Irmã Irene deixou marcas positivas em todos os lugares por onde passou. É lembrada por todos com muito carinho e saudade, pelo seu modo afável de ser, pela sua delicada atenção para com todos, pela sua alegria contagiante e jocosa. Pessoa extremamente sensível às necessidades dos outros. Esquecia-se de si mesma, para servir e deixar contentes os que a procuravam e pediam ajuda. Lembramo-nos de quando estava em Campos do Jordão: acolhia as Irmãs de braços abertos. Seus olhos falavam aquilo que seus lábios, por vezes, não sabiam proferir. A caridade era a sua virtude característica. Os pobres, que procuravam assistência e remédios, nunca saíam sem serem atendidos com extremo carinho e para todos tinha palavras de conforto e atenção.

Passava longo tempo em oração, buscando, no Coração de Jesus, a força necessária para viver seu dia em plenitude. Amava a Igreja e o Instituto. As Superioras eram, para ela a personificação da presença de Deus. Respeitava-as e nunca se ouvia dela uma crítica. Tudo desculpava. A todos perdoava e encorajava.

Nas Santas Casas, onde passou grande parte de sua vida, é lembrada com muito respeito, pelo seu modo de ser, agir e conviver. Podemos dizer: semeou bondade e colheu amor. Em 1988, quando o Senhor a chamou, estava na Betânia. Nos primeiros tempos, atendia na portaria e outros serviços; mas, ultimamente, era o sofrimento personificado. A osteoporose devorava-a lentamente. Seu rosto era a expressão visível da dor, mas conservava nos lábios o sorriso, que sempre a caracterizou. Viveu o que dizia: “Tenho dupla responsabilidade de ser santa, porque o Senhor me chamou por duas vezes”.

Faleceu na Betânia, aos 74 anos de idade e 41 de vida religiosa. Que o Coração de Jesus a tenha junto de Si, e que Maria Santíssima, Madre Clélia e todas as Apóstolas, constituam agora a sua alegria perene!

Depoimentos

Ir. Verônica Luiza Ceschin  - “Morei com Ir. Irene, em Campos do Jordão,SP, Jaú,SP e em Marília,SP (na Betânia) . Era muito fraca, porém ajudava em tudo o que podia, nos serviços da casa, sempre alegre e pronta. As virtudes que mais a destacavam eram: humildade, caridade, espírito de oração, silêncio, educação. Era calma, sincera, imparcial e amiga de todos. Em Campos do Jordão, era chamada “a mãe dos pobres”, tamanha era sua caridade. Grande devota de Nossa Senhora, São José e do Anjo da Guarda”.

Ir. Celeste Yamamoto - “Conheci Irmã Irene, em Campos do Jordão, quando era Superiora. Admirava sua caridade e desejo de atender bem aos pobres que batiam à porta. “Dava esmola, sempre acompanhada de uma boa palavra, sobre o amor do Coração de Jesus: assim alimentava-os material e espiritualmente”.

Ir. Brígida Campos Cunha - “Conheci Ir. Irene, na comunidade de Campos do Jordão, quando lá esteve como Superiora local. Admirava vê-la acolhedora, mansa e muito alegre. Era gratificante estar em sua companhia, pois, muito criativa, tinha sempre alguma surpresa agradável e simples. Conversando com ela, a gente se enriquecia, porque sabia transmitir aquilo que vivia. Saindo de Campos do Jordão, foi para a Vila Vicentina, em Bauru,SP, dedicando-se, com empenho, na assistência aos idosos. Servia a todos com paciência e era muito materna”.