IR. LIBERATA MARTINI
27/10/1909 + 15/03/2002Biografia
Irmã Liberata era muito amada pelos seus familiares, e isso pudemos perceber pela correspondência que mantinha com eles, e como vibrava ao receber as notícias. Porém, este era também um motivo para renovar sua entrega ao Senhor e recordar que, em sua juventude, aceitou deixar tudo e vir, como missionária, ao Brasil, o que aconteceu logo após sua Primeira Profissão. Guardava viva a herança de seu país de origem e, para matar as saudades, freqüentemente cantava e falava italiano com as coirmãs italianas.
No depoimento das Irmãs, constatamos que Ir. Liberata foi uma criatura compromissada com a vida que abraçou. Era muito comum vê-la desfilando as constar do terço, com tanta unção, como se Nossa Senhora estivesse junto dela.
Na vida apostólica, a ordem e a organização no trabalho, chamavam a atenção dos que com ela conviviam; era imparcial, tratando todas as pessoas sem predileções; dava, sim, atenção às pessoas idosas, indefesas, mas amava a todos, indistintamente. Isto era notório, através de suas atitudes, de seu relacionamento na comunidade e na missão.
Consumiu a maior parte do tempo de vida ativa nos Hospitais. Médicos, enfermeiros, funcionários lembram sua presença caridosa e educada, companheira fiel de trabalho. O itinerário percorrido, na fé e na serenidade, desde a Primeira Profissão, em Roma, e em seguida, na vinda para o Brasil, registra sua intensa atividade, nesta terra de missão, iniciando, já em 1938, na Santa Casa de Araraquara-SP: de
No último retiro espiritual, já quase não podendo escrever, conseguir anotar alguns propósitos: “Observar o silêncio ... estar sempre na aliança com Deus... amar muito o Senhor, Nossa Senhora e toda a Corte Celeste... libertar-me do amor próprio e fazer mortificações”. Na preparação para o Natal do ano 2000, fez uma lista de sacrifícios que deveria fazer, no dia-a-dia. Dentre esses gestos, prevaleceu mais o ‘deixar a sobremesa e oferecer as dores que sentia’.
Como estivesse muito mal, foi internada na Santa Casa de Marília-SP. No dia 9 de março, por ocasião da inauguração do Memorial das Apóstolas, as Irmãs que a visitaram, já pressentiam seu fim próximo e dela se despediram. Tinha 85 anos de idade e 64 de vida consagrada.
Depoimentos
Ir. Celeste Yamamoto- Morei com Ir. Liberata, no Hospital Matarazzo e na Betânia. Tinha uma voz bonita e gostava de cantar. Amava os pobres. Primava pela simplicidade e sensibilidade com os mais necessitados. Rezava muito”.
Ir. Fabiana Galera- Ir. Liberata era caridosa e prudente. Amava muito Jesus e todas as pessoas, e não criticava ninguém. Rezava muito.