IR. LAVINIA FANTON

IR. LAVINIA FANTON

26/01/1886 + 06/08/1985 -------------------------

Biografia

Irmã Lavínia desempenhou seus trabalhos apostólicos, no Brasil, como missionária, sem jamais voltar à Itália. Trabalhou em diversos Hospitais, como enfermeira prática. Assumiu a responsabilidade de Superiora da Comunidade da Santa Casa de São João da Boa Vista/SP, da Santa Casa e do Asilo de Marília/SP e da Santa Casa de Cafelândia/SP. A partir de 1978, passou a integrar a Comunidade da Betânia, dedicando-se a serviços domésticos.

Com o avançar da idade, atacada de insuficiência cardíaca, passou a locomover-se em cadeira de rodas. Predominantemente bem-humorada, alegre, aceitou com resignação os inconvenientes da idade e a acentuada deficiência auditiva, nem sempre podia se comunicar e então rezava.

Acometida por forte gripe, dada a sua pouca resistência, faleceu aos 99 anos de idade e 75 de vida religiosa. Velada com amor e carinho pelas Irmãs da Comunidade e das comunidades vizinhas, após a Santa Missa de corpo presente, deu-se seu sepultamento na Capela São José.

Só temos que agradecer a Deus, a longa e laboriosa vida que concedeu à Irmã Lavínia, pedindo-lhe que a acolha na eternidade feliz e nos dê força e graças para seguir suas pegadas. Em seus documentos encontramos um recorte de jornal, infelizmente sem nome do autor, sem data e sem nome do Jornal. Assim diz: MARÍLIA PERDE UMA PIONEIRA.

Faleceu em Marília, no dia 6 de agosto de 1985, a Irmã Lavínia Fanton, primeira Superiora da Comunidade da Santa Casa de Misericórdia, desta cidade.

Quando entrou como Religiosa do Sagrado Coração de Jesus, foi recebida pela própria Madre Clélia, a Fundadora da Congregação. Veio para o Brasil, fazendo uma oferta ao Sagrado Coração: a renúncia de nunca mais voltar à Itália e à Família. E assim aconteceu. Trabalhou como Superiora em muitas casas. Em Marília, foi uma das grandes pioneiras. Conseguiu do Sr. Bento de Abreu Sampaio Vidal, fundador da cidade, a quem chamava de “Bentinho”, o terreno onde hoje se ergue a Santa Casa. Por muito tempo trabalhou ao lado do Provedor Cristiano Altenfelder, já falecido. Ela vivia pelos corredores, quartos e capela da Santa Casa. Sentiam um conforto muito grande com sua presença, dizendo que, com ela perto, as dores se amenizavam e um raio de sol parecia entrar pelo quarto a dentro.

Nos últimos tempos, na casa Betânia, Ir. Lavínia tinha constantes lembranças da infância e, conforme a psicologia dos idosos, sentia muita saudade da Itália, sua Pátria. Muitos médicos de Marília lembram-se dela e, embora tenha perdido a audição, sentiu-se feliz com a visita que o Dr. Gabriel Seixas lhe fez, na Betânia.

Falava sempre de Madre Clélia e do seu trabalho, com muito amor e carinho.

Cercada da afeição de muitos amigos, Irmã Lavínia teve uma linda Santa Missa, com muitos cânticos e foi sepultada na Capela das Irmãs do Sagrado Coração de Jesus, aquele mesmo Coração a quem dedicou toda a sua vida e muito amou.