IR. ENRICA SALVI

IR. ENRICA SALVI

22/08/1906 + 28/03/1992 -------------------------

Biografia

Ir. Enrica distinguiu-se pela sua caridade extrema. Por saber amar, era amada por todos. Se não podia falar bem de alguém, calava-se, mas não feria a caridade. Quis que seu coração fosse semelhante ao de Jesus e irradiava bondade e compaixão extraordinárias. Passava horas na presença de Jesus Sacramentado; e podemos imaginar os seus colóquios com o Senhor, a quem amava acima de tudo. Iniciou suas atividades no Brasil, como enfermeira; e, nesta abençoada profissão, passou por muitas Santas Casas, nas seguintes localidades do Estado de São Paulo: Jaú, Poços de Caldas, São Paulo no Hospital Matarazzo; Campos do Jordão no Hospital da Bandeira Paulista.

Em 1984, foi transferida para o Colégio Divino Espírito Santo, em Pinhal, dedicando-se a atividades diversas. Como seu estado de saúde inspirava cuidados, em 1990, foi para a Betânia, em Marília,SP. Recordar Ir. Enrica é pensar só no bem que praticou em vida. Estar em sua companhia significava experimentar profunda alegria.

Deixou este mundo, em 28 de março de 1992, para estar na intimidade do Pai. Recebeu o prêmio de sua vida vivida na simplicidade e na bondade do coração. Seu corpo dolorido e martirizado pela doença recebeu a eterna recompensa, já que, em vida, fora seu companheiro na realização do plano de Deus. Seu exemplo é um estímulo para todas nós.


Depoimentos

Ir.Celeste Yamamoto - “Morei com Ir. Enrica no Hospital Matarazzo, em São Paulo,SP. Ela trabalhava à noite. Sofria de uma dor de cabeça horrível. Percebia-se a sua dor; mas nunca deixou o trabalho, para não sobrecarregar as demais Irmãs. Era alegre e de coração aberto; não reclamava de nada. Apesar de sua idade, sempre desejou fazer algo, ser útil para a comunidade e fazer o máximo pelo Instituto. Rezava muito pelas vocações. Era muito querida pelo seu jeito simples e humilde”.

Ir. Jucélia Melo -: “Morei com Ir. Enrica, no Colégio Divino Espírito Santo, em Pinhal,SP. Já idosa, não tinha nenhuma responsabilidade, porém era uma presença valiosa pelo seu testemunho sereno e alegre. Distinguia-se pela alegria, serenidade, bondade, silêncio, vida de oração, amor ao superiores e à Nossa Senhora (La Madona), a quem rezava muitos rosários e dela sempre cuidava. Para mim era um “anjo”. Já velhinha e doente, só nos edificava com sua presença dócil, obediente, íntegra. Amava o Instituto e vivia feliz sua vocação. Rezava pela vocações e em tudo procurava realizar a vontade de Deus manifestada através dos superiores. Lembro-me de sua transferência para a Betânia: sentia deixar Pinhal, as Noviças... mas dizia: as Superioras mandam e eu obedeço. Na viagem de vez em quando escapava uma lágrima de dor física e também pela saudade e então pensava na figura do Servo Sofredor “como um Cordeiro, não abriu a boca”.