IR. MARIA JOSÉ CALDIRON

IR. MARIA JOSÉ CALDIRON

13/09/1915 + 05/04/1996 -------------------------

Biografia

Ir. Maria José exerceu suas atividades, como enfermeira, nas Santas Casas, em Araraquara,SP, Marília,SP, São João da Boa Vista,SP, Araçatuba,SP e Ribeirão Preto,SP, assumindo concretamente seguir Jesus Cristo na “Via Crucis” para conseguir a santidade que tanto almejava.  Diariamente, percorria todos os quartos dos doentes, com verdadeira piedade. A partir de 1986,  encontrava-se na comunidade da Betânia, para repousar e auxiliar as Irmãs em trabalhos diversos.

 

Ir. Maria José partiu para a Pátria Celeste, de forma rápida, sem dar sinais de sua partida. Três dias antes, havia participado, normalmente, do velório de sua coirmã, Irmã Celina, e, apesar das dores que sentia, nada deixou transparecer. No dia 5 de abril, sexta-feira da Semana Santa, ao fazer a Via Sacra, parou na XII estação e morreu com Jesus, para com ele ressuscitar gloriosamente. No dia seguinte, Sábado Santo, como a liturgia não permite a celebração da Santa Missa, o Sacerdote fez a encomendação da alma e as Irmãs, que com ela conviveram, ressaltaram valores que ela assumira, como programa de formação permanente, para chegar à santidade que tanto desejava. Entre eles foram destacados: Amor a Nossa Senhora, caridade, espírito de sacrifício e, sobretudo, o sofrer em silêncio, percorrendo o caminho da dor no seguimento de Jesus.

Muito devota também de Madre Clélia, de quem conseguira muitas graças em favor dos doentes. Certamente agora estará em sua companhia, celebrando o Eterno Aleluia.

Depoimentos

 

Ir Lucília Eliza Rozeto - Eu a conheci nos encontros. Foi uma coirmã muito alegre, serena, humilde, piedosa e amiga de todos. Cada vez que se encontrou comigo, manifestou preocupação com a minha saúde e recomendou cuidar-me, pois a Apóstola é muito importante para o Instituto. Um fato interessante que aconteceu dentro de tantos outros semelhantes, pois ela era um tanto sensitiva. Terminado o retiro das Irmãs em São Paulo, o retorno a casa era apressado. Pela manhã bem cedo o táxi pegou quatro Irmãs para levá-las até a estação ferroviária. Não existiam ainda as estradas de rodagem. As Irmãs chegaram em cima da hora. Todas correram apressadas antes do trem partir. Ir. Irene que ia para Cafelândia foi a última a chegar e não percebeu que o trem estava iniciando o movimento. Pisou em falso e caiu. As Irmãs não tinham percebido que ela ainda não havia entrado. Deveria estar em outro carro, pois o trem estava cheio de passageiros. As pessoas que estavam na plataforma, ficaram estarrecidas, pois como deveria estar a Irmã no trilho? Quando acabaram os carros de passar, todos se precipitaram a olhar a Irmã lá embaixo sobre o vagão entre a parede e o trilho. Ela se levantou e teve a ajuda do fiscal da estação para subir até a plataforma. Nada havia acontecido... um milagre! Diziam todos. Irmã Maria José aguardava a Provincial então, Madre Élide, em frente a porta da Capela para lhe dizer o que havia sonhado, trazendo-lhe um recado de Madre Clélia. Havia recebido uma grande graça de Deus aquela manhã. E qual seria? Indagou. Não sabia dizer. Após a Missa chegou um telefonema da estação contando o que havia acontecido e que a Irmã já havia embarcado em outro trem e nada sofrera com a queda na plataforma. Foi a graça que Ir. Maria José à noite, em sonho, ouvira de Madre Clélia. Ir. Irene contou que, ao cair no chão, ouvia o ruído ensurdecedor das rodas passando muito perto de seus ouvidos e à medida que o trem tomava velocidade, o barulho era maior. Suas roupas esvoaçavam... Madre Elide acolheu a notícia com muita gratidão a Deus e a Madre Clélia que lhe antecipou a graça alcançada. Ir. Maria José, muito querida, enfermeira atenciosa, caridosa, sabia aliviar as dores dos seus doentes pobres, com muita ternura.

Comunidade de Águas da Prata - Ir. Maria José foi sempre amiga de todos, respeitosa, deixou saudades. Era responsável com tudo o que lhe era confiado. Desempenhava atividades de Enfermagem.

Ir. Nadir Damião de Oliveira - Quando eu era Superiora da Comunidade na Santa Casa de Ribeirão Preto, Ir. Maria José morava conosco. Era silenciosa, serena, sempre fiel ao trabalho e tinha vida de oração. Simples, amiga e obediente. Tinha dores nos pés, mas nunca se queixava do trabalho. Muito organizada em seu trabalho, os médicos e funcionários gostavam muito dela. Fizemos uma bonita festa para celebrar suas bodas de ouro de Vida religiosa e ela ficou numa alegria sem fim.

Ir. Fulvia Perin - Ir. Maria José era de caráter muito bom, tranquila e disponível. Querida por todos, graças a sua bondade.

Ir Mariantonieta Pinto Silva - Ir. Maria José era casa-branquense; boa, estimada por todos e de um relacionamento agradável.