IR. SIRA CAVASSIN
10/02/1901 + 22/09/1988Biografia
Depoimentos
Depoente não identificada - A vida da Ir.Sira foi uma oferta ao Senhor. Sua consagração um hino de glória ao Coração de Jesus. Aonde passou só fez o bem e marcou a todas com sua caridade e bondade amável. A cozinha foi o seu altar, na doação diária. Trabalhou como cozinheira em: Casa Branca,SP, de
Fechou os olhos para esta vida abrindo-os para a eternidade, onde contempla agora, extasiada a glória de Deus, recebendo do Coração de Jesus a coroa e o prêmio da fidelidade e de Maria, o abraço eterno como filha querida que só soube amar. Que Ir. Sira, agora, na presença de Deus, na companhia de Madre Clélia e da grande família das Apóstolas, interceda por nós junto aos Corações de Jesus e de Maria para que continuemos a nossa caminhada na esperança, no zelo ardente, no amor filial até quando o Senhor nos chamar a Si. O Sagrado Coração de Jesus, a quem doou toda a sua vida a recompense de tudo, a deixe contemplar o seu amor misericordioso na esplêndida alegria de vê-lo face a face. Ir. Sira deixa a cada uma de nós esta mensagem: “Vale a pena viver e morrer como Apóstola do Sagrado Coração de Jesus.” E aos seus familiares deixa a mensagem da gratidão: amava com carinho seus parentes e estes lhe retribuíam com atenções e delicadezas, valorizando sua presença e sua vida como pessoa consagrada e exemplar (pronunciamento de 22/9/1988).
Ir. Olívia Santarosa - Ir. Sira foi criatura desprendida, possuía espírito de oração, simples, caridosa e serviçal.
Ir. Efigênia Peixoto - Irmã Sira foi exímia cozinheira no Colégio São José em Bauru,SP; era um tanto brava. A depoente sabia como se aproximar da Irmã para fazer-lhe algum pedido. Era, no entanto generosa para dar o que lhe era pedido.
Ir. Leônia Cavassin - Ir. Sira foi ótima cozinheira. Todas as pessoas gostavam dela. Fazia tudo com muita caridade. Gostava de ver a Congregação melhor.
Ir. Gigelda Pellanda - Encorpada, seu andar calmo e bonachão, seu sorriso acolhedor, tudo nela revelava um coração de ouro, bondoso, dificilmente perdia a calma. Dedicou toda a sua vida aos trabalhos de cozinha, nas diversas casas por onde passou, colocando muito amor em todos os pratos que confeccionava até nos alimentos mais fugazes. Tratava a todos com muita delicadeza, principalmente aqueles que, por um motivo ou outro, precisavam de qualquer regime alimentar. Nunca esqueço de suas atenções para comigo quando, por causa de uma doença nos lábios, não podia tomar alimentos sólidos. Por mais de um ano colocava em meu lugar, à mesa, tudo o que seu amor criativo imaginava, para facilitar a minha alimentação. Contou-me uma professora que lecionava na Escola Social Madre Clélia, numa classe do 3º turno, que Ir. Sira batia à janela da sala, do barracão, onde funcionava inicialmente a Escola, para presenteá-la com um bolinho que acabara de fazer, ou outro quitute qualquer, porque lhe dizia: “Você está muito cansada e não jantou, precisa se cuidar.” .Este gesto de carinho valeu-lhe uma grande amizade, até nos últimos anos de sua existência (pronunciamento de 8/3/199).
Ir. Domícia Nóbrega - Ir. Sira era calma, tranqüila, bem consciente e firme de sua consagração religiosa; era simples, sem grandes estudos e levava uma vida de oração e silêncio. Era muito carinhosa, vinha sempre ao meu encontro e para oferecer alguma coisa especial como, um lanche mais reforçado porque eu era fraca e doente. Servia a cada uma com muito amor e carinho. Não tinha ambição para nada desse mundo e em sua caridade servia aos outros; muito calma. Seu crescimento na vida espiritual foi ainda maior quando morou na Casa S. José. Tinha um grande desejo de participar da Eucaristia. Um dia me disse que aos domingos ia duas vezes à Missa porque na Santa Missa recebemos muitas e muitas graças e é de valor infinito. Ela via nos superiores a vontade de Deus e jamais se ouviu dela alguma queixa. Obedecia com amor e dedicação. Na vida comunitária estava sempre presente e unida as Irmãs e com muita alegria participava dos recreios. Na sua doença permaneceu calma e serena, confiando na Divina Providência e partiu com serenidade. Sintetizando: era calma, serena, enérgica consigo mesma. Cultivava a caridade, não criticava ninguém. Vivia fazendo o bem. Procurava servir às Irmãs. Ia ao encontro das Irmãs mais necessitadas, com muita atenção (pronunciamento de 2/3/1993).
Comunidade de Nova Esperança - Irmã Sira, exímia cozinheira, muito humilde; tinha um grande amor e respeito para com os Superiores. Com grandes problemas de saúde, não reclamava; alegre, acolhedora, solícita em acolher as pessoas; gostava muito das aspirantes; tinha grande amor à família. Com seus 68 anos de vida religiosa, dedicou-se sempre ao serviço generoso, alegre e abnegado na cozinha. A cozinha foi o seu altar, na doação diária. Destacou-se por seu silêncio e escondimento em Deus e dedicação às Irmãs. Servia com dedicação, caridade e bondade. A caridade se espelhava em sua vida. Tinha grande interesse pelas vocações. Despreocupada consigo, generosa, acolhia o sofrimento, e sofria calada, contemplando o silêncio de Jesus, Amou ternamente Nossa Senhora do Rosário. Intuía as necessidades dos outros. Vivia feliz sua consagração. O Coração de Jesus a acolheu na glória (pronunciamento de 1988).
Ir. Rosalina Maria Conte - Era uma Irmã de estatura média, enérgica, porém muito alegre, de temperamento forte, porém, amável, de profunda vida de oração tentava incutir nas aspirantes o valor da oração. Foi sempre cozinheira, fazia tudo com muito amor e dedicação. Atendia às solicitações dos superiores com espírito de fé. Sua vida foi um exemplo de humildade e simplicidade. Apóstola zelosa pela glória do Coração de Jesus.
Ir. Zélia Cavassin - Ir. Sira era calma, caridosa, bondosa, humilde, silenciosa e de espírito de sacrifício. Amava o Instituto e aos superiores. Observante das Constituições. Tinha grande amor a Jesus na Eucaristia e ao Sagrado Coração de Jesus.
Ir. Irene Cavassin - Apóstola silenciosa manteve sempre um espírito jovem. Em tudo fazia a vontade de Deus. Passou a maior parte de sua vida trabalhando na cozinha. Foi sempre solícita e atenta com as coirmãs: “As Irmãs precisam alimentar-se bem, para servir a Jesus com alegria em tudo”. As Irmãs jovens tinham um carinho especial para com ela. Falava sempre bem das pessoas. Não julgava e sentia muita pena de todos os que sofriam. Sentia muita afeição pelos parentes e rezava por todos. De caráter forte e genioso, dominava-se. Demonstrava um olhar sereno e de muita paz. No seu canto de trabalho oferecia tudo a Jesus. Rezava pelas vocacionadas e as animava com bons conselhos. Foi muito grata ao Instituto, às Superioras e Coirmãs. Por ter sofrido uma fratura no quadril e, portadora de catarata, andava com dificuldade e pouco. Dizia: “Assim Deus quer”. No dia de sua morte, o último gesto que fez, antes de ir para a sala cirúrgica, foi beijar um postal de Jesus agonizante. Guardo este postal com muito amor, carinho e admiração. Obrigada querida Irmã tia, Irmã Sira. Meu pai sempre a lembra com afeição fraterna (pronunciamento de 12/1994).