IR. MARIA TERESA PEREIRA

IR. MARIA TERESA PEREIRA

07/03/1941 + 07/03/1941 -------------------------

Biografia

Pessoa simples, não muito inteligente, mas esforçada, humilde, silenciosa e piedosa, um pouco misteriosa e tímida.  Procurava estar bem com todas as coirmãs.

Dedicou toda sua vida religiosa ao serviço dos doentes, em vários Hospitais, como Auxiliar de Enfermagem. Dizia: “Senhor, que eu possa sempre evangelizar para a paz e não para a revolta; que eu seja luz e não trevas; Senhor Jesus, a exemplo de vossa Mãe Santíssima, ensinai-me a ser mais profunda na vida religiosa, para que eu possa vos servir com alegria e ver, nos acontecimentos, a vossa Santa vontade. Sou muito superficial. Que meu coração, Senhor, esteja  sempre em vós e não no meu comodismo, nos meus caprichos”.

 

Muito cedo manifestou-se o mal do câncer e foi submetida a uma cirurgia. Recuperada, continuou seu trabalho até 1989, quando foi para a Betânia, pois já necessitava de cuidados especiais. Durante sua doença, especialmente no final, dizia para a Superiora: “Sei de tudo. Sei o que está acontecendo. Fique tranqüila. Estou serena, estou em paz. Já fiz minha entrega a Jesus”  No momento de receber a Comunhão, disse: “Esta é a última comunhão, nesta terra. Amanhã estarei com Jesus no céu e repetia muitas vezes: Jesus sou toda tua, Jesus, ajuda-me a dizer SIM até o fim..” e rezava o Magnificat.  E, ficando a sós com a Superiora, confidenciou-lhe: “Hoje senti uma transformação. Hoje recebi Jesus pela última vez e amanhã estarei contemplando-o no céu. Vejo o coro das virgens, à sua frente as religiosas, depois os sacerdotes e o povo de Deus que caminha...”

 

Passou o dia muito contente e feliz. Foi um testemunho de vida e de aceitação do sofrimento para todas as Irmãs que consideravam uma grande graça tê-la tido em sua comunidade, de ter acompanhado sua caminhada de conversão, seu processo de transformação. Plenamente consciente, Ir. Maria Teresa entregou sua alma nas mãos do Criador e Pai, cercada das coirmãs, pais, irmãos e demais familiares. Minutos antes, pedia que rezassem Salmos, em especial o Salmo  22. O Senhor é meu Pastor, nada me falta... e pedia: “Rezem... Eu estou morrendo...” e fazia, repetidamente, o sinal da Cruz. No seu rosto lia-se paz, serenidade, profunda alegria.

 

Ir. Maria Teresa perseverou na vocação de Apóstola e agora goza da plenitude da vida que é o mesmo Deus. Que seu intenso sofrimento e sua prolongada agonia consciente, agora transformados em gozo e paz, nos sirvam de estímulo para vive nossa consagração até às últimas consequências.