IR. IMMACOLATA GULI N

IR. IMMACOLATA GULI N

31/05/1891 + 30/06/1977 -------------------------

Biografia

Irmã Immaculada trabalhou nos seguintes locais: Santa Felicidade/PR; Pilarzinho/PR; Água Verde/PR; Cresciuma/SC; Urussanga/SC; Veneza/SC; Curitiba/PR; Bauru/SP; Cafelândia/SP; Curitiba/PR. Ela lecionou por muito tempo. Foi Superiora no Colégio Madre Clélia, em Adamantina/SP, em 1951.

 

Ao completar seus 15 anos, pede admissão no Instituto, entre as primeiras cinco candidatas ao Noviciado, recém-instalado. Em 19 de maio de 1908, assim escreve aos seus queridos pais: “Escrevo para comunicar-lhes que obtive a permissão da Revda. Madre Geral e do nosso senhor Bispo, para vestir o Hábito Religioso, no mês de junho. Os Senhores já sabiam que eu estava sempre esperando este dia tão caro. Estão contentes? Enquanto espero uma boa resposta, peço a sua bênção e subscrevo-me, sua filha afeiçoadissima, Angela Gulin”. E, mais abaixo: Acconsento di buona volontà. Domenico Gulin                                       

 

Depoimentos

 

Comunidade de Nova Esperança - Ir. Immaculada era esbelta, alta, clara, de olhar sereno, puro. Foi Professora de Ciências no Colégio Sagrado Coração de Jesus e outros. Era muito caridosa; trabalhou por muito tempo na cozinha. Não admitia que pessoas a beijassem.

 

Ir. Neuza Maria Ferreira - Ir. Immaculada era robusta, de olhos azuis, temperamento sanguíneo, expansiva e muito alegre. Dizem que quando entrou para o postulado, levou enrolado no lenço uma quantia X para comprar um neném quando fosse adulta. Vejo nesse episódio a inocência da Irmã Immaculada. Sua formação moral era muito rígida, própria das famílias italianas. Era inteligente. Quando a conheci, já não exercia funções ativas, mas soube que foi boa professora de ciências naturais. Possuía um zelo especial para as jovens. Recomendava que tomássemos bem conta do recreio dos alunos e que não os deixássemos namorar. Recomendava que não ficássemos conversando com os meninos. Quando nos via conversando com eles, na hora do recreio, ia até a varanda onde ficava o quarto dela e jogava água benta sobre nós. Era muito recatada. Não gostava de beijos. Muitas vezes para brincar com ela, pedíamos que olhasse para o lado e nesse ínterim, dávamos caloroso beijo em sua face. Ela não se continha. Ficava desapontada e fazia-nos um belo sermão, dizendo-nos que a ciência ensinava que o beijo era um perigo, um grande transmissor de micróbios. Vejo nesses acontecimentos sua simplicidade e candura.

 

Ir. Maria Ângela Juliani – Vivi com a Irmã Immaculada lá pelos anos de 1956 a 58, quando ela já devia ter aproximadamente 60 anos. Foi uma das primeiras vocacionadas no Brasil. Com muito ardor e zelo, entrou no Instituto, enfrentando toda rigidez da época. Sonhava ir a Roma e conhecer Madre Clélia. Foi ótima educadora como professora e diretora de internatos com 80 a 100 meninas, em São Paulo e Curitiba. Preocupava-se muito com as meninas, com a sua formação e saúde. Era caridosa e compreensiva e possuía os requisitos necessários para manter a disciplina da época. Nunca criticava os superiores. Mantinha com eles respeito e obediência. Apesar de sua aparente rigidez, sabia acolher e entrosar-se com as Irmãs novas e valorizá-las. Aceitava as brincadeiras, às vezes nem sempre respeitosas. Sabia perdoar, esquecer, suportar e compreender. Era humilde, em aceitar os fracassos, limitações e o declínio de seus trabalhos, devido à idade e à doença. Foi Apóstola ardorosa e fiel ao Instituto, à oração, a obediência e observância das Constituições e aos seus encargos. Amava os seus parentes e preocupava-se com sua vida cristã.

 

 Ir. Olívia Santarosa - Era meiga, fina no trato, estudiosa. Professora primária. Dava aula de ciências no Ginásio. Muito responsável e cumpridora dos deveres. Foi diretora no internato. Ao mesmo tempo em que era enérgica sabia compreender a juventude. No Instituto aparece como uma das cinco primeiras Apóstolas do Brasil, em Santa felicidade.