IR. JUDITE MACEDO

IR. JUDITE MACEDO

21/05/1923 + 11/12/2003 -------------------------

Biografia

 

Ir. Judith escrevera o seguinte:“Nasci no bairro Cabral, em Curitiba-PR. Éramos 16 irmãos; porém, seis faleceram. Desde pequena (sete a oito anos) minha mãe falava que eu ia ser freira e assim fui crescendo com essa idéia. Mais tarde senti, realmente, o desejo de ser religiosa, mas não sabia como fazer. Cada ano que passava crescia esse desejo. Um dia, resolvi contar a alguém que desejava ser religiosa e logo fui convidada a entrar no juvenato, a fim de discernir melhor a vocação Ir.Genoveva Perin era mestra das juvenistas. Aos 14 anos fui para o Postulado e, no dia 16 de junho de 1939, recebia o santo hábito, juntamente com Ir. Leônia Cavassin e Ir. Nila Pontes. Fiz o noviciado prático, em Cafelândia-SP.Lembro, com saudades, que meu irmão mais novo, era muito arteiro. Mamãe quis colocá-lo no internato e bateu às portas do Sagrado;  mas, como só recebiam meninas, colocou-o, então, em outro,  para meninos, e  teve uma feliz educação”.

 

Ir.Judith era apaixonada pela música. Quando tocava qualquer instrumento musical, transportava seus sentimentos para um mundo, onde não havia notas dissonantes. Em todos os colégios, onde atuou, lecionou piano, só interrompendo essa profissão, por três anos, quando foi convidada a dar aulas no jardim da infância e terceiro ano primário. Depois voltou a lecionar piano.

 

Em 1984, foi morar na Betânia Gostou muito do ambiente, pois tudo era hospitaleiro, próprio para quem ama a oração. Não teve dificuldade para se ambientar, seja com os afazeres da casa, seja com as Irmãs, apesar da diferença de idade.

 

Depoimentos

 

Ir.Anacleta Biz- no dia 12/12/2003, deu o seguinte depoimento, a respeito de Ir.Judith: Conheci a Irmã Judith, nos anos de 1931 a 1934, quando ela era aluna interna no Sagrado, e eu, juvenista, no mesmo Colégio. Ela era de família muito rica e culta, mas nunca fazia alarde do que a família possuía. Simples, meiga, dócil, estudiosa, em seus trato, parecia um anjo. Professora de Música, exercia sua profissão com muito carinho, paciência e amor. Quando estive em convalescença na Betânia, conversando com ela, percebi que não estava bem, mas nunca se havia queixado. Perguntei-lhe se sentia dores, ela respondeu-me:‘Por Jesus é tudo muito pouco’, e continuou na sua calma com aquele olhar angelical

 

Ir.Celeste Yamamoto, dia 13.12.2003- Ir. Judith tinha uma riqueza interior muito grande e bonita. No seu silêncio, durante o dia ou à noite, rezava muito e percebia-se  sua alegria em estar na companhia de Jesus Sacramentado. Quando chegava sua hora de adoração, deixava tudo e dirigia-se à Capela. Sua fisionomia se transformava. Não estando ninguém na Capela, ia até o sacrário, abraçava-o e ficava o tempo todo conversando com Jesus. Depois que foi improvisada uma Capela no 2º andar, ela ficava lá e repetia o mesmo gesto. Era caridosa, tudo o que as Irmãs lhe pediam fazia-o com prazer e sempre com o sorriso que lhe era característico: escrever cartas, cartões, envelopes, engraxar sapatos, dar alimentação para as Irmãs acamadas... Diariamente, à tarde, reunia um grupo de Irmãs e com elas ia rezar o terço no quarto das doentes. Não gostava de aparecer. Se houvesse muitas pessoas de fora, cumprimentava-as e logo se retirava para atender aos seus afazeres. Era muito delicada, sensível e de grande respeito para as superioras. Sofreu muito por problemas de consciência. Vários sacerdotes a ajudaram. Quando não conseguia falar com um sacerdote, ia desabafar com a superiora. O importante é que era obediente e dócil; falava seus problemas com a simplicidade de uma criança e abandonava-se confiante, agradecendo, mil vezes, o que lhe era sugerido”.Irmã Judith trabalhou  em diversas casas e em  diversos tipos de trabalho.

No seu último retiro, anotou o seguinte: “Entrego-me totalmente a Deus. Ofereço minha doença e  dor pelas missões da África, pela minha família, minhas Irmãs, especialmente: Ir. Teresa, Ir. Celeste e Ir.Claudimira. Uno-me às dores de Jesus Crucificado Deus aceitou, para sempre, a oferta que lhe fiz dos meus sofrimentos e dores, mesmo que agora não o consiga fazer”. (Ir. Judith Macedo).  

Ir. Judith relata que nasceu em Cabral, Curitiba-PR. Eram 16 irmãos. Faleceram 6. Desde pequena (sete a oito anos), a mãe falava sempre que ela ia ser freira e foi crescendo com essa idéia. Mais tarde, sentiu realmente o desejo de ser irmã.

O terceiro irmão, era “arteiro” demais e a mãe queria colocá-lo no internato e foi ao Colégio Sagrado ver se tinha vaga para ele, mas só recebiam meninas, então a mãe a colocou no internato. Com passar do tempo o desejo de ser irmã crescia. Passou para o juvenato para se preparar para ser religiosa. A mestra das juvenistas era a Ir. Genoveva Perin. Aos 14 anos foi para o postulado; recebeu o hábito em 18/06/39 juntamente com as Irs.: Leônia Cavassim e Nila Pontes. Fez o noviciado canônico em Cafelândia. Professou em 29/01/1942 e fez os votos perpétuos em 29/06/1948.  

Em todos os colégios por onde passou lecionou piano. Interrompeu por pouco tempo, para dar aulas para o jardim de infância e terceiro ano primário, durante 3 anos, depois voltou novamente a lecionar piano. 

Em 1951 veio morar na Betânia; gostou muito do ambiente, pois, tudo era hospitaleiro, próprio para quem gosta de rezar. Não teve dificuldades para ambientar-se, nem com as irmãs, apesar da diferença de idade, de cultura e costumes das irmãs italianas. (Relato feito pela Ir. Anacleta Biz, em 02.10.2003).

Conheci a Ir. Judith nos anos 1931 a 1934 quando ela era aluna interna no Sagrado e eu juvenista no mesmo Colégio. Ela era de família muito rica, mas nunca fez alarde do que a família possuía. Era simples, meiga, dócil, muito estudiosa e em seus tratos parecia um anjo.

Professora de música, exercia sua profissão com muito carinho, paciência e amor. Agora que estive com ela, na Betânia, conversou com muito carinho mas evitando queixar-se de suas dores.

Perguntei-lhe se sentia dores, ela respondeu-me: “Por Jesus é tudo muito pouco” e continuava na sua calma com aquele olhar angelical. (Relato feito pela Ir. Celeste Yamamoto, em 13.12.03).

Ir. Judith tinha uma riqueza interior muito grande e bonita. No seu silêncio, durante o dia ou à noite, rezava muito e a gente via a sua alegria em estar na companhia de Jesus Sacramentado. Quando chegava perto da hora de sua adoração, deixava tudo e ia para a capela. Sua fisionomia se transformava.

Quando não havia ninguém na capela, ela ia até o sacrário e abraçando-o, ficava tempo conversando com Jesus. Depois que improvisamos uma capelinha no 2º andar, ela ficava lá, no mesmo gesto. 

Era muito caridosa. Tudo o que as Irmãs lhe pediam, fazia com prazer e sempre com o sorriso que lhe era característico: escrever cartas, cartões, envelopes; engraxar sapatos, dar alimentação para as Irmãs acamadas. Diariamente, à tarde, reunia um grupinho de Irmãs e ia com elas rezar um terço, cada dia no quarto de uma das Irmãs acamadas.

Não gostava de aparecer. Quando havia muitas pessoas de fora, cumprimentava e já ia para o seu quarto. Era muito delicada, sensível e de grande respeito aos Superiores. Sofreu muito por problemas de consciência. Vários sacerdotes a ajudaram. Quando não conseguia falar com um sacerdote, ia desabafar-se com a superiora. O importante é que era obediente e dócil; falava seus problemas com a simplicidade de uma criança e abandonava-se confiante, agradecendo, mil vezes, o que se lhe dizia.