de errar, poderíamos chamar de “APÓSTOLA DA CARIDADE”. Exerceu sua atividade em Motta di Livenza/Avezzano-Itália. Veio para o Brasil e permaneceu no Hospital Matarazzo, durante alguns anos.
Em Mococa passou trinta e dois anos, atingindo o apogeu de sua existência, pela causa de Cristo. Ali consumiu generosamente sua vida, concentrando todas as suas energias físicas e espirituais a serviço de uma causa: servir a Cristo no irmão enfermo. Na sua simplicidade, soube e conseguiu palmilhar o caminho traçado pelo Senhor. Como religiosa exemplar, deu a todos um maravilhoso testemunho com sua vida consagrada ao serviço de Deus e da Igreja. Era procurada por muitos, especialmente pelos pobres a quem dedicou especial atenção e cuidados. Praticava a caridade, no esforço do dia a dia, com serenidade e muita paz. Generosa na luta, no sofrimento; como recompensa de sua ação direta junto com os doentes, contraiu uma infecção que, por muitos anos, a fez sofrer; porém, no silêncio e na obscuridade, sem jamais dar a conhecer sua limitação física. Mesmo doente, continuou trabalhando e quando não mais podia, aceitou humildemente e com alegria a missão de Apóstola adoradora, passando a residir na Betânia.
Ir. Eugênia deixou-nos o testemunho do verdadeiro espírito missionário, sendo religiosa de oração, animada por uma viva, inabalável esperança e terno amor para com os pobres e sofredores. Aceitou o sacrifício com uma filial confiança na Divina Providência. Esteve no Brasil por cinquenta e sete anos e nunca mais retornou à Pátria de origem. Repetindo o gesto dos Apóstolos, deixou tudo para seguir o Mestre, atingindo a plenitude da vida consagrada, a perfeição da caridade. Partiu para junto de Deus, aos 94 anos de idade, 62 de vida religiosa e 57 de Brasil. Faleceu em Marília/SP. Causa de sua morte: idade avançada. Seu sepultamento contou com a presença de mais de cem Apóstolas, pois, nesse dia, muitas Irmãs se achavam reunidas para tratar de assuntos relativos às atividades do Instituto.
Depoimento
Ir. Palmira de Oliveira - Conta um fato interessante: “Estando a Ir. Eugênia muito mal, chamou a Madre Elide e disse-lhe: “Vou morrer”... Madre Elide respondeu-lhe: “Se Deus quiser vir buscá-la, tudo bem; mas a Capela São José ainda não está pronta”; ela está sendo construída junto à Betânia. Ir. Eugênia ficou calada, melhorou, deixou o leito. Dois meses depois, numa quinta-feira, Madre Elide disse-lhe: “O jazigo está pronto”. No sábado Irmã Eugênia morreu”. Diz ainda, que ela era enfermeira bondosa, caridosa, obediente, não falava mal de ninguém. Desdobrava-se para os doentes. Não permitia que lhe servissem alimentação fria. Obedecia cegamente.