IR. FULGÊNCIA GIROTO
15/02/1924 + 11/01/1991Biografia
Irmã Fulgência exerceu sua missão em diversas Escolas do Paraná e do Rio Grande do Sul, dedicando-se às mais variadas funções: professora, responsável pelo internato, auxiliar na Igreja, bibliotecária, motorista, rouparia, horta, ministra da Eucaristia, enfim, onde havia necessidade. Sua dedicação especial foi à Pastoral da Visitação, levando a todos uma palavra amiga, de conforto, e salvação. Visitou muitos doentes, levando o Viático e assistindo-os em suas enfermidades; assistia os moribundos, fazia a celebração de sepultamento e batizados. Grande Apóstola, evangelizadora e catequista. Amava a Igreja, o Instituto, as vocações e o povo de Deus. Apóstola fervorosa, zelosa, alegre, humilde, simples, prudente. Gostava de cantar os louvores ao Coração de Jesus e a Maria. Suas devoções particulares: Santa Eucaristia e São José. Sua caridade era exemplar; quando solicitada, estava sempre pronta, disponível, não importando a hora do dia ou da noite, servia com alegria, desprendimento, satisfação e, sobretudo, com muito amor. Possuía um coração cheio de esperança; falava do céu e das coisas de Deus; na Escola, acolhedora com os pais, professores e alunos, recepcionando a todos com um lindo sorriso, desejando a paz e as bênçãos de Deus.
Na última doença de evolução galopante, foi admirável seu testemunho. Nunca reclamou, tudo aceitou na fé e no abandono aos desígnios do Coração de Jesus. Suas últimas palavras escritas: “Estou aqui no Hospital, executando a vontade de Deus, que não sei qual seja, mas ele sabe, isto me basta. Pegou-me de um modo estranho. Ele sabe melhor do que nós o que nos convém. Estou em suas mãos. Cumpra-se o que lhe aprouver”.
Na véspera de sua morte, disse à Madre Alice Reginato: “Estou nas mãos de Deus; ele faça de mim o que quiser. Que ele tenha misericórdia de mim, perdoe todas as coisas erradas que fiz. Errei, mas sem querer. O Senhor sabe o quanto desejei amá-lo. Tudo o que fiz, meus trabalhos, sempre ofereci tudo por ele. Madre, estou oferecendo todo o meu sofrimento desta doença pela paz no Oriente Médio, pela Madre Geral, pela Ir. Josefa e para que a Senhora tenha toda força na nova missão... pelos sacerdotes, em especial os infiéis, pelas Irmãs da Congregação, pela minha família, pela minha mãe... Se eu morrer, não tenho nenhum sentimento negativo contra ninguém. Se alguém tem para comigo, que me perdoe...”
Deixou esta terra glorificando a Deus com sua vida, aos 67 anos de idade e 44 de vida religiosa. Agora vive na eternidade, contemplando a face do Pai.
Obs. - Outros relatos de sua história e preciosos depoimentos, podem ser encontrados no Livro “Amor em Gestos” da Coleção Coração Multiplicado – EDUSC, Bauru – 2000.